quarta-feira, 25 de novembro de 2015

[Resenha] A Filha @HarperCollinsB

Título Original : Daughter
Título no Brasil  : A Filha
Autora : Jane Shemilt
Editora Harper Collins Brasil
Número de págs: 318










O que me levou a passar a leitura desse livro à frente de outros foi o tema, mesmo que não sendo baseado em fatos reais já relatei aqui diversos casos - em filmes e livros -de crianças e adolescentes que somem. 
Jenny é mãe de 3 filhos, Naomi , a adolescente , e dois meninos gêmeos mais novos . A mais velha está na fase de não contar tudo à mãe, faz aulas de teatro e de uns tempos para cá mal conversa com seus pais, que aliás trabalham muito. A mãe, médica, tenta como pode dar atenção à filha mas ela parece preocupada com outras coisas, antes de ir ao teatro avisa que sairá para jantar com amigos, a mãe estipula um horário, como toda adolescente ela acha que é pouco e pede mais tempo. Chegam a um consenso e ela sai.
O que Jenny não sabe mas nós sabemos pela sinopse é que ela sairia de casa naquele ano de 2009 e não voltaria mais, o que a mãe sabe? Ela descobre que pouco...ao conversar com a melhor amiga sabe que a filha andou mentindo, ao esperar que a mãe da amiga seja complacente com sua dor pela filha desaparecida se desaponta .  Todos parecem não se importar tanto quanto ela...e será que alguém ama mais uma filha do que a própria mãe? Jenny parece achar que o mundo não entende a dor de sua perda. Nem mesmo seu marido  e os filhos ficam em segundo plano sem que ela perceba que sua vida se divide em antes e depois do sumiço de Naomi.
O que me ganhou na história foi o como vamos indo e vindo na história mas não antes dos acontecimentos mas antes das verdades e depois. O quanto o sumiço de Naomi pode contribuir para que algumas mentiras sejam descobertas? E será que era somente ela que escondia algo?
Se por um lado a autora nos coloca diante da dor de uma mãe por outro ao nos apresentar a verdade nos impõe um momento de julgamento do como mexemos com a vida de outra pessoa por nossas atitudes. Existe culpa para os pais? Até onde eles poderiam ter ido para evitar o sumiço de Naomi? E o final surpreendente nos faz repensar os conceitos que temos sobre a relação entre pais e filhos e tudo que envolve uma família.
Imaginei que a história enveredaria para um lado que ela não foi e nem por isso me desapontei, gostei da personalidade forte de Jenny, a mãe sofredora que ama mais a filha do que a si mesma. Esse livro foi uma grata surpresa.  

4 comentários:

  1. Eu gosto muito de livros assim. Que fazem com que a gente se questione.
    Nestes tempo que vivemos, o tempo virou nosso pior inimigo. Eu mesma, quase não vejo mais minha filha. Nossos horários nunca coincidem...E quando nos sentamos para conversar, são momentos raros, cada vez mais raros. Mesmo que eu procure estar com ela, nem sempre é possível :/
    Livro indo para a lista de desejados agora.
    Cada vez que venho no blog, fico mais pobre!rs
    Beijo

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  2. Não tinha ouvido falar deste livro, mas fiquei com vontade de ler. Mais um pra lista de desejados ^_^

    Beijos :)

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  3. Oi Raffa,
    Eu gosto de livros e filmes assim, sempre gosto de reparar nas reações dos personagens envolvidos. Me lembrou o Confie em mim do Harlan Coben , mas claro sem o suspense.
    Sempre fico com raiva dos julgamentos alheios até por que é muito difícil viver sem os pais e eu sei bem o que é isso e nem posso imaginar como é para uma mãe.
    Vi entrar na minha lista sem dúvida
    beijos

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  4. Gostei do enredo e de sua resenha.
    Esse tipo de livro, são os que eu mais me identifico e gosto.
    Quero muito ler.
    Bjos

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