Autora : Katia Mecler
Editora Leya
Número de págs : 253
Pensei muito se resenhava o livro ou não, porque na verdade não era algo de parceria, mas algo extremamente pessoal, o busquei para tentar entender uma pessoa próxima e me desculpem por aqui não me sentir a vontade de expô-la , até porque não tenho esse direito.
Pensei muito se resenhava o livro ou não, porque na verdade não era algo de parceria, mas algo extremamente pessoal, o busquei para tentar entender uma pessoa próxima e me desculpem por aqui não me sentir a vontade de expô-la , até porque não tenho esse direito.
Quando amamos muito alguém tentamos encontrar motivos para que aquela pessoa aja de uma maneira determinada, ou de outra...não importa, seja a si mesma ou a você, aquela pessoa está prejudicando algo que você preza : a paz. Quando é com você ou com alguém que você gosta, incomoda de uma forma que te queima por dentro, te consome, você tem vontade de gritar, de avançar...mas não seria você também um psicopata se assim o fizesse?
A doutora que escreveu o livro descreve os psicopatas em diversas formas, e que susto levei a reconhecer a mim mesma em uma delas. Fui depressiva, as vezes ainda sou, porque ter depressão é algo que se carrega para sempre, você pode deixar adormecido em um canto, mas ao final de um relacionamento, ou na próxima demissão ela desperta, ela te consome por dias, ela é uma dor muito maior que você acha que possa suportar, ela te faz pequeno, por vezes te faz ter raiva de tudo e todos, e não é assim que o psicopata age? Ele agride a si próprio, ele se isola, ele te isola, ele sente raiva dele e de alguém, ele despeja a frustração em palavras ou em agressões...mas o que fazer quando o próprio não reconhece que age dessa forma?
Ao ler o livro esperei de verdade que a autora me desse passos a seguir, o procurar ajuda é vago, se o psicopata se reconhece precisando ele o faz, mas boa parte está longe disso, muito distante de reconhecer o mal que faz a si mesmo, aos que o amam de verdade. Então pedir paciência , explicar a família ou aos amigos que ele tem que ser tratado de forma diferente é chover no molhado.
Na ânsia por respostas, por querer entender mais esse mundo que admito, me fascina e me assusta , li cada capítulo , reconheci amigos e conhecidos, lembrei de ex namorados e me impressionou saber que ele age de diversas formas. Ele está na sua sala da faculdade, ele é seu chefe, ele é seu marido, seu irmão, um primo ou você. Sim, você também pode ter sinais e não perceber, aliás é comum não se reconhecer na doença.
De um lado entendo que a atitude da autora em nos mostrar exemplos reais e do entretenimento funcionam, fica tangível, por outro só vi como solução o psicopata aceitar ser tratado, e aí é como o dependente químico, poucos aceitam, poucos querem .
Terminei a leitura sabendo que o psicopata não tem mesmo noção do mal que faz, mas os que estão ao seu redor sofrem todas as consequências. Que mais deles se reconheçam precisando de ajuda.
Eu não consigo me recordar o título de um livro que li há um tempinho que tratava do assunto. Sei que era nacional e foi muito bem aceito no meio literário.
ResponderExcluirSó me recordo que fiquei meio assustada com isso, porque ser psicopata não é uma questão de escolha. Acredito que todos temos traços, uns mais, outros menos..desse mal.
E sim, não temos consciência disso(aliás, nunca temos)
Adorei o que li acima e quero demais poder ler essa obra!
Beijo
Realmente, muitas vezes nós tratamos as pessoas psicopatas como gente sem amor, sem carinho e que não sabe amar, mas o que nós não percebemos é que elas já amaram. Vai ser bom entender um pouco sobre essas pessoas.
ResponderExcluirBjos.
Fiquei com a impressão de que se eu ler este livro vou enxergar psicopatas em todos os lugares e em todo mundo que eu conheço. Me sinto que nem você com esse assunto, fascinada e assustada. Ao mesmo tempo que quero saber mais sobre psicopatas, tenho medo de saber mais sobre eles.
ResponderExcluirNão é o tipo de leitura que me atrai no momento, mas quem sabe daqui a alguns anos.
Beijos :)