Título no Brasil: Dumplin´
Autora: Julie Murphy
Editora Valentina
Número de págs: 333
#144
Uma protagonista acima do peso que não se importa muito com isso. Uma protagonista que tem um nome estranho. Uma protagonista que jamais imaginou que o galã da história se apaixonaria por ela. Uma protagonista que ama uma cantora. Uma protagonista que a mãe que já foi miss não aceita muito a gordura de sua filha. Pronto, a sinopse nos apresenta isso, mas será que Dumplin´é mesmo muito mais do que isso?
Sim e não. A autora nos enrola bastante até que a história
fique de fato interessante e eu não gostei tanto assim da mocinha como esperei
gostar, na verdade do meio do livro pro final ela até me ganhou mas no início
não. Basta dizer que logo nas primeiras páginas ela se compara com uma outra
personagem gorda e dá graças a Deus por não ser tão gorda quanto ela. Então
para mim eu já achei isso bem idiota ,não se combate ao gordofobia praticada
contra si mesma se comparando com outras pessoas mais gordas do que você e
fazendo o mesmo que outros babacas fazem.
O fato dela gostar de Dolly Parton também não ajuda muito.
Se falarmos na Cher – que eu por sinal, amo – muitos de vocês vão saber quem é
e outra metade não. Impressionante para mim, claro, mas Cher já esteve muito na
mídia. Dolly Parton é um exemplo de cantora que só faz sucesso em território
americano, lá ela é um ícone, aqui no Brasil nunca passou de alguém que já
apareceu em shows de Willie Nelson, outro cantor country mais famoso por aqui
mas que mesmo assim garanto que muitos nunca ouviram falar. Por essa razão
entender a paixão dela por Dolly pode ser que fique um pouco mais difícil para
o leitor, já que sua amizade mesmo com Ellie, a melhor amiga é pautada pela
paixão das duas pela cantora.
Dito isso, vamos ao que interessa. Ela é mesmo uma
protagonista empoderada, que se ama e que diz f%$#-se para quem se importa com
suas gorduras? Sim, ela é. Apesar de saber que ser acima do peso a coloca no
hall dos indesejados comentários de que “ela poderia ser mais magra, tem um
rosto tão bonito”.
Seu apelido dado por sua mãe que já foi Miss e que hoje
coordena um concurso chamado Jovem Flor do Texas é Dumplin, que dá nome ao
livro e que é uma espécie de bolinho. É como chamar alguém de Cupcake, de
Rosquinha...ou de algo de grande circunferência. Que mãe fofa, não?
Quando Will ( o nome da protagonista é bem complicado, mas
ela é chamada assim boa parte do livro) enfim vai para cima da vida aceitando
seu peso extra e se inscrevendo no concurso
agente vibra por ela. Afinal amamos finais felizes e cala boca em magras
chatinhas que se acham, certo?
Arrisco dizer que o que gostei mais nessa história nem foi a
história de Bo com Will ( ela é louca por esse Bo) mas sim a amizade e a força
que cada uma encontrou na outra, esse trio realmente me deu os trechos mais
interessantes: Manda, Millie e Hannah são incríveis e veem em Will uma heroína
já que elas também fogem dos padrões e quando uma gordinha se arrisca a ser julgada
em um concurso de beleza é no mínimo desafiador e empolgante para elas.
O tema da mãe x filha também é interessante já que a gente
passa a odiar a mãe em determinado
ponto, até mesmo pelo apelido colocado na filha e a surpresa ao ver que ela se
inscreveu no Concurso de Beleza dela, para a mãe sempre foi uma vergonha o peso
da menina, mas será que a autora nos dará uma reviravolta? Será que Will terá
uma noite de vitória ou um final tipo Carrie, a estranha?
Deixo para vocês descobrirem, só queria de verdade que o
livro fosse mais empolgante no início, demorei um bocado para passar dos
primeiros capítulos.
Raffa!
ResponderExcluirDifícil viver dentro dos padrões que a sociedade impõe, principalmente na adolescência.
Gostei de ver que Will e suas amigas querem apenas mostrar que são 'normais' que não são diferentes das outras adolescentes e achei demais a ousadia dela em querer participar de um concurso de beleza.
E que mãe é essa, hein? Vixe! E porque tentava fazer o melhor, avalie se não...
Tão bom quando nos identificamos com um enredo, né?
Desejo uma semana maravilhosa e florida!
“Para saber uma verdade qualquer a meu respeito, é preciso que eu passe pelo outro.” (Jean-Paul Sartre)
Cheirinhos
Rudy
Olá, Raffa
ResponderExcluirDesde o lançamento desse livro fiquei curiosa para saber da história e essa é a primeira resenha que eu vejo, ainda me manteve curiosa ;)
Adoro livros com muito poder feminino e espero que não tenha um final de "Carrie, a estranha" kkkkk :)
Assim que lançaram, falaram muito sobre o livro, eu comprei, ainda não li, mas estou com receio de demorar para ler, porque se o livro não me prende desde o começo, demoro muito para terminar de ler, e ainda mais sem tanto tempo livre para ler, demoraria mais ainda.
ResponderExcluirMas pretendo ler sim.
Beijos ^_^