Menina que via Filmes: Gaby Estrella [Crítica]

Título Original: Gaby Estrella
Data de lançamento 18 de janeiro de 2018
Direção: Claudio Boeckel
Elenco: Maitê Padilha, Bárbara Maia, Luiza Prochet mais
Gêneros Comédia , Família

Nacionalidade Brasil

por Bianca Silveira

Gaby Estrella (Maitê Padilha) é uma jovem cantora de sucesso que vê sua carreira ameaçada por uma nova promessa da música, a cantora Natasha (Luiza Prochet), que vem ganhando cada vez mais audiência. Em meio aos problemas com sua carreia Gaby precisa voltar a fazenda de sua avó, vivida por Regina Sampaio, pois ela está muito doente. Chegando lá ela reencontra sua prima Rita (Barbara Maia) dona de um famoso canal de fofocas no youtube e que odeia Gaby. O porquê o filme não explica. Para tentar salvar sua carreira o dono da gravadora envia uma equipe (Formada por crianças. Oi??) para filmar um reality show da vida da Gaby na fazenda e é aí que começa o desastre para Gaby. Desacostumada com a vida na Fazenda Gaby se envolve em várias confusões e armações, o que prejudica ainda mais sua carreira.

Voltado para o público infanto-juvenil e que teve origem do seriado homônimo do canal Gloob, o filme não se preocupa muito em apresentar os personagens e eles vão aparecendo apenas com uma mínima introdução. Conflitos já existentes também não são explicados, como a rivalidade entre as primas. Todos os acontecimentos do filme são jogados e sem desenvolvimento.

A todo momento Gaby enfrenta um novo desafio. Primeiro a ameaça da nova cantora, doença da avó, rixa com a prima, gravação do reality, festival da cidade, festival de música, relacionamento mal resolvido. É muita informação para um filme só. Com muitas frases de efeito e cheio de filosofias baratas a atuação de todo o elenco é bem sofrível, todos muito caricatos. O diretor da gravadora, que vive repetindo a importância dos likes para uma carreira de sucesso, o empresário atrapalhado que só sabe ser atrapalhado, o galã que está ali só para dizer que tem um galã; a vilã que é uma mistura de Nazaré Tedesco e vilã de novela mexicana e por aí vai.

Além disso, as falhas na verossimilhança é outro problema que incomoda. Uploads de vídeos que acontecem em segundos, o número de visualizações que crescem na velocidade da luz; uma fazenda enorme sem nenhum empregado deixando para a avó, doente, todas as tarefas diárias; crianças trabalhando em equipe de filmagens; E a mãe da Gaby, vivida pela atriz Adriana Prado, parece até que não existe?! Para uma pré-adolescente ela está muito independente e sem nenhuma supervisão da mãe. Confesso que não conhecia o seriado, mas parece que fez sucesso há um tempo atrás. Talvez no formato do seriado a dinâmica funcione pois tem mais tempo e episódios para desenvolver cada história. No entanto, infelizmente no filme não funcionou.

Filme assistido por nossa colunista à convite da Agência Febre

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