Menina que via Filmes: Até o último homem [Crítica]

Título Original: Hacksaw Ridge
Título no Brasil: Até o último homem
Data de lançamento 26 de janeiro de 2017 (2h 20min)
Direção: Mel Gibson
Elenco: Andrew Garfield, Vince Vaughn, Teresa Palmer mais
Gêneros Drama, Guerra, Biografia
Nacionalidades Austrália, EUA
#27assistido
#28criticado

 O filme chega aos cinemas brasileiros com 6 indicações ao Oscar, como se não bastasse ainda é a volta de Mel Gibson como diretor depois de um hiato de 10 anos. E vale mesmo todas as críticas positivas, um dos melhores filmes que já assisti sobre guerra, com um protagonista que achamos que nos causará sono durante o longa mas que nos impressiona e vai ganhando força e empatia com o espectador  a cada cena que passa. 

Desmond ( Andrew Garfield quando adulto) é um garoto de uma cidade pequena cujo o pai lutou na primeira guerra mundial e perdeu todos seus amigos. Sempre embriagado Tom Doss ( Hugo Weaving) bate nos filhos e na esposa sempre que pode. Um dia o irmão de Desmond informa que se aliou no exército e a segunda guerra estava prestes a estourar. O irmão mais novo sem muito contato com a vida fora da realidade de sua casa não questiona o irmão, e acaba levando sua vida e se apaixonando por Dorothy ( Teresa Palmer) uma enfermeira local. O protagonista tem aquele  ar de bobalhão até mesmo quando fala sério, mas esconde um segredo que só iremos conhecer bem lá na frente.

Gibson nos deixa à vontade nas cenas, passeando por momento leves de uma cidade pequena até Desmond também se alistar porque não acha justo pessoas estarem morrendo e ele não tentar salvá-los. O único porém é que além de franzino demais e por isso já motivo de chacota quando ele chega no exército, o rapaz fez o juramento de não encostar em nenhuma arma na vida, sim, se vocês estão se perguntando como ele quer ir para guerra sem atirar, a dúvida também é a mesma de seu Sargento Howell ( Vince Vaugh, em grande forma!) e de seu chefe Capitão Glover ( Sam Worthington). 

 Quanto mais no exército querem que ele desista, mais ele insiste que precisa ficar lá para enfrentar a guerra e salvar vidas, o sonho dele na verdade era ser médico. 

Não tem como passar em branco as cenas onde ele é humilhado pelos demais e onde nos perguntamos, até onde devemos manter uma promessa? Desmond acreditava que para sempre.

Na guerra - cenas incríveis e com pinta de Oscar- ele irá conhecer o outro lado de tudo que esperava, mas se mostrará mais forte do que muitos. A volta por cima dele é o que faz com que a gente ainda acredite que sempre há o dia após o amanhã. 

Mel Gibson nos entrega um filme emocionante, com cenas fortes de guerra e com frases memoráveis. Um dos soldados diz ao outro "Na paz os filhos enterram seus pais, na guerra os pais enterram seus filhos". Sinceramente acho impossível comparar esse filme com La La Land, o favorito, são muito diferentes e esse é uma história real, o verdadeiro Desmond nos é apresentado no final do filme. Deveria existir uma categoria para hor concours, com certeza esse devia estar nela.