Menina que via Filmes: Insubstituível [Crítica]

Título Original: Médicin de Campagne
Título no Brasil: Insubstituível
Data de lançamento 9 de março de 2017 (1h 42min)
Direção: Thomas Lilti
Elenco: François Cluzet, Marianne Denicourt, Isabelle Sadoyan mais
Gênero Comédia dramática
Nacionalidade França
#51 assistido
#52 criticado

 Sim, você conhece  o ato principal, ele lembra Dustin Hoffman mas é François Cluzet, o mesmo de Intocáveis. Mais uma vez ele faz um papel sofrido, um médico solitário que se separou da esposa, o filho foi morar com ela em outra cidade e ele só tem espaço em sua vida para visitar sua mãe e atender as centenas  de moradores de um pequeno povoado na França. Ele é o  médico mais conhecido, o hospital fica um pouco longe dali e na cidade todos se consultam com ele. 

Como informar a todas aquelas pessoas que agora, com aparentemente 60 anos está com com um tumor maligno,inoperável? O que ele decide fazer é fugir da realidade, até que o médico que lhe atende informa que ele perdeu a visão do lado esquerdo (o tumor é no cérebro).

Drama? Claro, não tem uma cena que a gente já não se prepare para o  choro, muito bem em cena, o ator patina por suas dores ao não querer aceitar o que a realidade lhe trouxe,

É então que o mesmo médico que o trata pedirá a uma  médica recém formada que trabalhe com Jean-Pierre ( Cluzet), mesmo ele não querendo.

 Natalie ( Marianne Dennicourt) vai primeiro encarar o mal humor dele, depois vai ganhando espaço, não espere por romances,se ele acontece em algum momento esse não é o foco, Jean-Pierre esconde dela a doença e o roteiro é bem feito à medida que esperamos que um médico que lide tanto com a vida e a morte tenha outra atitude, isso o faz igual a qualquer um destruindo em cena a lenda de que médicos já estão preparados para a morte ou que são mais frios. Esse último é notável quando ele briga com ela por causa de um paciente de 92 anos que mesmo não tendo chance de recuperação ele acredita que ele deva viver seus últimos dias - durem eles 2 dias ou 2 anos- em casa no convívio por exemplo com uma cadela que ele ama.

É filme francês na medida certa, com atuações ótimas e um final inesperado mas não menos emocionante.