Título no Brasil: A Cor da Coragem
Autor: Julian Kulski
Editora Valentina
Tradução de Clóvis Marques
Número de págs: 412
Geralmente contada pelo lado dos judeus, a Segunda Guerra Mundial teve diversas histórias marcantes, dessa vez ela chega contada por um cristão polonês que começa seu diário com apenas 10 anos e o finaliza aos 16 anos com o fim da mesma. Não menos vítima, mas de uma outra forma, o menino Julian Kulski descreve o dia em que soube que a Alemanha invadia seu país e quando entendeu que de fato aquilo mudaria sua vida e de sua família para sempre. Filho do vice-prefeito de Varsóvia, ele que sempre teve fartura em casa e mesmo muito jovem já namorava uma menina - judia- viu seu dia a dia ser alterado por soldados atacando os lugares que frequentava, soando toques de recolher e prendendo seus amigos pelo simples fato de serem judeus. Seu pai apesar de ter parentes muitos distantes que eram da religião - ou da raça, como Hitler julgava - era visto pelos nazistas como sendo um que não era puro totalmente.
Julian passou a odiar os nazistas e no início ele fazia coisas infantis mas já que demonstravam sua raiva por eles, como indicar locais errados e arrancar placas colocadas pelos soldados. Era um risco que o menino não importava em correr para atrapalhar aqueles que invadiram e destruíram seu país. Aos 12 anos ele se alista e luta contra os nazistas, vê amigos morrerem, vê sua família se separando e por fim acabará sendo preso. Prisão essa da Gestapo onde muitos morriam por maus tratos e tantos outros desapareceram sem que a família soubesse onde foram parar.
Julian enfrenta frio e fome para combater os nazistas e só o que tem é a certeza de que não desistirá enquanto não vencer os alemães.
Forte e comovente o livro nos leva para a vida de um combatente que só desejava ver sua família salva e seus conterrâneos soltos. Sabemos que a guerra dizimou muitos e que nem todos tiveram a sorte de Julian de poderem ver publicados seus livros, diferente de Anne Frank que morreu nos campos e de muitos outros, Julian conseguiu escapar e ao final da guerra com o país devastado pelos anos de massacre aceitou ir morar nos Estados Unidos, onde reside até hoje. Hoje, se sente americano, e informa no livro que acha que deve um imenso favor ao país que o acolheu, mas que claro não esquece sua origens e tudo que passou.
Um diário comovente, recomendo a leitura para todas as idades. No final há perguntas sobre o livro que são ótimas para relembrarmos o que lemos.
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Também tem vídeo no Canal falando sobre o livro:
Estes livros precisam de fato serem mais falados, mais resenhados. Tem gente que torce o nariz, mas esse período da nossa história tem tanto ainda a ser mostrado e contado.
ResponderExcluirE não adianta dizer que não mexe com a gente, porque mexe. Precisamos ainda dessa indignação.
Não sei se vou gostar do formato diário.. Mas se puder, lerei com certeza!!
Beijo
Raffa!
ResponderExcluirBom ver um ponto de vista que ão seja de um judeu sobre essa época, embora me pareça que o sofrimento seja o mesmo e todas as dificuldades da época também.
Gosto de livros em estilo de diário.
“A simplicidade representa o último degrau da sabedoria.” (Arthur Schopenhauer)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
TOP Comentarista de OUTUBRO com 3 livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!
Livros como este têm que ser bastante divulgado, tem que ser lido para que o passado não se repita.
ResponderExcluirAdorei a resenha e o vídeo, vai entrar para minha lista de desejados.
Beijos :)
LUCIANA ZALESKI
ResponderExcluirHolocausto NUNCA MAIS
NEVER Again.
A cor da coragem e uma OBRA inesquecível, um novo marco na história historiografia sobre o Nazismo e o holocausto, um raro e fascinante mergulho na Segunda Guerra Mundial.
LUCIANA ZALESKI.