Título no Brasil: A Forma da Água
Data de lançamento 1 de fevereiro de 2018 (2h 03min)
Direção: Guillermo del Toro
Elenco: Sally Hawkins, Michael Shannon, Richard Jenkins
Gêneros Fantasia, Drama, Romance
Nacionalidade EUA
#07
por Bianca Silveira
O filme se passa nos anos 60, bem no auge da guerra fria. Elisa Esposito (Sally Hawkins) é uma moça surda que trabalha como faxineira em um centro de pesquisa aeroespacial do governo dos Estados Unidos com sua amiga Zelda (Octavia Spencer) que é, digamos, sua porta voz, ela entende a linguagem de sinais de Elisa e traduz para quem não entende. Um dia, em seu posto de trabalho, uma sala de experimentos, chega uma criatura humanóide que vive na água, bem no estilo do Monstro da lagoa negra. Muito agressiva, a criatura machuca quem chegar perto. Elisa, sem ninguém ver, vai se aproximando e com o tempo cria um vínculo com a criatura e claro se apaixona.
Os cientistas que capturaram a criatura querem estudá-lo acreditando que assim sairiam na frente dos russos. No meio dos cientistas tem um espião que está negociando a criatura com os russo. Com a vida em risco, Elisa resolve então salvar a vida de seu amado e para isso convoca, além de Zelda, seu vizinho e melhor amigo Giles (Richard Jenkins).
A Interpretação de Sally Hawkins está perfeita, mereceu a indicação ao Oscar de melhor atriz. Como a personagem é muda me impressionava sua expressividade principalmente nos momentos de maior tensão em que dava vontade de falar por ela. Além disso a personagem é carregada de ternura e como ela vai se envolvendo com o homem anfíbio através da música e através de gestos.
Adoro a Octavia Spencer que interpreta sua amiga tagarela e cúmplice, sempre maravilhosa e mais uma vez indicada ao Oscar. As duas juntas protagonizam momentos divertidos. A cena em que Zelda tenta entender como Elisa e a criatura conseguiram se relacionar sexualmente representa todos nós.
O filme é um conto de fadas. Conto de fadas para adultos, bem no estilo que Guillermo del Toro gosta de fazer. Está tudo lá, a mocinha, que inclusive é chamada pelo locutor logo na introdução de princesa sem voz. Temos a criatura por quem a princesa se apaixona. E claro não poderia faltar o beijo (de amor verdadeiro?). Conto de fadas para adulto porque o longa tem algumas cenas de nudez, violência, sangue e até um gato tem sua cabeça devorada. Mas isso significa que o filme é ruim? De jeito nenhum. Merece ganhar o Oscar de melhor filme? Não sou capaz de opinar. O filme é lindo, sensível, emocionante, interpretações perfeitas. Figurinos perfeitos e impecáveis. Apenas a história em si que não me surpreendeu (não me julguem).
A forma da Água está concorrendo ao Oscar em 13 categorias, entre as principais estão Melhor diretor, melhor atriz, melhor atriz coadjuvante, melhor ator coadjuvante, Melhor roteiro original, melhor fotografia e melhor figurino. O filme é sim maravilhoso e mereceu todas as indicações.
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por Raffa Fustagno
Ah, essa espera entre a cabine e a estreia e eu poder ver é dolorosa às vezes rs. Mas garanti as entradas para família inteira e lá fomos nós. Vale lembrar que minha mãe disse que não queria ir porque não gosto disso "de humano se apaixonar por algo que não existe", um pouco contraditória pois ama A Bela e a Fera. Cinema lotado, era hora do filme com mais indicações ao Oscar de 2018 provar à plateia porque estava naquela posição.
A protagonista Elisa ( Sally Hawkins, indicada ao Oscar de Melhor Atriz) é uma moça solitária e muda. Sua vida é sempre a mesma coisa, ela acorda, toma banho, se masturba - sim, é bem claro que ela faz isso na banheira - passa na casa do vizinho Giles ( Richard Jenkins, também indicado ao Oscar como Melhor Ator Coadjuvante ) um artista que não anda de bem com seu trabalho e cuja amizade deles é a coisa mais linda. Além dela cuidar dele levando comida, eles assistem musicais juntos e ele aprendeu a entender a linguagem dos sinais.
Elisa trabalha como faxineira em um importante local de pesquisas do governo americano, vale lembrar que a história se passa na Guerra Fria, onde os EUA estava em guerra com a então União Soviética. Pesquisas são feitas com diferentes criaturas para vencer o país rival.
Nossa protagonista tem uma melhor amiga que trabalha com ela, Zelda (Octavia Spencer, também indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante) que acaba sendo a voz dela, mais uma vez a atriz faz um papel maravilhoso e rouba muitas cenas, ainda que todos estejam muito bem no filme.
O papel de vilão fica a cargo de Michael Shannon, como o investigador Richard Strickland, é ele quem leva para o lugar uma criatura de acordo com ele perigosa, que foi capturada na América do Sul e que era venerada como um Deus, com requintes de crueldade ele maltrata o tal animal que também parece homem porque é bípede sem explicações.
Elisa vai se afeiçoar com a criatura porque é ela quem limpa o local sempre com a amiga, mas vai passar a entrar escondida para virar amiga dele e perceber que ele não é ruim e sim o humano que lhe prendeu.
Dessa história que parece um conto de fadas Elisa vai descobrir que está apaixonada e o amor deles ainda que estranho para gente passa a ser shippado se lembrarmos da solidão dela no início do filme e de como ela está feliz agora, é por essa razão que ela opta por sequestrar ele para salvá-lo pois ouve que ele será morto muito em breve e para isso conta com a ajuda de um dos médicos que cuida dele.
Lotado de beleza até mesmo nas falas, ou na falta delas...já que a moça é muda e com gestos se comunica melhor do que muitos de nós, o filme é maravilhoso e me emocionou muito.
Há uma cena onde Elisa pede ajuda para Giles para resgatar "a coisa" e ele diz que não, que ele nem é humano, então ela responde em gestos que vem com legendas para gente de que "se não fizermos nada, também não seremos".
Sensível e necessário para os tempos que vivemos, já estamos na torcida para que dia 4 de março leve muitos Oscars. A gente amou esse Aquaman <3!
Sou muito fã do Guillermo del Toro e quro muuuuuito ver este filme, tentarei ver na semana q vem!!!!
ResponderExcluirBeijos ^_^