Menina que via Filmes: Viva - A Vida é uma Festa [Crítica]

Título Original: Coco
Título no Brasil: Viva- a vida é uma festa
Data de lançamento 4 de janeiro de 2018 (1h 45min)
Direção: Lee Unkrich, Adrian Molina
Elenco: Anthony Gonzalez (VIII), Benjamin Bratt, Gael García Bernal mais
Gêneros Animação, Aventura, Fantasia
Nacionalidade EUA
#02

Miguel é uma menino mexicano que odeia as tradições de sua família. Sua tataravó foi abandonada por seu avô que tinha o sonho de ser músico e largou a família para viver esse sonho e nunca mais retornou para casa. Aborrecida e desgostosa ela proibiu sua única filha de ouvir música e se especializou em fazer sapatos.

A família inteira de Miguel que aparenta ter uns 10 anos, trabalha na fábrica de sapatos e ele é engraxate nas horas vagas. O problema é que Miguel esconde da família toda, principalmente de sua avó que ama música, e que inclusive sabe tocar violão e quer ganhar um concurso e ser tão famoso quanto Ernesto De La Cruz, um músico tão amado pelos mexicanos que tem uma estátua em praça pública.

Na luta por querer ouvir  e tocar música não entendendo porque ele é proibido disso o menino acaba despertando algo ao roubar o violão do músico famoso e indo parar na dimensão dos mortos.

Conhecido e muito valorizado pelo México, o Dia dos Mortos é uma verdadeira festa onde fotos dos que já foram são colocadas misturadas com flores e oferendas do que eles gostavam, reza a lenda de que assim nunca serão esquecidos, Miguel tem contato com os mortos de sua família que reconhece todos pelas fotos que vê a vida toda quando vai para essa parte dos mortos, onde todos são caveiras, mostrando que há vida após a morte, mas que esses mesmos esqueletinhos somem se nunca mais forem lembrados no dia dos mortos por alguém que esteja vivo.

Não é de fato algo que crianças entendam com facilidade, para se ter ideia, imaginem que na sala de exibição que vi o filme muitas crianças faziam inúmeras perguntas sobre a morte, muitas continuaram sem entender nada mesmo após a explicação.

Mas o filme para adultos funciona muito bem, é com delicadeza e sem enfiar religião no meio que a Pixar nos mostra que lembrar dos mortos é saudável, e que nem por isso deve-se deixar de viver. No mundo dos mortos quanto dos vivos todos são felizes, por mais que um sinta saudades do outro. 

Ontem o filme ganhou o Globo de Ouro de Melhor animação, não vi todas mas certamente esse também deve levar o Oscar, roteiro, desenho e um tema nunca antes tratado tão a fundo para crianças são destaque nessa animação maravilhosa.