Autor : Maurício Gomyde
Editora Novo Conceito
Número de págs: 191
Não sei vocês, mas na minha casa minha relação com minha mãe sempre foi infinitamente melhor do que com meu pai. E eles são casados até hoje, sempre tive pai presente mas se alguém me analisasse veria que o que tenho hoje com meu pai - carinho, respeito, etc - demorou para vir, diria que só veio após os 20 anos.
Certa de que cada família sabe as dores e as delícias de ser o que são , caí de cabeça na leitura prazerosa de Maurício Gomyde, a fama se justifica, o rapaz escreve muito!
Esqueçam os romances adocicados, os vampiros que surgem na calada da noite, os anjos que sobrevoam nossas janelas sem camisa... aqui, mais precisamente em 191 páginas Maurício nos apresenta um pai que se arrepende de ter dado mais atenção a carreira do que as duas filhas, e quem nunca teve ou conheceu um pai assim? Muitas vezes seu marido é assim com seu filho, e por ser tão real você se encanta no como não é errado dizer que dinheiro nenhum no mundo compra o tempo perdido , ainda mais se forem com seus filhos.
Vinícius sabe bem o que é isso, no auge da carreira de escritor, rodeado de mulheres lindas e de fãs pedindo seus autógrafos, com milhões de livros vendidos e um agente que só pensa no como ele é lucrativo para sua conta bancária, ele parece esquecer ou deixar em segundo plano a vida que construiu com Viviana. Tudo poderia ser mais simples, ou menos doloroso se sua esposa não estivesse com câncer, e suas filhas precisassem muito do carinho e atenção dele.
Como todo ser humano, Vinícius aprende a lição com a dor, é após a morte da mulher com quem passou os melhores momentos de sua vida, antes do sucesso na carreira, que ele se vê como um estranho às duas filhas do casal : Vida e Valentina.
Como uma das filhas é adolescente fica ainda mais difícil para ele tentar ganhar novamente a admiração da menina que o culpa principalmente por estar em uma de suas festas de lançamento enquanto a mãe morria.
Na medida certa, sem dramalhão mexicano, Maurício parece como a própria capa nos informa no título : uma máquina de contar histórias. Não vemos o tempo passar nas páginas, nos encantamos com cada vitória do pai querendo enfim ter tempo e o amor reconhecido por suas filhas.
Na troca de emails com a melhor amiga da filha mais velha, nas respostas mais do que precisas e necessárias ao agente que não entende como alguém pode querer a família ao invés da fama, nos apaixonamos pelo personagem e torcemos por ele intensamente.
Diria até mais, que nessa hora quis muito que o livro fosse sobrenatural e que Viviana despertasse como uma vampira que voltou com tudo para formar a família feliz de comercial de margarina.
Na busca pelo amor das filhas, ele as leva para Europa, as mostra locais lindos e é exatamente o tempo que precisam juntos para estabelecer os laços rompidos.
No final, a sensação que fica ao leitor é aquela de íntima da família, de que vai entrar na última página e abraçá-los, porque sim, família é importante, hoje e sempre.
Quer conhecer o autor dessa linda história?
Sábado, dia 09 de maio tem evento da Menina, e o autor Maurício Gomyde estará presente!
Confirme sua presença aqui
Quer conhecer o autor dessa linda história?
Sábado, dia 09 de maio tem evento da Menina, e o autor Maurício Gomyde estará presente!
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Acho irônico que depois de ter ouvido e lido tanta coisa boa sobre as letras do Gomyde, ainda não tenha conseguido ler um livro dele :/
ResponderExcluirQuando foi o lançamento deste livro, me recordo do burburinho que foi, do quanto todos elogiaram e comentaram da maneira dele, única, de conduzir uma história!
Agora lendo a resenha desta obra, percebo que admirar o trabalho dele, não é somente fácil, mas prazeroso demais!
Prometo a mim mesma que lerei esta obra e tantas outras do autor que merece sim, ser querido e tão amado entre os leitores!
Beijo
Nossaa como eu queria tanto ir nesse evento a cada resenha que leio há vontade de ir é maior... Tanto autor(a) talentoso <3 .
ResponderExcluirConfesse q se eu ler esse livro com certeza vou chorar. rs Não deve ser fácil escrever algo assim e conseguir emocionar o leitor.
Minha relação com a minha mãe é mil vezes melhor também, fui criada por ela depois q meus pais se separaram e não saberia o q fazer senão fosse ela na minha via. (Por isso que dia das mãe é todo dia. s2)
E eu ri alto na parte em q vc falou q queria q o livro fosse sobrenatural e a Viviane despertasse como vampira. haha A capa ficou bem legal o desenho também. :)
Bj
Fiquei interessada em ler, ansiosa em saber mais sobre as histórias :)
ResponderExcluirAcho super importante quando o autor aborda a importância da família, embora nesse caso o personagem tenha aprendido a duras penas a dar o devido valor para a sua. Ainda bem que não há dramalhão desnecessário, até porquê, o livro é pequeno para se prender a isso. Creio que vou gostar bastante da leitura.
ResponderExcluirBeijos.
Quando era novinha eu ia aonde meu pai iria, mas com os entendimentos da vida fui me distanciando do meu pai e me agarrando a minha mãe que é minha "filha", amiga tenho um amor sobrenatural por ela, bom é claro que brigamos vez sim e outras também mas minha mãe é maravilhosa e é o meu porto seguro diante das atribulações da vida. Também gosto do meu pai mas faço muito mais pela minha mãe do que para ele ultimamente.
ResponderExcluirApesar de tudo o que tiver ao meu alcance eu faço para ajudá-los no que for preciso, pois pai e mãe são as pessoas que estarão ao seu lado quando ninguém mais estiver.
Amo meus pais do meu modo torto, não sou a melhor filha do mundo, tenho inúmeros defeitos mas defendo eles até a morte.
Ontem no evento quando você estava falando desse livro fiquei com vontade de ler e guardar para os meus filhos lerem e passarem para os seus filhos.
Fama, dinheiro e status tudo isso é bom, porém, do que adianta ter tudo isso e não ter sua família ao seu lado desfrutando disso junto com você. A vida passa e nos arrependemos do que deixamos de fazer pelos que amamos e quando nos dermos conta não teremos mais a chance de voltar e reviver o que perdemos.
Viva La Vida! Viva nossos Pais! Viva a Família que não escolhemos mais é nossa e nos amamos imensamente.
Beijão
Eu sempre fui apegada a minha mae pq meu pai era ausente mesmo por conta do emprego. Mas era ausente na imagem, pq tava ali sempre perguntando dos estudos e como estávamos. Mas em toda familia sempre tem alguma coisa extraordinária e como somos seres humanos, temos nossos defeitos. Alguns aceitáveis pelos nossos irmãos e pais, outros não, mas o que prevalece mesmo é o amor!!! Se não tiver amor, nada vale na família, são como estranhos. Bjos
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