Menina que via Filmes: Neve Negra [Crítica]

Título Original: Nieve Negra
Título no Brasil: Neve Negra
Data de lançamento 8 de junho de 2017 (1h 30min)
Direção: Martin Hodara
Elenco: Ricardo Darín, Leonardo Sbaraglia, Laia Costa mais
Gêneros Drama, Suspense
Nacionalidades Argentina, Espanha
#69 assistido #70criticado

Se trata primeiramente de um filme que tem Ricardo Darín no elenco, por si só isso para mim é garantia de um bom filme. Sim, geralmente os atores erram em suas escolhas, mas até hoje não assisti nenhum filme dele que não gostasse ou amasse.

Dessa vez a única decepção é que apesar de ser ele o grande nome do filme inclusive com destaque nos cartazes, seu papel não é o principal, apesar de ter importante função o desenrolar da história.

O pai de Salvador (Ricardo Darín) e Marcos ( Leonardo Sbaaraglia) morre.  A vida dos irmãos foi em uma casa o meio da neve, em plena Patagônia, mal se lembram da mãe que tudo indica que se foi e deixou os 4 filhos com o severo pai, eram eles Juan ( o menino que aparece em flashback) , Marcos, Salvador (o mais velho) e Sabrina ( Dolores Fonzi, aqui também somente em poucas aparições). Um trauma envolve a família e isso é visível. O filme vai e volta e é necessário muita atenção em todas as cenas para entender onde está o mistério e qual o verdadeiro papel d ecada personagem. 

Assim, com a vinda de Marcos e sua esposa grávida Laura ( Laia Costa, em ótima atuação) da Espanha onde moram para Argentina para jogarem as cinzas do pai de Marcos, o casal acaba se envolvendo em uma briga ferrenha por uma herança, que ambos nem sabiam que existia. Já que somente após Sepípa ( Federico Luppi) informar que o terreno está sendo disputado por canadenses por 9 milhões de dólares, é que os casal fica interessado e vai atrás do único herdeiro que pode impedir tudo. Confuso? Claro eu explico mas sem spoilers, ok?

Salvador mora sozinho hoje em dia na casa que é super afastada de tudo, assim como seu pai ele mata animais e os consome. A casa não tem telefone, tv, nada...mas assim que o casal chega no local para tentar convencer e jogar as cinzas do pai ao lado do corpo do irmão que morreu - Juan- é perceptível o com Salvador odeia Marcos.

Há muitos anos atrás em uma caçada Salvador matou Juan, e obviamente que a vida naquela casa nunca mais foi a mesma.

 O que vale a pena ser dito é que Darín e Sabaraglia são dois dos melhores atores argentinos em atividade, então qualquer embate na tela dos dois é digno de aplausos. O diretor os faz se enfrentarem sem entregar a razão do ódio, por mais que seja lá pela metade do filme bem óbvio descobrir porque Salvador odeia tanto seu irmão Marcos.

Sabrina, a irmã deles teve surtos após a morte do pai e está internada, Dolores Fonzi é maravilhosa e fez muitos filmes que adoro, uma pena que seu papel se resuma a poucas falas.

Mas representando as mulheres temos a personagem de Laia Costa, Laura é aquele tipo de protagonista que não imaginamos que tenha tanta força quando o filme começa mas aos poucos vai tomando o filme para si e o final é incrível. Muito se deve ao crescimento dela em cena e as revelações de quem ela é e o que quer.

Chamado de " O Melhor filme argentino do ano", não sei ainda se é para tanto, mas posos afirmar que entra na lista sim dos melhores que já assisti com Darín, mas essa lista é extensa e já deve ter mais de 10 filmes com ele. 

Aproveitem enquanto está nos cinemas, ver dois gigantes duelando não é para todos os dias.