Menina que via Filmes: Kóblic [Festival do Rio]

Título Original: Kóblic
Data de lançamento oficial 13 de outubro de 2016 (1h 55min)
Direção: Sebastián Borensztein
Elenco: Ricardo Darín, Inma Cuesta, Oscar Martinez
Gêneros Policial, Histórico, Suspense

Nacionalidades Argentina, Espanha

Primeiro filme assistido do maravilhoso Festival do Rio 2016, Kóblic já era certeza de salas cheias por causa de Ricardo Darín. Baseado em histórias reais o comandante Tomás Kóblic ( Ricardo Darín estupendo como sempre)  era piloto de aviões que atendia os militares na época da ditadura argentina, na década de 70. Conhecido como os voos da morte por jogarem pessoas que eram consideradas subversivas em alto mar e completamente nuas.

Cansado e não apoiando essas atrocidades, ele resolve se esconder em uma pequena cidade ficando na casa de seu amigo Alberto. Nesse local ele verá que por se tratar de uma cidade minúscula tudo funciona de acordo com o que o delegado local apoia, como o mesmo não lhe conhece começam as implicâncias.

Velarde ( Oscar Martinez em atuação soberba) mata sem pena e arma situações para sumir com as pessoas, por ser o delegado que detém o poder em mãos no local, não tem critérios para que mantenha a cidade do jeito que acha correto e usa até mesmo quem acha que ele é amigo. É um homem amargurado e extremamente infeliz despejando suas frustrações na população. 

Dessa forma, Kóblic por ser envolto em mistérios se torna uma obsessão que ele irá atrás até descobrir toda a verdade.

Com medo de que descubram seu paradeiro, Kóblic até tenta viver uma vida normal, mas primeiro se envolverá com Nancy ( Inma Cuesta) que é casada com o dono de um posto e que o cara é amigo do delegado. Pronto, se queria arrumar mais problemas, aqui está. 

Intenso e com atuações maravilhosas, Kóblic é um filme para se ver e apreciar o com Darín consegue dar ares especiais a cada personagem. Uma das cenas finais é para aplaudir de pé.Em boa companhia, o filme brilha. O roteiro ajuda também, pois é um tema que lembra muito a ditadura do Brasil, um tempo para não esquecermos, como sempre digo é preciso relembrarmos algumas coisas para não cometermos os mesmos erros.