[Resenha] Joyland @Suma_BR

Título Original : Joyland
Título no Brasil : Joyland
Autor : Stephen King
Editora Suma de Letras
Número de págs: 238
Tradução : Regiane Winarski

King é meu autor favorito,  seus livros tem uma pegada que me envolve de tal jeito que é muito difícil eu não pega-los e terminar no mesmo dia. Com Joyland isso não aconteceu, acabei finalizando em quase 3 dias, o que é um tempo grande e senti que o livro não me prendeu. Isso só tinha acontecido uma vez com livros dele : Love, que também não entrou na lista de favoritos.

O protagonista dessa vez se chama Devin Jones, sua mãe faleceu, seu pai é um cara bacana que apoia o filho e ele faz universidade. Um rapaz comum que tem uma namorada chamada Wendy e que em breve se tornará um trauma eterno para ele. 

Narrado em primeira pessoa, ele nos avisa que sofrerá uma decepção com a então namorada, que nunca chegou a transar com ele de verdade, somente " o aliviava". Era o ano de 1973 , e aquele ano marcaria para sempre sua vida, por vários motivos que iremos conhecer com a leitura.

Como sempre King constrói os personagens maravilhosamente bem, deixando no ar quando algo importante com aquele mero coadjuvante irá acontecer mais à frente, e isso é delicioso. O mestre do terror sempre acerta quando nos coloca em cenários que pedem umas assombrações,como um parque de diversões, e é lógico que Joyland se trata de um parque com uma história sinistra para contar. Não tem como eu ler algo com parques e não lembrar do clássico filme Pague para entrar, reze para sair , nesse caso do livro King até se permite pegar mais leve. 

Devin se prepara para um emprego de férias no parque onde fará de tudo, alugará um quarto em uma pensão próxima - já que mora em outra cidade - e irá com a certeza de que verá sua amada em breve. Mas como ele mesmo avisa, por um motivo explicado mais a frente, eles não tem um final feliz.

Querendo esquecer sua nada mole vida, ele entra de cabeça no trabalho do parque, mesmo sua equipe formada não tendo um líder muito simpático e mesmo tendo que se vestir de Howie, um cão que é personagem do parque e tem o intuito de distrair crianças e de faze-las comprar um cão- quente ( assim mesmo). Seria ok, se o parque não estivesse um calor literalmente do cão, em pleno julho/ agosto quando é o verão dos americanos, por esse motivo ele sua muito.

Mas a atenção dos leitores certamente vai ser em uma mulher que lê o futuro das pessoas, Rozzie Gold, e ela avisa para que ele preste atenção em algumas coisas. Achando que ela é uma charlatã ele não vai acreditar muito, mas vai se impressionar quando tudo que ela disser for se transformando em realidade.

A parte sinistra da história, fica a cargo de Linda Grey, uma moça que foi decapitada em um dos brinquedos por um pseudo namorado que até hoje ninguém sabe quem foi. Muitos funcionários do parque afirmam te-la visto próximo ao local, como uma assombração.

A história pega ritmo quando Mike e sua mãe entram na história, o menino tem uns dons especiais e vai ser muito importante para a solução do caso de Linda. 

Achei o início arrastado e o final tão esperado um pouco previsível. Por saber pelo próprio narrador que ele agora conta a história com mais de 60 anos, já quebrou um pouco o clima de que poderia ter acontecido algo com ele nas cenas que pedem um suspense com o que acontecerá com o personagem.

Por ser King é leitura fundamental, mas é mediano, não perfeito como tantos que ele já escreveu. E para quem não lê King porque é terror, esse é muito leve.