Menina que via Filmes: Fragmentado [Crítica]

Título Original: Split
Título no Brasil: Fragmentado
Data de lançamento 23 de março de 2017 (1h 57min)
Direção: M. Night Shyamalan
Elenco: James McAvoy, Anya Taylor-Joy, Betty Buckley mais
Gêneros Suspense, Fantasia, Terror
Nacionalidade EUA
#52assistido
#53criticado

 Atenção: essa crítica pode conter SPOILERS!!! Caso não tenha visto o filme volte aqui para lê-la após assisti-lo. 

Até que enfim M. Night Shyamalan volta ao estilo que o consagrou e nos dá um ótimo filme. Entendam que se você não gostou de nenhum filme dele dificilmente vai se encantar com esse. Mas caso e principalmente tenha amado Corpo Fechado pode ter certeza que ficará com vontade de bater palmas quando o filme acabar.

Kevin ( James McAvoy, em estado de graça!) é um homem que convive com 23 personalidades. Dentre elas há uma criança de 9 anos, uma mulher, um gay e um psicopata. Ele não precisa fazer muito esforço para que todas queiram atuar em seu corpo. Mas o que ele fará e do que é capaz a gente vai aprendendo a cada minuto passado do longa.

A primeira cena por exemplo é de um pai com sua filha adolescente e ais duas amigas, no estacionamento enquanto ele guarda as compras no porta-malas algo acontece. Casey ( Anya Taylor-Joy, a melhor coisa do filme depois de McAvoy!)está no banco da frente e fica imóvel ao perceber que um homem estranho sentou no banco do motorista. As 3 moças irão para um cativeiro, a personalidade mais sombria dele está à solta. 

 As duas meninas - canto direito da foto acima- são como toda adolescente, metidas a poderosas mas no fundo são medrosas e histéricas, já Casey carrega em si um poder, aquele que só é dado para as pessoas que são vítimas na vida e isso faz toda a diferença para ela no filme. O que aconteceu com ela veremos em flashbacks quando uma criança é mostrada em umas 4 cenas que dizem muito sobre o que ela já passou.

Enquanto Kevin se transforma em diversas pessoas, elas tentam arrumar um jeito de escapar dali, para nós aparece seu contato com uma única pessoa: Dra Karen ( Betty Buckley), ela é o elo dele com o mundo exterior, mas também a que mais se sentirá culpada quando descobrir que os monstros não povoam somente a imaginação dele.  

Por mais que a direção e o roteiro sejam maravilhosos, o destaque no filme é todo para McAvoy, poucos atores conseguiriam se doar tanto em cena sem maquiagem, ele se transforma em suas personalidades de um segundo para outro, basta notar a voz e o olhar que já identificamos quem está ali.

Forte e intrigante achei que nada poderia deixar o filme melhor, mas uma cena no final, uma única cena faz com que eu o coloque no hall de filmes favoritos.