quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Menina que via Filmes: Estrelas Além do Tempo [Crítica]

Título Original: Hidden Figures
Título no Brasil: Estrelas Além do Tempo
Baseado no livro de Margot Lee Shetterly
Data de lançamento 2 de fevereiro de 2017 (2h 07min)
Direção: Theodore Melfi
Elenco: Taraji P. Henson, Octavia Spencer, Janelle Monáe mais
Gêneros Drama, Biografia

Nacionalidade EUA
#9assistido
#10criticado





Infelizmente por um lado e felizmente por outro a história contada em Estrelas Além do Tempo é verídica. No auge da Guerra Fria, os Estados Unidos e a antiga União Soviética lutavam pelo posto de terem o primeiro astronauta a pisar na lua. Nesse cenário na terra de Obama - e agora de Donald Trump- existia uma grande segregação racial, uma das piores já vistas, onde negros em plena década de 60 tinham locais exclusivos para não se misturarem com os brancos. Parece algo tão surreal saído de uma distopia ou de um filme de terror mas acontecia, e esse longa retrata exatamente o que 3 mulheres empoderadas e negras fizeram para que seus sonhos se tornassem realidade.
Katherine Johnson ( Taraji P. Henson) sempre foi uma prodígio, ganhou bolsas de estudo e foi a primeira da sua sala a se formar, uma verdadeira calculadora quando lhe entregavam um papel e um lápis. Mas sua carreira demorou para deslanchar porque era negra, então ter conseguido ao lado de suas amigas com histórias bem parecidas como Dorothy Vaugh ( a ótima Octavia Spencer) e Mary Jackson ( a agora atriz mas antes cantora Janelle Monàe) um emprego na NASA, era um grande orgulho para suas famílias. Todas elas ainda conseguiram conciliar a carreira com ser mãe de mais de 2 filhos cada uma. Do grupo apenas Katherine era viúva, então fora darem um duro diário nos empregos, enfrentarem preconceitos absurdos pelo caminho elas ainda eram mães. Entreguem logo um Nobel e um Oscar para cada uma, mundo!
Nesse ambiente hostil da NASA onde as salas eram separadas de seus colegas de trabalho brancos, seus banheiros eram em prédios muito distantes e o café tinha que ser tomado em garrafas diferentes, elas passaram por cima de tudo, engoliram o choro e fizeram seus nomes no famoso centro espacial.
Tão cheias de garra quanto inteligentes, a capacidade de cada uma ajudou e muito a provar para os brancos que desacreditavam nelas pela cor da pele e ainda por serem mulheres de que não eram capazes de ajudar muito no que tinham dúvidas. A cada cena onde provavam que eram ainda mais espertas e capazes do que colegas e chefes como Al Harrison ( Kevins Costner), Vivian Michael ( Kirsten Dunst) dentre outros, a vontade do espectador é levantar no meio da sala de exibição e bater palmas. 
Com diálogos tão impactantes quanto necessários, o filme é um aprendizado sobre uma época onde ser negro era quase um crime e apesar de mutos brancos não concordarem com as separações, nada faziam, por isso que há uma cena onde o chefe vivido por Kevin Costner me representa, ele é exatamente o que eu gostaria de ter feito se vivesse naquele tempo e/ou naquele país. O Brasil apesar de ainda ter preconceitos ridículos, não viveu uma segregação tão forte. 
O filme é muito mais do que mulheres negras provando do que são capazes, é um filme sobre reflexão de porque depois da evolução temos regredido tanto? São inúmeros episódios racistas registrados, isso já não era para ter saído de moda?
Eu por mim premiava esse filme com muitas estatuetas, não sei se entrará na disputa, mas todas as 3 atrizes estão desconcertantes atuando. Que filme, que história!

* Esse filme foi visto na cabine de imprensa no dia 10 de janeiro no Cinemark Praia Shopping a convite da Fox Film Brasil. Agradecimentos à Aliança de Blogueiros RJ pela oportunidade. 



7 comentários:

  1. Gosto demais de histórias assim, que trazem a garra e a força de vontade dos personagens. Independente de serem negras, brancas ou amarelas. O foco é a luta, é o não desistir diante de alguma dificuldade.
    Já estava namorando esse filme e também espero que entre na disputa pelo Oscar. E assim que for possível, verei com certeza!!!
    Sem contar o time de atores de primeira grandeza.
    Beijo

    ResponderExcluir
  2. Que filme maravilhosa, e retrata de forma esplendida o racismo, e me despertou ainda mais interesse porque não conhecia ainda esse lado da história. Quero muito saber se essas mulheres vão conseguir o que deseja. Espero ter oportunidade de assistir ao filme logo.

    ResponderExcluir
  3. Eu amo filmes sobre negros nesse tema e é muito importante as pessoas assistirem.
    Amei sua crítica
    Beijos.

    ResponderExcluir
  4. Raffa, eu estou aguardando ansiosamente para assistir a esse filme. O elenco é maravilhoso, e sobre a história que irão retratar o racismo por detrás da corrida espacial, ao meu ver, não poderiam ter escolhido melhor.
    Beijos

    ResponderExcluir
  5. Oi, Raffa!!
    Nem de longe imaginaria que o filme se tratava de uma história tão densa e marcante, onde as lutas se fazem tão profundas. É muito interessante fazer filmes que demonstram o quanto a mulher é forte e foi, principalmente nesta época de tantos preconceitos. Assistirei sem falta.
    Bjs!

    ResponderExcluir
  6. Não consigo entender como isso aconteceu, e como o racismo ainda existe até hoje!
    Quero muito ver este filme.

    Beijos :)

    ResponderExcluir
  7. Eu já estava doida pra ver esse filme, agora mais ainda. Eu sempre gosto d ver ou ler aquilo q trate do preconceito, do empedramento feminino. É realmente algo para reflexão. Pq continuamos tão preconceituosos?

    ResponderExcluir

Sua opinião é muito importante para mim! Me diga o que achou dessa postagem e se quiser que eu visite seu blog, informe o abaixo de sua assinatura ;)