Título no Brasil: Uma Noite de Crime: anarquia
Data de lançamento 4 de dezembro de 2014 (1h 43min)
Direção: James DeMonaco
Elenco: Frank Grillo, Carmen Ejogo, Zach Gilford mais
Gêneros Terror, Ação, Suspense
Nacionalidades Eua, França
Formato visto: Netflix
#33assistido #34criticado
A premissa dessa continuação sem o charme do elenco original encabeçado por Ethan Hawke ainda assusta. Imagine você viver em um lugar onde a lei diz que 364 dias do ano o crime é ilegal, mas durante um único dia por 12 horas seguidas é permitido e aquele que o fizer não sofrerá nenhuma consequência? Quase um Rio de Janeiro, não é mesmo?
Brincadeiras tristes com a nossa realidade à parte, o primeiro filme nos colocou em uma sinuca de bico, é mesmo a melhor coisa liberar a raiva por uma noite mas viver em paz os outros dias do ano? Para quem não viu minha crítica sobre o filme pode conferir nesse link.
Dessa vez não temos a família rica que é protagonista cujo o pai lucra milhões com esse dia, o diretor optou por não focar em único lugar, colocando seu elenco para fugir nas ruas daqueles que saíram para cometer os crimes contra todas as pessoas que por alguma razão estão desprotegidas. Vamos aos personagens e as fatos um por um para entender o cenário criado.
Temos uma garçonete negra visivelmente precisando de grana a apenas 2 horas da noite de expurgo, Eva ( Carmen Ejogo) recebe cantadas de todos os homens ao redor, dá um duro danado para sustentar a filha e o pai que tem uma doença grave. No caminho para casa, em um bairro bem pobre ela se protege das cantadas indevidas e tenta fechar sua casa como pode. Aí já vemos a diferença entre ricos e pobres, há todo um mercado que lucra com essa data. Nas ruas há pessoas oferecendo proteção por aquele período e um monte de apetrechos de segurança bem caros. Eva claro mal tem dinheiro para sustentar a família, mas nem imagina o como aquela noite será um pesadelo. Talvez seja spoiler, mas aqui vou citar o que ocorre e que no primeiro filme não era tão óbvio ou não eram explícitas as regras já que se passava na mansão do protagonista milionário.
As regras é que não há regras, então podem sim invadir sua casa, você não está segura pelo simples fato de permanecer em casa, então se o vizinho louco por você deseja lhe estuprar aquele noite, você que se defenda, compre armas e atire nele! Bizarro? Muito! A ação na casa de Eva é assustadora não somente pela terra sem lei que se torna seu apartamento e com o qual somente uma fechadura não so protege de nada, como também envolve seu pai, um homem cansado da vida que resolve se vender como um animal indo para abatedouro.
Como assim você deve estar se perguntando? Os ricos - sempre eles, afinal, não tem mais o que fazer com seu dinheiro- querem se divertir e logicamente que famílias que não vão arriscar nas ruas a serem mortos, então pagam aos pobres quantias altas para matá-los, eles aceitam para que suas famílias tenham uma boa condição. Parece surreal? Pode ser, mas não duvido que aconteça ou que acontecesse, o ser humano é bem cruel e sem limites.
A família de Eva é formada por ela, seu pai doente e uma filha adolescente. As duas se mostrarão fortes o filme inteiro, e a filha por muitas vezes apesar de chata em suas convicções de mudar o mundo é daqueles personagens que torcemos para ficarem vivos.
Na outra ponta há um casal branco, que está prestes a se separar, e sinceramente nada explica esse casal, porque alguém no único dia do ano em que se pode matar e que todos ficam em suas casas protegidos resolve pegar a estrada? Burrice, certo? O filme inteiro quis que eles morressem, porque eram personagens que em nenhum momento me diziam porque estavam no longa, imaturos falando sobre o próprio relacionamento, eles tinham 364 dias no ano para se separarem, mas optaram pelo dia do expurgo, nada cola! Fora que não sei quem era mais mala, a mulher ou o cara.
Para fechar - e todos estão na foto acima- temos o Sargento ( Frank Grillo) , esse sim um personagem cativante, já que está com sangue nos olhos esperando por esse dia para se vingar do homem que matou seu filho. No meio de sua noite vingadora ele vai se deparar com nossos amigos acima e fugir de um grupo de mascarados - que estão na capa do filme- cujo motivo por viverem intensamente o dia de violência é explicado quase no final, achei crível.
Tiraria alguns pontos muito teatrais, mas que talvez o diretor tenha tentado lembrar filmes clássicos como Laranja Mecânica filmando pessoas em câmera lenta com música alta, rostos macabros e muita violência.
Gostei mais do primeiro mas esse nos lembra tanto a realidade brasileira que até assusta.
Raffa!
ResponderExcluirAcho esse filme bem sem nexo, desde o primeiro...
Muita brutalidade para um só dia e ainda todo egoísmo e crueldade...
“O saber é saber que nada se sabe. Este é a definição do verdadeiro conhecimento.” (Confúcio)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Não teve como não ver todos os filmes da franquia. E lamento saber que ainda virão mais..rs(tenho certeza disso).
ResponderExcluirConheci o primeiro aqui pelo blog, mas é nítido que o que já não era tão bom, tornou-se ainda bem pior.
Esse último tá bem bizarro, nem sei ao certo se talvez seja esta a finalidade desde o começo, ser bizarro.
E pensei o mesmo que você sobre o casal que resolve sair bem na noite dos crimes. Já mereciam ter morrido na primeira cena que o carro para.
Vale assistir, mas pela curiosidade do que por conteúdo.rs
Beijo
Eu não vi nenhum dos filmes e nem quero ver, sinceramente. Não me atraem... Violência gratuita assim, já vejo na vida....
ResponderExcluirOi! Não curto esse gênero, então passo essa dica...
ResponderExcluirBjs
Outro dia quase vi esse filme, mas fiquei na dúvida se era continuação.
ResponderExcluirTem que ver o primeiro para entender esse? Ou não precisa ver na ordem?
Beijos :)