Título no Brasil : Medianeras
Dirigido por Gustavo Taretto
Com Javier Drolas, Pilar López de Ayala, Inés Efron mais
Gênero Romance , Comédia
Nacionalidade Espanha , Argentina , Alemanha
Ano : 2011
Formato Visto : Netflix
Quando você vê um filme que ama como esse e que uma amiga sua sempre te indicou mas você só foi ver 4 anos depois, tem como não se arrepender?
Medianeras é tão bom quanto me falaram sim, ou , quem sabe, melhor. Martin ( Javier Drolas) trabalha com internet e quase nunca sai de casa. Ele mesmo diz que a internet o deixou só : ele pede comida on line, vê filmes em casa, trabalha em casa. Sua única companhia é uma cadela chatinha que ainda não se acostumou a viver somente com ele. Sua ex embarcou para os EUA e nunca mais voltou, lhe deixando de presente ela. Até sexo, ultimamente, ele tem feito on line. Quando topa se encontrar com alguém compara a pessoa a foto de um Big Mac, ou seja, a realidade nunca é a mesma . Para quem já participou de sites como Par Perfeito, isso cai como uma luva.
Ao mesmo tempo temos outras história acontecendo , a de Mariana ( Pilar López) , vitrinista, ela acabou de terminar um relacionamento de 4 anos em que estava infeliz. A comparação que ela faz com o número de fotos que ela tirou com ele do primeiro ao último ano, é perfeita. Demonstra o desgaste no relacionamento. Tão engraçado que me identifiquei, todas as vezes que eu achava que aquele relacionamento não daria certo , eu sempre tirava uma foto com meu ex e uma sozinha, porque sabia que a com ele eu nunca mais ia querer ver.
Mariana não tem sucesso nos seus encontros, por ser muito bonita chama a atenção dos homens, mas as histórias com eles são bem infelizes, como por exemplo, quando conhece um médico e ele falha na hora H, ela super correta, o entende e diz que isso acontece, ele ? Some da vida dela.
Um fato bacana é que ela ama o livro Onde Está Wally? Sucesso aqui no Brasil no passado, e ela conta que achou Wally em todos os lugares mesmo na cidade, lembrem dessa frase porque terá muito sentido mais a frente.
A tecnologia que une mas que também nos separa, os relacionamentos do presente, uma cidade imensa como Buenos Aires com apartamentos sem janelas, tudo é motivo para que o filme seja analisado por qualquer nacionalidade, se passa na Argentina mas poderia ser passar em São Paulo . Os fenômenos do gênero acontecem em qualquer grande metrópole , e nos acostumamos tanto com ele que não nos paramos para perguntar o que mesmo estamos perdendo da vida?
A moça que passei com o cão de Martin é o que muitos temos, ela não tem nada a ver com o que somos, mas na carência ele acaba transando com ela porque não tem contato com mais ninguém. Ela não é nada do que ele espera, e ela nada espera dele, pronto : está formado um pseudo casal para matar a necessidade de sexo um do outro.
Tão perfeito e perturbador, que apesar de todas as críticas não vira drama, é romance sim, e dos mais lindos. Porque por mais que tenhamos evoluído em muitas áreas, ainda queremos alguém para dividirmos as dores e as delícias de ser o que somos.
Nota 10 é pouco para esse filme. Assistam.
Puxa...rs
ResponderExcluirDeu para notar a empolgação em cada letra da crítica!!!
Não conhecia o filme, mas amei de cara a capa. Que coisa mais diferente e ao mesmo tempo, tão lírica..tão simples!
Como apaixonada que sou, vou ver com certeza!!!
Quero entender essas diferenças se unindo.. Nesse mundo tecnológico, o amor ainda preciso ser vivido carne a carne!
Beijo
Não conhecia o filme, vou ver, sua crítica me deixou com vontade de ver ^_^
ResponderExcluirMe empolguei com sua empolgação por esse filme rs
ResponderExcluirNão sabia da existência dele mas não irei perder tempo e vou correndo no Netflix assistir.
Obrigada pela dica ;)
Beijos