Título no Brasil: Persépolis
Autora : Marjane Satrapi
Editora Companhia das Letras
Tradução: Paulo Werneck
Eu disse que falaria mais desse livro, não bastou fotos em todas as redes sociais, tão pouco um vídeo falando dele. Achei que seria difícil ler algum livro que se tornasse um de meus favoritos da vida depois de tanto tempo. Mas estava enganada, errada demais de não ter lido esse livro antes.
Em formato de quadrinhos e em uma verão completa ( originalmente foi laçado em 4 partes) Persépolis é muito mais do que poderia esperar. Marjane começa o livro com apenas 10 anos e vai crescendo na nossa frente conforme a história vai sendo contada. Iraniana, a moça viu seu país se transformar para república muçulmana extremamente rígida. Isso queria dizer que seu cabelo não poderia mais ser mostrado, nem seus braços, pernas ou poderia usar qualquer tênis que fosse da moda. Seus pais, que eram maravilhosos, apoiavam a filha em não aceitar facilmente usar o que não queria mas ao mesmo tempo sentiam medo do governo e das consequências de não se fazer o que eles queriam.
Foi assim que viu seu tio ser preso, dezenas de pais de suas amigas sumirem, e seu direito de dizer o que pensa ser cortado. Como entender que tudo o que fez agora passou a ser errado? Como aceitar que homens possam tudo e mulheres tenham que obedecê-los?
Conforme a história do Irã vai passando, a vida da menina também passa, é o retrato de um país que criou seu próprio governo baseado em interesse de apenas alguns e que optou por manter seu povo aprisionado. Em seus trajes, e sem passaporte, o iraniano passou a ter como maior sonho sair do país que nasceu.
Em guerra com o Iraque então as coisas só pioraram, e a menina então agora adolescente é separada da avó que ama e que lhe dá os melhores conselhos e de seus melhores amigos: seus pais.
Na Áustria para onde é enviada, nem tudo são flores, ela vai aprender que não se deve confiar em todo mundo e sentir as dores de um primeiro amor, fazendo coisas que em seu país certamente seria levada presa, lá ela conta que mulheres aceitavam ficar de fiscalizadoras da moral e dos bons costumes, para que nenhuma mulher não seguisse os padrões aceitos por eles.
Forte, determinada e acima de tudo: única! Marjane é protagonista de sua vida de um jeito inesquecível que comparo a Anne Frank e Malala. São exemplos, são guerreiras, são mulheres de fibra.
Por favor, leiam. Contar mais seria estragar os detalhespreciosos dessa maravilhosa leitura.
Desde que este livro foi mostrado no vídeo, foi amor forçado a primeira, segunda ou mais ouvidas..rs
ResponderExcluirNão dá pra fingir que a história não está ali e mesmo não sendo tão fã de quadrinhos, o enredo, a protagonista merece atenção demais.
E o livro já está na lista de desejados.
Quero muito conhecer a cultura e a vida encarcerada desta menina!!
Beijos
Quero muito ler!!!! Que bom que tem volume único agora :)
ResponderExcluirBeijos ^_^
Raffa!!!!Fiquei muito curiosa para ler esse livro,sua resenha está contagiante!!!
ResponderExcluirGosto muito de leituras assim,fortes com histórias que prendem até o final..
Valeu pela dica.
Eu já estava louca para lê-lo, agora então!!!
ResponderExcluirAmei a resenha, deu pra ver que a Marjane é bem forte e cheia de determinação, quero muito conhecer mais afundo sua história.
bjooos