[Resenha] Em Outra Vida, Talvez? @editorarecord

Título Original: Maybe in Other Life
Título no Brasil:Em outra vida talvez?
Autora: Taylor Jenkins Reid
Editora Record
Número de págs: 368

por Bianca Silveira

Hanna é uma jovem de quase 30 anos que ainda não tomou um rumo na vida. Vive mudando de cidade e depois de uma desilusão amorosa decide voltar a sua cidade natal para tentar recomeçar sua vida com a ajuda de sua melhor amiga Gabby, na verdade mais que amiga, praticamente sua irmã, já que quando ainda era adolescente seus pais se mudaram para Londres com sua irmã e ela continuou em Los Angeles e foi morar com a família de Gabby para terminar seus estudos. Gabby marca um reencontro com seus velhos amigos para matar as saudades, entre eles um ex namorado de Hanna, Ethan. Na hora de ir embora Tanto Gabby quanto Ethan oferecem carona para Hanna e ela fica dividida, e agora, com quem ela deve ir?

Hanna ainda tem dúvidas sobre os sentimentos de Ethan, e a decisão sobre com quem deve ir embora é decisiva para um possível retorno do casal ou um ponto final definitivo. Todos nós sempre nos perguntamos sobre o “e se? ”, E se ela tivesse ficado, ou e se ela tivesse ido embora? E é exatamente isso que temos no livro, os dois destinos de Hanna de acordo com a decisão que ela toma. Neste momento o livro se divide entre duas realidades alternativas e os capítulos começam a se intercalar, em um ela decide ir com Gabby e no outro ela fica com Ethan. Os dois destinos têm finais completamente diferentes e até surpreendentes e é bem interessante acompanhar a evolução e amadurecimento da Hanna de cada realidade alternativa. Enquanto que em uma o amadurecimento da personagem vai acontecendo um pouco mais naturalmente no outro é bem mais sofrido. Outro ponto forte no livro é a amizade entre Hanna e Gabby, o amor incondicional entre as duas é lindo e a cada obstáculo a amizade só se fortalece. Gabby é sua base familiar, já que sua família está longe e ficou longe em um momento importante de sua vida que foi o final de sua adolescência e isso também é abordado de formas diferentes em cada realidade, consequência de uma única decisão.

Quem nunca se perguntou sobre as decisões que tomou na vida? Se seguiu o caminho certo ou o errado, se sua vida seria diferente se tivesse tomado outra decisão. Com Hanna não é diferente, com uma narrativa em primeira pessoa vamos acompanhando suas dúvidas sobre suas escolhas, sobre destino, sobre almas gêmeas. Hanna é uma personagem cativante e nas duas realidades vamos nos envolvendo com dois lados diferentes dela, lados esses que só são mostrados de acordo com os acontecimentos de cada escolha. Nas duas realidades fiquei apaixonada pelos dois amores de Hanna, sim Hanna tem dois amores (não ao mesmo tempo claro e também não na mesma realidade) e é difícil dizer qual seria o melhor para ela porque cada um é o melhor para ela naquele momento que ela está vivendo. O livro é bem leve e de uma leitura bem fácil e ao mesmo tempo te faz refletir sobre sua vida e sobre suas escolhas, sobre como seria sua outra vida se realmente existisse uma realidade alternativa. Parando para pensar sobre minha vida, se existe uma outra Bianca rodando por aí eu não sei, mas acho que essa daqui está boa do jeito que está, por enquanto não quero outra não.