domingo, 17 de setembro de 2017

Menina que ia ao Teatro: Ghost- O Musical [Crítica]















Título Original: Ghost 
Título no Brasil: Ghost- O Musical
Teatro Bradesco
Roteiro Original:  Bruce Joel Rubin
Elenco: André Loddi (Sam), Giulia Nadruz (Molly), Igor Miranda (Carl), Ludmillah Anjos (Oda Mae Brown) 
Sinopse: Ghost - O Musical é um espetáculo baseado no filme norte-americano, Ghost – Do outro lado da vida, de 1990, dirigido por Jerry Zucker, com roteiro de Bruce Joel Rubin e estrelado por Demi Moore, Patrick Swayze e Whoopi Goldberg.
Ghost conta a atemporal e forte história do jovem casal, Sam Wheat e Molly Jensen, muito apaixonados, que é interrompida por um assalto que resulta na morte de Sam. Preso neste plano, o espírito de Sam descobre a verdade por trás de seu assassinato e conclui que Molly está em perigo. Enquanto ele busca mais pistas e tenta proteger Molly, ele encontra a falsa vidente Oda Mae Brown. Embora ela tenha sido uma fraude por muitos anos, Sam descobre que ela realmente pode ouvi-lo e pede ajuda para que possa se comunicar com Molly através dela e, assim, alertá-la sobre os riscos que corre.
Com roteiro também de Bruce Joel Rubin, o musical teve sua estreia mundial em Manchester, Inglaterra, em 2011, passou pelo West End de Londres e chegou a Broadway em 2012, antes de seguir em turnê por outros países.

Em 1990 quando Ghost- Do Outro Lado da Vida foi lançado eu tinha apenas 10 anos, os cinemas ficaram meses - sim, meses!- passando o filme e eu fui assistir com meus pais. Naquela época ninguém era mais famoso para galã que o astro de Dirty Dancing Patrick Swayze e a esposa de Bruce Willis: Demi Moore. Os dois eram o casal principal e a música tema Unchained Melody, cantada pelo Righteous Brothers, grudava nos ouvidos que jamais saía. Para completar o filme também trazia uma das melhores atrizes que esse mundo já viu: Whoopi Goldberg.
Claro que quando soube que a peça Ghost- O Musical estava passando em SP quis ver, mas lá sempre passam mais peças do que no Rio e fiquei triste quando vi que as datas não batiam com minhas viagens, mas a alegria foi imensa quando anunciaram que teria uma temporada no Rio, corri e comprei ingressos para mim e para minha mãe na mesma hora.
Logo na entrada do teatro tem tudo que nós fãs de Musicais curtimos, uma lojinha lotada de coisas fofas, e o teatro Bradesco é muito confortável. 
Sentei na parte superior e aguardei pela peça. Logo na primeira fala da protagonista Molly ( Giulia Nadruz) o som agudo e extremamente alto me irritou, mas percebi que o dos rapazes que interpretam Sam ( André Loddi) e Carl ( Igor Miranda)nunca me incomodava, então de fato percebi que ou o dela estava muito mais alto ou a voz da atriz era insuportavelmente alta, ela também tem mania de dar  uns gritos que me irritaram um bocado. 
A história segue o padrão do filme, claro que com adaptações, o casal feliz Molly e Sam vive em NY, ele é um banqueiro bem sucedido e trabalha com Carl que apesar de ser o melhor amigo critica o apartamento recém adquirido dos dois. Geralmente em um musical o que anima  a plateia são as músicas conhecidas, nesse caso a única tocada 3 vezes e que de fato podem ser consideradas as melhores cenas é a canção Unchained Melody que aparece nas melhores partes do filme também.
 
Todo mundo sabe o que acontece depois, Sam morre em um assalto encomendado e Molly fica desolada. Sam percebe que Oda Mae ( Ludmillah Anjos) pode escutá-lo  e a convence de ir falar com Molly.
Se os berros - ou ajuste do microfone- de Molly já não me agradaram, a entrada da personagem Oda Mae foi outro tormento, ela também gritava MUITO e apesar de ter sido a única que arrancou bons risos da plateia e de fato a moça tem uma voz boa e trabalha bem, infelizmente ela pegou um papel de ninguém menos que Goldberg e as comparações são inevitáveis, não comparando quem trabalha melhor mas sim os trejeitos exagerados que ela inseriu que ficaram um tanto quanto ridículos. Para começar no andar, ela anda como se tivesse feito o número 2 nas calças. Depois tudo é exagerado, as falas, os cacoetes ... imaginei que só eu tivesse me incomodado com isso mas as pessoas ao meu lado no intervalo comentaram da altura do microfone das duas e do jeito de "Zorra Total" de Oda Mae.
 Ninguém deve ter avisado à moça que menos é mais. As coreografias estavam ótimas, os cenários também mudam de acordo com a história e foram bem fiéis ao que o texto pedia, mas no total a peça ficou cansativa, a Molly dava uns berros que eu não esperava - de resto a voz dela era ótima durante as canções- e o Sam e Carl eu achei que se destacaram sem exagero nas interpretações ou berros descenessários que fugissem da proposta.
 Destaco as cenas como a acima onde Sam e Molly ouvem a música tema mas também mudaram porque no filme ele não está morto ainda quando isso acontece e na peça ele está, mudando totalmente a linda cena que ficou na memória de todos nós.
Em resumo, a peça não é ruim, mas comparada com o filme leva nota 6 no máximo. E se for lembrar da personagem de Whoopi diminuo para 3, ainda bem que paguei barato se tivesse pago muito estava chorando até agora.

* Para quem não lembra segue o vídeo da cena mais linda de Ghost, vejam o filme. 


 

5 comentários:

  1. Ainda bem que eu vi a sua critica antes de ir. Odeio os trejeitos Zorra total, e grito q tenta ser humor. Preço barato ou caro, se eu me despencasse pra Barra pra ver Ghost nivel 6, eu ficaria com mta raiva.É um dos meus filmes preferidos (bem q o cinemark poderia reexibir nos classicos)

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  2. Devem ter mudado alguns pontos pra não ser exatamente uma cópia mas é difícil fazer algo novo baseado em Ghost, todo mundo viu, amou o filme e lembra dos detalhes. Já tentei assistir musicais na tv mas não gosto, talvez assistindo ao vivo eu goste mas até hoje não me despertaram interesse.

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  3. Raffa!
    Interessante ver uma peça baseada no filme, que por sinal, adoro!
    Quer dizer que a atriz principal exagerou? Coirada!
    Bom ter mainha como companheira, né?
    Desejo um final de semana maravilhoso!!
    “O primeiro passo para a cura é saber qual é a doença.” (Provérbio Latino)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE SETEMBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.

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  4. Eu sinto mta falta de teatros por aqui. Os que têm, são longe, caros e com uma programação bem xoxa. Mas sinceramente..... não me atraiu em nada essa peça. Ghost é um filme tão lindo, que marcou minha adolescência, que não gostaria de assistir algo que pudesse manchar minhas lembranças dele. Como vc disse... ainda bem que pagou barato!!!

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  5. Não sabia que adaptaram esse filme pro teatro. Que pena que não é tão bom quanto o filme :(

    Beijos :)

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