domingo, 28 de junho de 2015

Menina que via Filmes : Muitos Homens Num Só [Crítica]

Título Original : Muitos Homens Num Só
Dirigido por Mini Kerti
Com Vladimir Brichta, Alice Braga, Caio Blat mais
Gênero Drama , Romance

Nacionalidade Brasil
Ano : 2013


























Passado no Rio de Janeiro, no início do século 20, a história de Dr. Antônio ( Vladimir Britcha, excepcional no papel!) , um homem que tinha várias identidades e sua especialidade era assaltar o quarto de hóspedes de hotéis como Hotel dos Estrangeiros e  Hotel Santa Luzia. Charmoso e esperto , ele se aproveitava que naquela época não existiam muitos meios de ser pego e aplicava seus golpes enganando a todos, saindo dos locais com os bolsos abarrotados de jóias e títulos de banco.
O que impressiona no filme não é somente ser extremamente bem retratado com cuidados para o cenário e figurino, mas por ser um filme brasileiro longe das comédias que estão acostumados a nos entubar , com um tema sempre atual, com um fato que realmente ocorreu e com um elenco tão afinado que ao sair da sala muitos compararam o a filmes europeus.
O filme ganha ainda mais interesse quando entra em cena Eva ( Alice Braga) uma mulher infeliz que ama retratar as pessoas em suas pinturas, que tem um marido ( Pedro Brício) que não liga muito para ela, somente para os negócios e que encontra em Antônio ( ou em Dr. Guedes , como ele se apresenta para ela!) um ombro para apoiar sua arte e amá-la na cama.

Há aí um embate nos personagens, hospedados no mesmo hotel, ele tem como missão  roubar um Barão para entregar ao homem que o criou  e o ensinou tudo do mundo do crime. Ela, ingênua, o vê realmente como um médico bom que salva a vida até de uma adolescente que está no hotel e que lhe veio em boa hora para lhe trazer de volta a felicidade.
Outro personagem importante é Félix Pacheco ( Caio Blat) , para quem já ligou o nome ao RG, ele deu o nome ao antigo Instituto onde eram emitidas as carteiras de identidade. Investigador, foi ele o " culpado" por termos nossas digitais como marca registrada para ajudar a desvendar crimes como o que aplicava Antônio.
Cercado de bons momentos, com uma direção acertada em cima de uma história original que foi publicada em livro anos atrás como " O Rato de Hotel", o filme  é um mergulho ao Rio de Janeiro do passado, onde poucos ladrões existiam, e a inocência era tanta que as portas dos quartos não tinham chaves! 
Na história ,  o charme do protagonista e a chance de recomeçar com Eva uma vida nova nos fazem torcer para o lado incorreto. Baseado em uma história real, a vida nem sempre é como esperamos, e esse filme é a prova de que filme nacional é bom sim, e esse serve como exemplo.
Por mais verbas da Ancine para filmes excelentes como esse e menos comédias sem graça. O cinema nacional agradece!

3 comentários:

  1. Ja vi filmes assim, que mudamos de lado so por causa dos personagens hahah
    parece ser otimo o filmee, ja quero mtoo ver :*

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  2. Creio que foi no programa Encontro que acabei vendo o Vladimir falar sobre esse filme que foge bem as regras do cinema atual, nacional.
    Filme de época, super bem elaborado sim e baseado em uma história real.
    O cinema nacional tem precisado disso e muito. Sair das mesmice das comédias insonsas e se aventurar de verdade na história!
    Verei com certeza!!!!
    Beijo

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  3. Finalmente um filme nacional que não é uma comédia tosca, amém! Esse sim vai me fazer sair de casa para ver, porque me empolguei, ainda mais por ser baseado numa história real. Obrigada pela dica!

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