terça-feira, 5 de agosto de 2014

[Resenha] Eu, Christiane F., a vida apesar de tudo @BertrandBrasil

Título Original : Christiane F, Men Zweites Leben
Título no Brasil: Eu, Christiane F, a vida apesar de tudo
Autora  : Christiane F e Sonja Vukovic
Editora Bertrand Brasil
Número de págs : 265







Eu tinha exatamente 13 anos quando minha tia foi me buscar na escola e me entregou o livro Christiane F, 13 anos, drogada e prostituída. Achei o presente estranho mas ela alegou que eu precisava lê-lo. Depois de lido cismei com o livro. Li o mais de seis vezes , depois comprei o filme e como ele tinha David Bowie que sempre amei revia e chamava os amigos para ver em casa comigo. Qualquer pessoa que tenha sido meu amigo dos 13 aos 16 anos conhece Christiane F. eu falava do livro  e do filme para todos que conhecia.
Passado os anos me deparei com o livro " Eu, Christiane F, a vida apesar de tudo". Sabia por meio de matérias que o final do livro não tinha sido o fim de seu relacionamento com as drogas e pensei seriamente que depois de tudo que havia lido no primeiro livro não poderia me impressionar com mais nada. Ledo engano. A vida da menina de Berlim que ganhou o mundo não parou no the end do famoso livro, ela continuou, e agora com a grana dos direitos autorais do livro tinha drogas quando queria. 

Nunca entendi pais como o dela, ausentes e despreocupados, não podemos culpar somente esse fato ela ter se envolvido com drogas, mas a indiferença familiar ajudou muito. Nem sua irmã que parecia agarrada com ela teve mais contato. Christiane viveu sua fama sozinha, encontrou Bowie e se decepcionou por ver que ele tinha mais de marketing do que de atitude, conheceu cadeias e como sobreviver a elas, rodou a Grécia e a Suíça e se drogou de tudo que podemos imaginar. Teve casos com homens que nada valiam ou que só combinavam com ela quando drogados. Injetou, cheirou e abortou. As vezes tudo ao mesmo tempo. Se apaixonou por mulheres, homens e pelo filho. Philip veio para dar esperança a Chistiane, mas não durou muito seu afastamento do vício e ela acabou perdendo a guarda dele.

Se a nova biografia parece mais do mesmo, para quem leu o livro anterior pode dar raiva saber que todas as chances de cura e de apoio eram jogadas no lixo por ela.  Até mesmo a amizade de um casal suíço que fez de tudo para ajudar ela conseguiu perder. As  recaídas era constantes e a bem da verdade ela nunca se livrou 100 por cento de seu vício  , aprendeu a controlar abstinência com outra droga e morre de dores no estômago por causa de uma hepatite C. 
Não sabe como sobreviveu, não imagina porque tiraram seu filho e não se acha culpada em momento algum por ter magoado tantas pessoas . Pelo contrário, se sente vítima , alega que viciado é produto do meio e que não tem controle do que vive ou faz.
Christiane sobreviveu, mas nem ela sabe até quando. 

19 comentários:

  1. Me recordo demais do primeiro livro e dá um gosto amargo na boca em lembrar da história dessa menina. Uma coisa na época triste..e eu nem entendia direito do que falavam...e "refalavam". Passaram o filme na escola..e eu consegui sair de boca aberta e novamente, sem entender muita coisa. Depois de alguns bons anos, que reli..e aí sim, pude ver todo o buraco que a personagem vivia..e o que fazia com tudo que lhe era ofertado.
    Agora me deparo com esse livro..e sinto uma espécie de asco ao ler a resenha. Saber que mesmo diante da vida, de tudo que ela sofreu(por culpa dela mesma),as coisas ainda pioraram muito.
    Não sei se leria..mas deu uma curiosidade sim.
    Beijo...

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    1. Senti mal lendo também, parava, lembrava do primeiro livro e fiquei impressionada no como tem gente drogada no mundo, até em países que são modelos.

      Beijos

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  2. Nossa! O livro parece ser muito forte. Uma experiência de sobrevivência e luta pela vida. Já assisti ao filme, mas ainda não li nenhum dos dois livros. Vão para a lista urgente!

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  3. Li o primeiro livro quando estava no 1° ano do colegial e amei logo de cara, é um dos meus preferidos até hoje por se tratar de um relato real. É triste, chocante, eu não conseguia parar de olhar as fotografias que tem no final do livro. Com 15 anos eu já tinha informação suficiente sobre drogas mas ler sobre a vida de uma menina que usava heroína foi um baque pra mim. Sinto vontade de ler esse segundo livro da Christiane mas ao mesmo tempo tenho raiva em ler reportagens e resenhas sobre ela, sinto raiva em saber que ela teve todas as oportunidades do mundo pra melhorar e não se esforçou pra isso, até porque a culpa da vida dela ser assim é dela mesma e não do "meio" como ela diz. Gostaria muito de ler mesmo, mas já sei que vou ler com raiva dela e não com solidariedade como no primeiro.
    beijos

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    1. Nathalia

      Seu sentimento foi o mesmo de todas que comentaram e o meu. Ela não se recuperou, surreal, ela se drogou muito, Tinha hora que me dava embrulho de ler sabe.
      Ela perdeu muitas oportunidades de ficar bem e teve várias.
      Também não consigo sentir pena.

      Beijos

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  4. Desculpa mas vou ter um momento de revolta...
    "não imagina porque tiraram seu filho e não se acha culpada em momento algum por ter magoado tantas pessoas . Pelo contrário, se sente vítima..."

    Me desculpe mas essa pra mim não cola!
    Ela teve a vida toda pra aprender q drogas não são uma boa opção, teve inúmeras oportunidades de sair do vicio e ainda tem o incentivo de ter um filhinho q depende dela... Apesar de tudo isso, ela ainda continua se drogando por vontade própria, e ainda vem se achar uma vitima q não tem culpa de nada?! Me poupe!!! ¬¬
    Quem é vitima é uma pessoa q tem câncer e não tem como simplesmente "parar" de ser doente, não ela q pode parar a qualquer momento (com muito trabalho e esforço, logicamente).
    Levando em consideração o argumento dela q de q o viciado é um produto do meio em q vive, então o mais acertado q fizeram foi tirar o filho dela. Esse menino iria ser o resultado direto de se ter uma mãe drogada e q não acha q precisa parar... Sera q ia crescer bem?! Acho q não.

    Já li e adoro o primeiro livro, mas desse novo vou passar longe, pq só de ler a resenha ta me dando vontade de ir la na casa da Christiane e estapear ela, pra ver se ela cria vergonha na cara... afinal ela não tem mais 13 anos.

    Obs: Desculpa o desabafo, é q esse discurso de "eu sou vitima mi mi mi", q algumas pessoas q usam drogas fazem, me irrita demais.
    Ótima resenha, mais polemica q o programa do ratinhho! kkkkkkkk :*

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    1. Mary

      Menina AMEI seu comentário, tb me senti assim, fiquei impressionada como ela não mudou nada a droga continuou mandando nela ate hoje.
      Para mim foi uma decepção e fico revoltada de saber que tem pessoas que morrem por bem menos e quem arrisca tanto continua viva.
      Beijos

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  5. Eu vi o filme na aula de Sociologia, e com as explicações da professora sobre a época , onde ela vivia .... Eu senti pena , porque ela nao teve suporte algum dos pais... Mas agora , depois de ver que teve pessoas que se dispuseram a ajudar ... E ela falando que é apenas a vitima ... Me deixou inconformada.. Acho que eu nao leria... Eu iria ficar mais inconformada lendo... Parabéns Raffa ! Excelente resenha!!!
    P.S: Raffa, mudando de assunto , quando vai voltar o A menina pira? :) Já estou com saudades...
    Beijos

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    1. Cinthia,
      Assim como você tb fiquei com raiva dela durante o livro. Surreal o como ela não tem controle sobre a droga, a droga é quem a controla.
      Referente ao A Menina Pira , teremos um especial em breve ainda esse mês ;)

      beijos

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Todo mundo revoltando, querendo ir lá na casa da Christiane e dar na cara dela!
    weeeeeeeeeeeeeeeeeee! \o/ kkkkkkk

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  8. Oi, Raffa!!!
    Sendo a última a comentar... =\
    O que mais há para dizer? rs... Acho que todo mundo já disse tudo.
    Devo dizer que eu fiquei muito decepcionada. Tinha esperança de ver aqui uma resenha falando sobre como ela deu a volta por cima mas não foi isso. Muito chato isso! Eu vi o filme e fiquei bem impressionada na época. Quando você postou a foto do livro no face, eu fiquei mega empolgada aguardando a sua resenha. Uma pena ela ter frustrado a todos nós... mas pena ainda que ela vai vender no mundo todo e vai decepcionar todo mundo... Espero que ela não vá usar toda a grana do livro para se drogar ainda mais...
    Beeeeeeeeijo

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  9. Li o primeiro livro quando tinha uns 13/14 anos acho, e ele me chocou muito ela não apoio dos pais,nunca esqueci o título, um livro muito forte.
    Quando vi no face que você iria resenhar esse livro fiquei mega curiosa,pois achava que ela estaria contando uma história de como ela se recuperou e deu a volta a por cima...me decepcionei,e também achei o cúmulo ela dizer que é vítima da sociedade.Mas mesmo assim fiquei curiosa para lê-lo.Bjão Raffa.

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  10. Oie...
    Ainda não li aos livros, mas assisti ao filme e gostei bastante. Mesmo sendo bem chocante fiquei interessada em procurar ambos os livros para ler. Parecem ser bem intenso e também não sei como ela conseguiu sobreviver com tudo pelo que passou. É sempre muito complicado quando alguém se envolve com drogas e a culpa sempre cai nos pais, mas temos que entender que não é somente culpa deles, mas sim do conjunto de situações pelo qual uma pessoa passa.

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  11. Eu não li o primeiro livro só vi o filme,nem sabia que tinha um segundo livro..agora já quero ler e saber mais dessa vida depravada que ela continuou levando.

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  12. Eu sempre ouvi falar de Cristiane F. em minha adolescência, mas nunca li nenhum livro.
    Acho que agora não teria vontade de ler, pelo simples fato de que ela não largou as drogas.

    Beijos

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  13. Nossa Raffa
    Infelizmente essa é a vida de quem não quer largar as drogas, conheço uma pessoa que já foi internado N vezes, mas sempre que sai, volta a usar, acho que esse tipo de pessoa não vai largar nunca, infelizmente.
    Eu fiquei super interessada em ler o livro.
    Beijos

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  14. Acho que 9 entre 10 adolescentes da nossa época leram o primeiro livro e com certeza ficamos chocadas e com pena dela por tudo que ela passou, mas aí agora fico sabendo que ela teve zilhões de chances de se recuperar com várias pessoas dispostas a ajuda-la e ela simplismente não quis, não se esforçou, eu também não consigo sentir pena, e acho que vou me irritar em alguns momentos desse novo livro, mas quero ler, com certeza! Bjão!

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