segunda-feira, 19 de março de 2018

Menina que via Filmes: Madame [Crítica]

Data de lançamento 29 de março de 2018 (1h 30min)
Direção: Amanda Sthers
Elenco: Toni Collette, Harvey Keitel, Rossy de Palma mais
Gêneros Drama, Comédia , Romance
Nacionalidade França
#36




por Manoela Alves


Agradável como um dia de outono

Na romântica e sofisticada Paris, conhecemos Bob e Anne Fredericks, um rico casal americano recém chegado à capital francesa. Para celebrar o novo lar, a sofisticada e supersticiosa Anne convida alguns amigos da alta sociedade para um luxuoso jantar na residência parisiense da família. Porém, uma inesperada presença altera seus planos, colocando 13 pessoas à mesa. Supersticiosa como é, ela se recusa a oferecer um jantar com esta configuração e decide colocar mais uma pessoa à mesa para restaurar o equilíbrio. Mas quem? A governanta, por que não? Afinal, ela já foi Papai Noel nas festas da família, então pode muito bem se passar por uma antiga amiga espanhola, certo? Até demais! 


Rossy de Palma nos presenteia com uma Maria apavorada por ter de mentir diante dos convidados importantes da Madame. O pânico da governanta e a interação entre a personagem e a patroa nessa cena é uma das mais divertidas do filme. Recorrendo ao vinho para atender às recomendações de Anne - "Não fale demais", "Não coma demais" (talvez ela devesse ter dito "Não beba demais" também) - Maria relaxa e se solta, sua irreverência atraindo a atenção de um dos convidados, e envergonhando e preocupando Anne. 
O que parecia ser apenas um improviso singular da Madame mestre dos jantares acaba se transformando em sua própria catástrofe pessoal quando sua empregada engata um romance com alguém da alta sociedade. Isso a faz questionar a si mesma e todos os seus esforços para conquistar o amor - assim como tudo mais que afirma ter precisado lutar para conseguir - e comparar com a facilidade com que Maria conseguiu o mesmo. 
Esse conflito aumenta a insegurança de Anne e explora a dualidade da personagem, dividida entre a benevolência e a arrogância com sua confiável governanta. Toni Collett dá um show nesse aspecto!
A locação escolhida para o filme retrata bem o glamour e sofisticação dos personagens e funciona perfeitamente como pano de fundo para o romance de conto de fadas da empregada com o ricaço. O filme tem ótimos diálogos e nos arranca boas gargalhadas, ao mesmo tempo em que acompanhamos a evolução dos personagens, ora admirando-os, ora nem tanto. 
Enquanto a relação de Maria com David se intensifica e curtimos um delicioso romance francês, com nuances de sofisticação e com a incerteza causada pela farsa central não revelada, vemos com leveza a cordial relação do casal Fredericks retratando suavemente casamentos falidos, traições trocadas e disputas de ego na alta sociedade.
Costurando-se com o enredo principal, vemos ainda o romance sendo escrito pelo jovem escritor filho de Bob, cujo desfecho não poderia ser imaginado se não fosse a história que o inspirou. 
Com direção e roteiro de Amanda Sthers, Madame é uma comédia como um delicioso dia de outono: você sabe que terão outros parecidos mas ainda assim não pode evitar aproveitar e se encantar.


















por Raffa Fustagno

Madame pode até passar por um filme bobo, se fosse a grande questão sobre imigração e seu preconceito que imperam na Europa e pelos próprios americanos.
Anne ( Toni Collete) é uma ex professora de golfe que visivelmente deu o golpe em seu aluno anos mais velho, Bob ( Harvey Keitel). Por essa razão o filho dele do primeiro casamento Steve ( Tom Hughes) a odeia. Anne teve com seu agora marido 2 filhos e se mudaram recentemente para Paris, ela nem imagina que seu marido esteja à beira da falência, continua gastando como louca e preocupada com um jantar onde terão figurões da sociedade inclusive o prefeito de Londres. Sim, o casal já morou em diversos lugares.
O grande ponto do filme é Rossy de Palma como Maria, uma governanta espanhola voluptuosa que será obrigada a se fingir de madame durante o jantar dos patrões porque a chefe não gosta de números ímpares. O que eles não esperavam é que Maria fosse a atração principal da noite fazendo com que um importante empresário inglês se apaixonasse por ela.

Quando eles começam a sair isso incomoda demais a já insuportável Anne, que não consegue entender como alguém pode se apaixonar por sua governanta.
A questão da imigração é que países como Portugal, Grécia, Itália e Espanha tem muitos nacionais trabalhando como motoristas, governantas, porteiros...e isso faz com que alguns países já conhecidos por se acharem como superiores como a França os veja diferente. Maria faz parte de uma população mais humilde, mas não baixa a cabeça porque tem orgulho de sua honestidade e seu jeito íntegro nos ganha de cara.
A falta de empatia pelo casal de patrões pode até incomodar, já que ele dá em cima da professora que dava para ser sua neta, e ela trai  o marido com um amigo da família.
A única coisa que fiquei achando que ficou devendo foi um final à altura. Maria merecia um final mais feliz.

4 comentários:

  1. Não sabia da existência deste filme,mas adoro enredos assim, leves, descontraídos e até certo ponto, ingênuos!
    Deve realmente render boas risadas, até por que a mentira sempre tem perna curta né?rs
    Vou procurar assistir com certeza.
    Beijo

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  2. O filme deve ser divertido e agradável, gostei de conhecer já q nunca tinha ouvido flar dele.
    Bjs!

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  3. O filme me pareceu bem divertido fiquei com vontade de ver ^_^

    Beijos :)

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  4. Esses filmes leves e divertidos são ótimos, tem dias que só preciso de filmes assim.

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