Menina que via filmes : "O filho da noiva" [Crítica]

Título original: El hijo de la novia
Título no Brasil : O filho da Noiva 

Direção: Juan José Campanella
Elenco: Ricardo Darín, Norma Aleandro, Hector Alterio, Eduardo Blanco

Ano: 2001
País : Argentina
Idioma : Espanhol
Censura: 10 anos
Duração: 2h 5 min

Aos 42 anos Rafael Belvedere (Ricardo Darín) está em crise, pois assumiu muitas responsabilidades e não tem mais tempo para qualquer tipo de diversão. Boa parte de seu tempo é gasto no gerenciamento do restaurante fundado por seu pai, no qual até tem um relativo sucesso, mas sem nunca conseguir escapar da sombra de seu pai. Rafael raramente visita sua mãe, Norma (Norma Aleandro), que está perdendo a memória, pois ela sempre implica com suas acompanhantes. Sua ex-esposa o acusa de não dar a devida atenção ao filho e ainda há Naty (Natalia Verbeke), atual namorada de Rafael, que sempre lhe exige atenção e comprometimento. Em meio a todas estas responsabilidades Rafael sofre um ataque cardíaco, que faz com que se encontre novamente com Juan Carlos (Eduardo Blanco), um amigo de infância, que o ajuda a reconstruir seu passado e ver o presente com outros olhos.

Sempre me falaram tão bem desse filme, que a expectativa era imensa, comprei assim que o vi na loja apesar de já ter passado nos cinemas e ter concorrido ao Oscar de melhor filme estrangeiro há um tempo.

O "fator Darín" sempre me faz comprar o filme, mas isso vocês já sabem.

O que aconteceu no caso desse filme é que é um dos que menos gosto dele, entendo o porquê de ter feito tanto sucesso e claro que o acho bom, mas nem de longe acho que seja o melhor filme dele.

Rafael ( Ricardo Darín) é um homem amargurado, mau humorado e que não demonstra muito afeto por ninguém, só pensa em trabalho. Eu odiei o personagem, não gostava do jeito que tratava a atual namorada nem a filha.

Até mesmo o pai no qual imaginei que ele teria um carinho imenso achei que ele foi bem frio a maior parte do filme.

O pai interpretado pelo excelente Héctor Alterio é completamente apaixonado pela mãe de Rafael, Norma ( Norma Aleandro) que tem alzheimer e mal lembra quem são as pessoas. Em suas raras visitas a mãe ele tenta fingir que se importa mas parece contar os minutos do fim da visita, já seu pai tem um sonho: quer se casar de verdade com Norma , mesmo ela as vezes nem lembrando quem ela é.

Rafael é um idiota e me irritou boa parte do filme, parece que não te coração e só pensa em salvar o restaurante que já está afundado.

Ao mesmo tempo vemos que os amigos ao redor dele tentam abrir os olhos dele para o que vem fazendo, inclusive o sempre maravilhoso Eduardo Blanco no papel de Juan Carlos.

Rafael só para para pensar na vida que está levando depois de sofrer um infarto, só assim ele vai acordar para as coisas da vida e ver que só o trabalho não preenche a vida de ninguém.

A redenção de um homem diante de sua vida e o amor eterno são o que acredito que levaram tantas pessoas a amar esse filme.

CAPA DO FILME NO BRASIL