Menina que via Filmes: Ninguém está olhando [Crítica]

Título Original: Nadie Nos Mira
Título no Brasil: Ninguém Está Olhando
Data de lançamento 23 de novembro de 2017 (1h 41min)
Direção: Julia Solomonoff
Elenco: Guillermo Pfening, Elena Roger, Paola Baldion mais
Gênero Drama
Nacionalidades Argentina, Colômbia, Brasil, EUA, França

por Reinaldo Barros

 Dirigido pela argentina Julia Solomonoff, Ninguém Está Olhando é um drama que nos conta a breve história de um ator argentino em busca de voos mais altos em sua carreira, voos com suas próprias asas, longe de seu “primo” assediador e manipulador. Nico (Guillermo Pfening) decide investir na carreira internacional após dar um basta na relação com Martin (Rafael Ferro), diretor do seriado em que é o protagonista adorado pelo público.

    Em Nova Iorque o ator busca diversas alternativas para se manter enquanto não começam as gravações de seu novo trabalho, até então só apalavrado. O filme já nos dá uma dica no começo de como será o desfecho. Repare quando as babás comentarem com Nico sobre novelas argentinas e brasileiras. Mas sobre o que fala esse drama argentino? A dificuldade do estrangeiro sonhador.

    Tentar a vida fora do seu país de origem é um sonho cada vez mais comum nos dias de hoje, ainda mais se sua terra natal representa algum perigo ou alguma hostilidade a você. Nico é esse cidadão estrangeiro indo atrás do seu sonho, ter uma carreira internacional e se afastar de parte de seu passado. No entanto ser estrangeiro é ser estranho ao lugar onde se está, seja por pouco tempo ou permanentemente. Ser estranho é chamar a atenção, na cidade dos estrangeiros é ser mais um na multidão.

    Ninguém Está Olhando até é um bom filme, poderia e deveria se aprofundar mais na questão principal, da dificuldade do imigrante. Aqui no Brasil nós temos uma situação complicadíssima com os imigrantes haitianos e venezuelanos na região norte. Agora imaginem como deve ser em um país conhecido como Terra da Oportunidade. Me passou a estranha impressão de “Não é fácil, mas também não é difícil”, como se fosse uma mera questão de sorte ou azar e sabemos que não é bem assim. 

*Filme assistido por nosso colunista à convite da Sinny assessoria.

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