Menina que via Filmes: Fala sério, Mãe! [Crítica]

Título Original: Fala sério, Mãe!
Baseado na obra de Thalita Rebouças
Data de lançamento 28 de dezembro de 2017 (1h 19min)
Direção: Pedro Vasconcelos
Elenco: Larissa Manoela, Ingrid Guimarães, Marcelo Laham mais
Gênero Comédia

Nacionalidade Brasil
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O livro de maior sucesso de Thalita Rebouças chega aos cinemas em uma versão para emocionar mães e filhas.  

Narrado na primeira parte por Ângela Cristina ( Ingrid Guimarães), uma mãe de primeira viagem que conta como sua vida mudou após  a maternidade, principalmente com a primeira filha Maria de Lourdes ( ou Malu, Larissa Manoela no papel adolescente) .
Das dores e delícia de ser mãe como amamentar e ficar noites sem dormir até a fase onde  a criança fala o que pensa. A menina que faz Malu criança com uns 5 anos é uma graça, a melhor cena é a do ballet.

Mas o principal do filme é a parte teen, onde a mãe vivida por Ingrid é 8 ou 80. Na verdade muito mais 80...a cada novidade como o primeiro beijo da filha ela arma o escândalo, nisso nem todas as mães irão se reconhecer, ainda mais nos chiliques em público ou nas pagações de mico como mostra o trailer dela entrando no meio do ônibus para informar sobre a necessaire esquecida. 
Mico? Com certeza mas rende ótimas risadas e a plateia ama e reconhece suas mães em algumas cenas como essa.

Se é difícil para mãe cortar o cordão umbilical e aceitar que  a filha - apesar de não ser única, Malu tem ainda 2 irmãos  mais novos - não precisa mais dela, a filha também sofre ao perceber que ser filha não é tão simples e que as vezes o papel se inverte.
Quem nunca na fase adulta pensou sobre isso, não é mesmo? No meu caso a cena que mais me arrancou lágrimas são 2: as do chuveiro. Prestem atenção no que as 2 atrizes falam nesses momentos, nada mais verdadeiro.
Ter visto o filme com minha mãe do lado teve um gosto especial, de que aquele momento era nosso. Ainda que muito não correspondesse à minha relação com ela. 
Angela Cristina passará pelo momento do divórcio e isso eu desconheço, mas conheço desde adolescente o que é ser traída e como dói.
Algo que achei que ficou faltando e que é mostrado em diversos filmes é no como quando o irmão mais novo chega o foco total passa a ser nele. Na história Malu nunca deixa de ser a filha que é o centro das atenções da família, e isso é notório.
Com uma participação da própria autora Thalita Rebouças como dona de uma loja, o filme é daqueles que saímos felizes do cinema e achando que devemos passar mais tempo com nossos pais, ainda que Malu não seja o tipo de pessoa agarrada demais na mãe, o que ela prova em algumas cenas.
Ingrid está muito à vontade no papel da mãe que sofre com o crescimento da filha. Larissa Manoela que apesar de fazer muito sucesso e ser impossível alguém não conhecer  a moça, também me surpreendeu nesse filme. A menina trabalha muito bem, só teria melhorado o sotaque paulista dela, porque a história se passa no Rio e Larissa não passa por uma carioca. 
Mas isso é um pequeno detalhe, o foco do filme que é falar da relação mãe e filha, esse é feito satisfatoriamente. 
Saí do cinema amando muito essa adaptação, deveria ser filme obrigatório para toda filha assistir com a mãe. Como vocês que acompanham o blog sabem, para mim mãe é algo sagrado. Vamos viver mais cada minuto com elas e aproveitá-los.