[Resenha] Á Procura de Audrey @galerarecord

Título Original : Finding Audrey
Título no Brasil : À Procura de Audrey
Autora : Sophie Kinsella
Editora Galera Record
Número de págs: 334

Pela primeira vez me deparei com um livro de Kinsella onde a protagonista fosse uma adolescente. Fiquei com medo, de que assim como tantos outros livros do gênero, a história fosse oca. Quem bom que me enganei feio a respeito.

Audrey tem 14 anos e um trauma, daqueles que nos fazem querer ficar todos os dias dentro de nosso casulo, ou melhor, de nosso quarto, sem ver nenhuma outra pessoa que não seja nossos pais . Durante todo o livro a autora opta por não dar muitos detalhes sobre  o que de fato ocorreu, sabe-se que a menina sofreu bullying, que foi na escola e que um grupo de garotas que o fez foi expulsa do local . Para Audrey sobrou a depressão, se distanciou da melhor amiga Nathalie, ficou internada em um hospital e por fim se colocou como a vítima que é sem reagir muito, escondendo seus olhos claros atrás de óculos escuros e acreditando que dessa forma a vida possa ser esquecida.

Acompanhada por perto pela Dra Sarah ela recebe a missão de filmar seus dias, como um exercício que a falta voltar à realidade. Seus pais são jovens, ela tem um irmão pequeno e o mais velho chamado Frank é um fã de games, tão viciado que a mãe opta por lhe tirar o laptop. É com esse irmão , entre tapas e beijos, que ela vai encontrar não somente um ombro amigo mas também um amigo muito interessante dele, chamado Linus, com quem a nossa protagonista vai viver um romance.

Um tema pesado, que poderia ter se transformado em algo mais triste, como tantos já terminaram em suicídio, mas que Kinsella faz uma escolha : há que no fundo do poço de Audrey tem uma mola , ela demora para pegar impulso,mas quando o faz é bravamente e ficamos na torcida.

Das implicâncias escolares à descoberta de uma adolescente que tem muitas coisas boas na vida para focar, somos espectadores de uma história linda, que se não te emocionar, vai fazer ainda melhor, vai fazer você chegar ao final com aquele sorriso bobo no rosto. O de que a vida nem sempre é feliz,mas que temos que lutar por isso.