Menina que via filmes : Carrie, a estranha [Crítica]

Título Original: Carrie
Título no Brasil : Carrie, a estranha
Baseado na obra de Stephen King
Direção : Kimberly Peirce
Elenco : Chloe Grace Moretz, Juliane Moore, Judy Greer
Ano : 2013
País : EUA
Idioma : Inglês
Gênero : terror
Censura : 16 anos
Duração : 1h 40 min

Carrie retrata um grande desastre ocorrido na cidade americana de Chamberlain, Maine, destruída pela jovem Carietta White. Nos anos anteriores à tragédia, a adolescente foi oprimida pela sua mãe, Margaret, uma fanática religiosa. Além dos maus tratos em casa, Carrie também sofria com o abuso dos colegas de escola, que nunca compreenderam sua aparência, nem seu comportamento. Um dia, quando a jovem menstrua pela primeira, ela se desespera e acredita esta morrendo, por nunca ter conversado sobre o tema em casa. Mais uma vez, ela é ridicularizada pelas garotas do colégio. Aos poucos, ela descobre que possui estranhos poderes telecinéticos, que se manifestam durante sua festa de formatura, quando os jovens mais populares da escola humilham Carrie diante de todos. 

 Imaginem que você seja muito fã de um escritor? Aí antes de você nascer ele escreveu um livro que você ama e fizeram um filme perfeito sobre o mesmo livro?

E ainda tem direção de Brian de Palma, e Sissy Spacey e John Travolta no elenco?  

Primeiramente, a pergunta que me fiz, é , porque com tantos livros maravilhosos para serem transformados em filmes  do mestre do terror, eles resolvem fazer um remake?

Se  a resposta é : para que outra geração conheça a história, comigo não cola, já que nunca refilmaram E o vento levou ... e nem por isso as pessoas deixaram de conhecer essa linda história.

Pois bem, ainda em dúvida sobre o motivo, claro que quis ver na semana de estreia, porque King é King e tinha no elenco a espetacular Juliane Moore como a mãe de Carrie.

O problema já começou na protagonista, a Carrie dessa nova versão é Chloe Moretz, que na vida real tem 16 anos mas não aparenta ter mais do que 13! Diferente da Sissy da versão original, ela não diz a que veio, e por mais que se esforce, parece realmente um bicho do mato ao lado das pessoas, se a diretora quis mostrar que a personagem sofria bullying, exagerou na dose, Carrie é caricaturada, como se sentisse vergonha por alguma anomalia que não tenha.

Com uma mãe beata, que acha que ter dormido com um homem foi o maior pecado do mundo, temos Juliane Moore no papel de Margaret, por mais que a atriz seja fantástica, ela não encontra o tom e parece mesmo uma louca que faz de tudo para assustar a filha, senti mais medo da mãe do que a menina.

CHLOE E JULIANE MOORE EM CENA

 Se o filme é bom? O pior é que é sim, se não existisse o de 1976 certamente eu teria amado esse filme, o problema é que fica impossível para quem viu o filme daquele ano não comparar com esse , e por esse motivo eu e os críticos não consideramos tão boas as atuações e o roteiro.

Quem nunca viu o original ou nunca leu o livro com certeza vai amar esse filme, mas de alguma forma vai se interessar por ver o de 76.

Só lembrava de Chloe do filme " Sombras da Noite", apesar de ser uma fofa, acho que o tom que ela deu a Carrie não conseguiu me agradar.

O problema das refilmagens é que quando um filme é perfeito não se aceita muito bem um remake.

Mas vamos as qualidades só que não, a professora interpretada pela Judy Greer faz bem o papel de boazinha que chega a enjoar . As atrizes que fazem as gostosonas da escola não me convenceram muito, na verdade a pior para mim foi Gabriella Wilde, como trabalha mal. A atriz que faz Cris, a mais malvada das meninas da escola, é Portia Doubleday, em algumas cenas ela exagera na cara de má, arregala tanto o olho que assusta mas tem seus momentos bons, praticando malvadezas contra a pobre Carrie.

O estranho do filme, é que não somente eu, mas a plateia em si, torce para que Carrie se vingue de todos, na cena famosa do baile ouvi muitas pessoas no cinema falando " Mata mesmo!" ou " Ela merece!" , o que pode soar estranho já que o normal seria que ela perdoasse a todos? Bom, eu particularmente amo uma vingança, acho que tem gente que merece mesmo, e que tira a gente do sério, por isso que quando Carrie é possuída pelo capiroto e mostra seu poder é para vibrar, essa cena sim,seja em 76 ou em 2013 é para bater palmas, porque só King para nos fazer torcer pelo mal!

Vejam o trailer: