quinta-feira, 20 de julho de 2017

[Resenha] A Primeira Pedra - Eu, Padre Gay

Título Original: La Prima Pietra
Título no Brasil: A Primeira Pedra- Eu, Padre Gay e a minha revolta contra a hipocrisia da Igreja Católica
Autor: Krysztof Charamsa
Editora Seoman
Número de págs: 284
#104

Demorei um bocado para ler esse livro. Primeiro porque depois de pedido em parceria com a editora pensei no que poderia acrescentar em minha vida essa história. Vamos aos esclarecimentos. Sou católica, fui criada na religião, casei na Igreja mas já tem cerca de 5 anos que não frequento mais as missas todos os domingos. De todas as religiões - frequentei por 4 anos o Espiritismo e também convivi por anos com amigos evangélicos - é a que mais se assemelha com o que ainda acredito. Isso não quer dizer que concorde 100% com tudo que eles acham correto.
Sendo assim, claro que um livro que se quer vender trará na capa quando falamos de um padre gay que tem algo a contar, ou melhor de ex sacerdote, o mesmo com a roupa de padre, coisa que nem mesmo o Padre Fábio de Melo tem usado mais para capa de seus livros. É necessário? Não, é sensacionalista.
Ok, comecei a ler o livro com a certeza de que ninguém é obrigado a ser padre, que uma das coisas que eu não concordo com a Igreja ou melhor com a religião que ainda tenho é a não aceitação de casais entre iguais. Me soa hipócrita, não entra em minha cabeça se com respeito e praticando a monogamia um casal de gays não possa ser tão ou melhor católico do que eu. Ponto.
Mas então lendo o livro entendemos que Charamsa -me recuso a digitar o nome difícil dele, vou tratá-lo pelo sobrenome-  é polonês e de acordo com seu relato o país vive sobre forte influência católica, com o abandono de seu pai ele começa a se perguntar o que quer da vida e não se senta confortável com as brincadeiras "de meninos". Falta lhe algo.
Ainda acredito que a melhor opção seria ele sair do país dele que é tão rígido com as regras e procurar na imensa Europa um país que tenha  a ver e que respeite como ele merece sua diferença. Mas ele não o faz, ele continua sendo padre e nele carrega uma culpa imensa de ser gay porque foi criado  e se tornou padre sabendo que aquilo era errado, um imenso pecado. Mas como frear uma paixão louca que sente quando beija um homem e entende que aquela é sua vontade, como sabem mesmo que fosse hétero padres não podem se casar.
Achei o lotado de mágoa, com raiva da Igreja, mas eu confesso que acho que ele deveria ter visto que nunca o aceitariam e ter como disse acima procurar pessoas que o apoiassem e o entendessem. 
Não senti muita empatia pelo ex padre, achei sua modo de falar vingativo e apesar de eu mesma não ser uma pessoa super perdoadora, admito que senti falta de um "deixa para lá", do tipo se não em entendem, tchau!
No final ele deixa uma mensagem muito bonita sobre respeito e tolerância.  

6 comentários:

  1. Olá !
    Não sou catolica mas evangélica. E acredito que não tenho que aceitar nada mas quem tem que se aceitar são eles !

    Apesar do livro passar uma mensagem bonita no final eu não o leria.

    Bjo

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  2. Okay... Quando ele beijou o primeiro cara ele ainda era padre pelo visto certo? Mas tipo, faz muito tempo que larguei o catolicismo, mas padres podem ter relacionamento, mesmo sem se casar? Juro que pensava que não.

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  3. Esse livro tem bem cara daqueles que só foi feito para vender muito e causar polêmica, porque né, qual a necessidade de uma capa e título tão apelativo?! Sou católica, não concordo com muita coisa, o dia que achar que cheguei ao meu limite eu paro de seguir e ponto, ele fez a opção dele, mesmo num país opressor, como diz, e depois fez um livro cheio de raiva e ressentimento, achei feião, é tipo aquelas amigas que fazem merda e depois vão pagar de santa com textão no facebook hahahaha

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  4. Então, quando eu vi essa resenha, senti uma imensa vontade de ver a sua opinião...sou católica e como a sua posição e da Mayara aqui nos comentários, eu tb não concordo com várias atitudes da igreja, mas ele fez esse livro pra aparecer, na minha opinião...pq se ele já sabia que era gay e que a religião que estava adotando não aceita, pô, o que que ele foi fazer lá? Enfim, são coisas que não saberemos explicar. TB concordo com a Mayara quando ela diz que não leria o livro.
    thebestwordsbr.blogspot.com.br

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  5. Colocá-lo vestido de padre na capa foi para chamar a atenção. Mas não me interessei muito por este livro não.

    Beijos ^_^

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  6. Então. Já tinha lido sobre esse livro e achei extremamente sensacionalista. Não me interessa nem um pouco e depois d ler sua resenha e saber realmente sobre o q se trata, não me interesso nenhum pouco. Como vc disse... não é uma leitura q má acrescentará nada na vida. Nem como lazer

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