quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Menina que via Filmes : Sniper Americano [Crítica]

Título Original : American Sniper
Título no Brasil : Sniper Americano
Dirigido por Clint Eastwood
Com Bradley Cooper, Sienna Miller, Luke Grimes mais
Gênero Biografia , Guerra , Drama

Nacionalidade EUA
Duração : 2h 12 min
Baseado na obra de Chris Kyle 













Depois que você lê um livro, ver tudo na tela é algo que só quem ama livros e filmes na mesma intensidade é capaz de sentir. Eu já havia amado o livro, vê-lo na telona, em uma sala lotada horas antes da grande noite do Oscar foi no mínimo emocionante.
Sniper Americano é fiel ao livro, claro que tem menos informação mas não faltou nada que fosse primordial para entender a história de Chris Kyle , SEAL da Marinha americana que arriscou sua vida por 4 anos na Guerra do Iraque. No papel de Chris temos Bradley Cooper, um ator que está cada vez melhor, ele ganhou 18 kg para interpretar Kyle e está muito convincente no papel. Torci por ele na noite do Oscar, mas também torci pelos outros, complicado esse ano saber quem estava melhor. Cooper me passou exatamente o que li no livro, foi fiel ao que imaginei e só isso já me fez sentir novamente tudo que parecia estar na minha frente lendo o livro. 
Após o 11 de setembro milhares de americanos foram enviados ao Iraque para destruírem um dos braços da Al-Qaeda e derrubarem o ditador Sadam Hussein. 
O que temos nas pouco mais de duas horas de filme é o que Kyle descreve : ali no Iraque não faziam distinção de sexo, idade, religião...um inimigo americano merecia ser morto, foi pensando assim que Kyle virou " A Lenda" atirando em 160 pessoas durante os 4 anos que esteve no local, alguns lhe creditam mais de 200 mortes. Ele diz que não conta. 
As cenas do filme que fazem as mulheres suspirarem e sofrerem junto talvez não sejam as de guerra, o sensacional Clin Eastwood nos coloca no mundo de Taya, a esposa devotada, desde o dia em que se conheceram, até a ida para guerra . Taya ficou sozinha, mas nunca se separou do marido. Muito bem no papel está Sienna Miller, de cabelos escurecidos a moça parece feita para ser Taya, ela vive intensamente a guerra mesmo estando longe, ela respira aliviada cada vez que seu marido retorna e finge que não vê o quão apesar de perto dela fisicamente o marido vive longe pensando na guerra.
Para alguns pode parecer exagero, para Kyle era razão de sua vida, acima da família ele colocava defender o país e tudo está ali na telona. 

Enquanto ele está no Iraque matando rebeldes  e salvando muitos companheiros, o espectador parece torcer por ele, pessoas atrás de mim na sala de exibição vibravam a cada pessoa que ele matava. E quando era criança ou mulher ouvia-se um silêncio. Kyle não comemorava as mortes e nessas horas nem quem assistia atento.
Os companheiros mortos, os enterros, tudo é relatado. Até mesmo a gravidez da esposa - as duas vezes - e o como Kyle tentava ser um pai presente mas nem sempre isso era possível.
Para o final, algo que não temos no livro, como se sabe para quem leu a resenha dele aqui no blog, Chris não morreu na guerra, ele voltou vivo para sua família e a cena final é digna de Oscar para Eastwood , e até agora não entendo porque ele nem concorria ( talvez seja pelo bebê fake, coisa que me incomodou durante o filme!) . Depois de tantos riscos , foi dentro de território americano que por uma fresta da porta Taya vê aquele que lhe tiraria o marido, não sei se Clint quis mostrar ao mundo que é contra a política de armas no país mas o que vemos é que a ameaça estava ali, Kyle foi morto por um veterano surtado. No dia do Oscar era o julgamento, não aparece como foi, não se dão mais detalhes, é hora das cenas reais do enterros, do povo emocionado e do lado " eu sou americano e tenho orgulho disso" do diretor. 
Nada exagerado, tudo para emocionar, e como chorei. O filme é maravilhoso mesmo. 

5 comentários:

  1. Acompanhei a resenha do livro aqui no espaço e fiquei maravilhada com tudo que foi mencionado. Agora chegar e ver que o filme também seguiu a linha da leitura é bom demais!!Poucos filmes conseguem isso, de serem fiéis aos livros..e mesmo faltando um ou outro detalhe, este parece que foi quase completo.
    Cooper é um ator maravilhoso(tá, lindo também)..rs e é bom ler que ele incorporou o personagem. Queria entender isso, de abandonar praticamente tudo, para viver um amor ao país..Será que o país merece todo este sacrifício?
    Verei com certeza =)
    Beijo

    ResponderExcluir
  2. Estou com muita vontade de ver o filme e ler o livro, não necessariamente nessa ordem. Também não entendi por qual motivo o Clint não concorria, já que ele é digno de Oscar há bastante tempo. Mas ninguém nunca entende, né? Adorei a sua crítica.
    Beijos.

    ResponderExcluir
  3. Li sua resenha sobre este livro, e ela só me despertou curiosidade a respeito desta história, Gente, achei impressionante o tamanho do patriotismo desde soldado. Corri na livraria, comprei e li este livro. Pretendo assistir o filme em breve. Infelizmente não teve bom desempenho no Oscar, apesar dos milhões que anda fazendo nas bilheterias do mundo todo! Uma pena :(
    Beijo

    ResponderExcluir
  4. Eu quero muito muito ver esse filme, não só pela estória do filme, mas porque eu adoro o Bradley. Vou tentar ver no cinema antes que saia de cartaz.

    ResponderExcluir
  5. Impressionante é tudo o que tinham a fazer em atores neste filme, quando eu descobri os melhores filmes HBO e vi este filme eu realmente gostei de vê-la nesta seleção , Eastwood fez um bom trabalho

    ResponderExcluir

Sua opinião é muito importante para mim! Me diga o que achou dessa postagem e se quiser que eu visite seu blog, informe o abaixo de sua assinatura ;)