Menina que ia ao teatro: Azul Resplendor

Título Original : Azul Resplendor 
Escrita por Eduardo Adrianzen
Direção : Renato Borghi
Elenco : Eva Wilma, Dalton Vigh, Renato Borghi, Luciana Borghi
Teatro Sesc Ginástico
Quarta a Dom 19 h
R$ 30 ( quarta e quinta) R$40 ( sexta a dom) - Meia entrada para estudantes e idosos. Associados SESC pagam R$ 10 
Censura : 14 anos
Duração : 90 min
Até 23 de fevereiro

 

AZUL RESPLENDOR é uma homenagem ao mundo do Teatro. A peça trata das relações complexas que se estabelecem entre os artistas durante a criação de um espetáculo: os jogos de poder, os afetos, as ambições, as frustrações, etc. A obra abre aos espectadores as entranhas do Teatro, o que realmente acontece no mundo dos bastidores. As pessoas sempre querem saber o que se passa fora dos holofotes e o texto é pródigo na revelação dessa “intimidade” de camarim. Em uma época de culto às celebridades, AZUL RESPLENDOR trata de maneira crítica e bem humorada o ávido interesse que o público tem dedicado à vida privada dos artistas.

O projeto de montagem conta com outro grande trunfo para a realização desta homenagem aos palcos: Eva Wilma, uma das maiores atrizes brasileiras, completará, em 2013, seus 60 anos de carreira e 80 de vida. AZUL RESPLENDOR é a obra perfeita para esta celebração, pois expõe com clareza e ironia a batalha “titânica” dos artistas para atingir o “Olimpo” da profissão.

 Quando soube que a peça " Azul Resplendor" estava em cartaz no Sesc Ginástico a duas quadras de meu trabalho corri para comprar os ingressos, além de já ter ouvido falarem muito bem da mesma quando ficou em cartaz em São Paulo o valor do ingresso estava bem em conta.

Foi assim, em uma sexta após o trabalho que encontrei meu namorado e minha mãe para vermos a peça que comemora os 60 anos de carreira de uma das melhores atrizes que temos : Eva Wilma.

A história conta a vida de uma atriz aposentada Blanca Ramírez, na monotonia de seu lar ela passa os dias comendo sopa de saquinho e lembrando do passado.

Em cinco minuto de peça quem gosta de ver uma boa atuação já se impressiona o como é ver uma lenda viva como Eva Wilma na sua frente fazendo o que faz melhor : atuar.

Um ator que sempre foi apaixonado por ela se apresenta, o papel de Renato Borghi é de Tito Tápia, ele nunca fez sucesso atuando, passou a vida cuidando de sua mãe doente que lhe deixou 1 milhão de dólares e ele resolve financiar a volta de Blanca aos palcos com um texto que escreveu especialmente para ela.

Acontece que eles procuram o melhor diretor da atualidade para dirigir a peça, o metido Antonio Balanguer ( Dalton Vigh, o eterno Said <3!) , o ator dá um show a parte interpretando um cara que não tem escrúpulos, só pensa em ganhar dinheiro e nem liga para apaixonada Glória ( Luciana Borghi) que é sua assistente.

Nos mostrando os bastidores de uma peça de teatro e também o como facilmente esquecemos dos grandes atores do passado, a autor nos leva a um mundo que sabemos que existe na vida real e que é contado a perfeição com um time de atores que arrasa no palco.

Momento de gritos femininos são ouvidos quando Giancarlo Varoni ( o ator Felipe Guerra) fica somente de cuecas no palco. A elasticidade de Lu Brites como Luciana Castro a atriz que faz a peça que será encenada pela  " monstro sagrado" Blanca Ramírez também impressiona.

Para mim as melhores cenas da peça envolveram Eva Wilma com Renato Borghi falando sobre envelhecer, em aceitar estar mais velho e entre nunca ser tarde demais para declarar um velho amor.

Eva faz o público se arrepiar, aplaudir de pé e sair do teatro feliz por ter a chance de ver de perto essa diva do teatro e da tv do Brasil.

Se tiverem a oportunidade, não pensem duas vezes, vale muito a pena!