domingo, 9 de agosto de 2015

Menina que via Filmes : O Último poema do Rinoceronte [Crítica]

Título Original : Fasle Kargadan
Título no Brasil : O Último poema do Rinoceronte
Dirigido por Bahman Ghobadi
Com Behrouz Vossoughi, Monica Bellucci, Yılmaz Erdoğan mais
Gênero Drama
Nacionalidade Irã , Iraque , Turquia
Ano : 2012
Censura : 16 anos




















Foi certamente uma escolha errada para um péssimo dia. Fã do cinema internacional - fora do circuito hollywoodiano - me animei em ver O Último Poema do Rinoceronte porque pensei que fosse apesar de entender o drama uma história bonita de reencontros. Mas errei feio. Se já estava deprimida, acreditem, fiquei muito pior!
Falado em persa boa parte do filme, o longa conta a história verídica do poeta iraniano Sadegh Kamangar, que na década de 70 foi vítima do governo de Aiatolá Khomeini e preso acusado de ser contra o islã. Passado entre o presente e os tempos de prisão, o motivo maior pode estar escondido na paixão de um ex motorista da família de sua esposa Mina ( a estonteante atriz italiana Monica Bellucci) que tinha um pai militar que apoiava o governo anterior e que demite o cara e o espanca. Esse mesmo motorista vingativo sentia raiva de Mina nunca ter lhe dado bola e com isso entrega seu marido Sahel ( o verdadeiro nome de Sadegh) que é escritor.
Claro que ficamos com raiva das injustiças, mas o filme apesar da bela fotografia nos leva ao pior lugar do ser humano : o mau caratismo, a maldade e a depressão causada por um passado que não volta atrás. 
Mina que também é presa com ele, fica na cadeia pouco tempo já que o tal motorista do mal a solta acreditando que ela vá ficar com ele. 

Acontece que o governo mente que matou Sahel e entrega atestado de óbito  e faz enterro para a viúva que fica desesperada, além do que ela tem agora gêmeos para criar ( e não vou mais tocar nas crianças porque estragaria na história!) . O motorista fica em cima... e claro que como a vida real é muito injusta, quando o pobre do homem sai da cadeia com quem ela está?
Por ser tão cruel e carregado de infelicidade o filme é muito real; Sahel vira um senhor estranho, pouco fala, age escondido, não tenta se aproximar da esposa e dos filhos...quando o faz não diz quem é.
Há silêncios demais e explicações de menos, espera-se ali que somente com o olhar o espectador entenda mas confesso que entendi algumas coisas que minha mãe não pensou como eu.
A tristeza nas atuações é de bater palmas, mas eu que precisava me animar inventei de ver o filme errado, tão ou mais depressivo quanto eu estava.
Por sabermos que tudo aquilo aconteceu é ainda mais assustador. E saímos da sala estarrecidos, em silêncio, como o protagonista o fez boa parte do filme.

Obs : O filme somente agora chegou aos cinemas do Brasil, mas foi filmado em 2012. 

6 comentários:

  1. Acho que há momentos para tudo. E se em um dia, as coisas já não estão assim, tão boas, é melhor fugir de baixo astral...rs
    Eu amo filmes mais silenciosos, com fotografias lindas, onde a mente possa viajar sem fronteiras(sem ser Tim, ouch), mas...precisa de algo que não precise de explicação.
    Onde apenas os personagens e a paisagem, acabem criando as falas inexistentes!
    Talvez eu acabe vendo...mas não agora!
    A fase não é das melhores!rsrs
    Beijo

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  2. Oi, Raffa! Gostei da resenha e me interessei por assistir. Gosto de ver filmes fora dos mais conhecidos sendo indicados e favorito os que mais me interessam, como este. Parece ser muito bom. Beijos. :)

    Ensaiando

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  3. Não era o dia certo para você ver este filme, mas me pareceu interessante, vou tentar ver.
    Abraços :)

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  4. Nossa que tristeza sem fim esse filme hein.
    Certeza que não verei no cinema porque é longe onde ele está passando mas quando chegar no Netflix irei ver.
    Beijos

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  5. É, muito triste, não posso não. Faz tempo que já ando depre, imagine ver uma história tão triste, rsrs
    bjos

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