segunda-feira, 27 de julho de 2015

Menina que via Filmes : Fênix [Crítica]

Título Original : Phoenix
Título no Brasil: Fênix
Dirigido por Christian Petzold
Com Nina Hoss, Ronald Zehrfeld, Nina Kunzendorf mais
Gênero Drama

Nacionalidade Alemanha
Ano : 2014























Até procurei mas me senti culpada por nunca ter feito crítica de um filme maravilhoso alemão que assisti com os mesmos protagonistas. Em 2012 os protagonistas fizeram Barbara , dois anos depois filmaram esse que só agora chega aos cinemas do Brasil.
Phoenix - no original - conta a história de Nelly Lenz ( Nina Hoss) , uma judia que acabou de ser libertada de Auschwitz e na companhia de uma amiga da família tenta voltar para a Alemanha. Não se vê seu rosto, envolto em ataduras é explicado que uma bala destruiu seu rosto. Sendo assim, a amiga Lene ( Nina Kunzendorf) a ajuda levando a um cirurgião e lhe indicando que o melhor caminho para uma judia pós Guerra é ir morar em Tel Aviv na Palestina , onde Israel ainda estava sendo criada. 
Sem poder falar, sabemos pouco sobre sua vida que vai sendo contada aos poucos. Lene pelo jeito nutria uma paixão pela amiga e odiava seu marido, Johnny ( Ronald Zehrfeld, aquele homem maravilhoso que deveria fazer todos os filmes alemães!) , que de acordo com ela foi quem entregou a esposa para os nazistas.
Sem acreditar e ainda apaixonada pelo marido, ela enquanto se recupera ouve da amiga que boa parte de sua família morreu e lhe deixou uma fortuna. Nelly não parece muito ligada a religião, mas a própria amiga lhe lembra que ela é judia por mais que não queira, não há opção. 
Assim que se recupera ela vai atrás do marido, em uma Berlim destruída ela anda com o rosto que mal ela reconhece como sendo dela, anda estranho carregando seus traumas mas quando finalmente encontra seu marido perde literalmente a fala. Ele vê a oportunidade de receber a grana de herança colocando aquela moça tão parecida para se fazer passar por sua esposa para a família dela que sobrou. Ela? Com ar de apaixonada, prefere que ele fique fantasiando que ela não é ela, e cada ensaio de marido e mulher é a glória para ela.

Para o espectador fica a dúvida de porque ela não fala logo que ela é ela, e a amiga sabendo dos planos prepara uma surpresa que não posso contar.
Ao reconstruir os passos dela mesmo, vai revivendo tudo que passou quando foi pega pelos nazistas, a frieza do marido que não sabe que ela é ela é notável, mas ela fantasia.
Quando achamos que sabemos de tudo que o diretor preparou para nós, nos enganamos, o final é excelente, mais uma vez a dupla de protagonistas encanta pela atuação e sintonia. Filme maravilhoso. 

4 comentários:

  1. Filmes e livros que retratam um pouquinho dos horrores de Auschwitz já vale a pena! Pelo horror, pelo drama e por muitas histórias de superações.
    Não conhecia esse filme, mas pelo que li acima, ele vai bem além dos dramas desse período da nossa triste história. Ele traz o amor, a devoção e a decepção.
    Claro que tentarei ver!
    Beijo

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  2. Não conhecia esse filme, já fiquei com vontade de ver.
    :)

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  3. Olá, Raffa. O filme parece ser ótimo, gostei bastante da premissa dele, irei anotar aqui para assistir em breve!
    Beijo,
    http://www.pactoliterario.com/

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  4. Que cachorro esse marido. Espero que ele fique sem ela e sem dinheiro ahaha
    Fiquei muito curiosa com esse final uma pena que eu só vou conseguir assistir quando estiver passando na "TV"
    Beijos

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