Menina que via Filmes: Fome de Poder [Crítica]

Título Original: The Founder
Título no Brasil: Fome de Poder
Data de lançamento 9 de março de 2017 (1h 55min)
Direção: John Lee Hancock
Elenco: Michael Keaton, Nick Offerman, John Carroll Lynch mais
Gêneros Biografia, Drama
Nacionalidade EUA
#54assistido
#55criticado

Talvez o que mais impressione no filme Fome de Poder no qual todos - ou a maioria- vão ao cinema procurando saber mais sobre a história do criador da rede Mc Donald's é descobrir que ele não inventou nada e que pelo contrário como assim como já mostrado em filmes biográficos do Facebook e de Steve Jobs os seus protagonistas não são flores que se cheirem, isso faz com que aquele encantamente com a marca e mesmo que tenham genialidade em algo, se reduza a uma decepção e uma vontade de nunca mais utilizar o que criaram ou co-criaram prejudicando outras pessoas.

Ray Croc ( Michael Keaton, fantástico como já lhe é comum) é um vendedor de inúmeras coisas, ele vende o que a maré diz que ele deve vender e com isso aos 52 anos tem uma casa bonita e sua esposa dedicada ( Laura Dern) que mesmo com a ausência constante do marido o apoia o tempo todo.

O filme começa com ele tentando vender uma máquina para mil shakes, após várias negativas ele descobree em San Bernardino a lanchonete de dois irmãos, chamada Mc Donald's, que brilhantemente é um sucesso no local com um método rápido e prático, o de comer sem talheres, pegar seu lanche em pé em poucos segundos e voltar para o seu carro ou pro parque, mas não tendo mesas.

Parece bobagem mas antes do Mc não existia isso. É então que Ray vira o pobre homem sonhador para um monstro ganancioso, alguém que venderia a própria mãe se preciso para vencer na vida. Ingênuos os irmãos do interior aceitam sua proposta e é aí que o filme começa a mostrar o como Ray não vale nada. 

 

 Mais do que explicar porque a rede é um sucesso, o filme foca no método visionário de Ray, a princípio o espectador torce para que ele vença na vida mas depois começa  a ver que ele é um cara tão sem escrúpulos que não se intimida em dar em cima da esposa de um dos seus franqueados, de passar a perna em todos e de como ele mesmo fala no filme, se ver um concorrente se afogando enfiar uma magueira na boca dele.

Ray é o vilão que conhecemos, o presente em todos os lugares, desde empresários bem sucedidos a companheiros de trabalho que fazem de tudo para subirem na carreira, nunca o que tem lhes basta.

As atuações convencem, o roteiro é interessante e quem assiste claro que quer saber o final já que se trata de um restaurante que todos vão ou já foram uma vez na vida.

 A parte de mostrar as pessoas do filme na vida real está presente e saber que o mal literalmente venceu é revoltante. Acima vocês conferem a foto do Ray na vida real, o homem que fez o Mc Donald's crescer passando a perna nos outros.