[Evento] 39º Evento da Menina

O evento de julho foi muito especial, e talvez um dos melhores que fiz nesses 4 anos de estrada. A razão é que um lançamento que já seria especial para minha querida amiga, a escritora Thati Machado que lançou 2 títulos: 100 Dicas para amar seu corpo (Editora Rico) e Singular ( Qualis), eu ainda consegui que a presença da Ana Rosa fizesse um segundo bloco muito especial lotado de muito conteúdo bacana, um verdadeiro aprendizado para todos os presentes.

Nosso evento que aconteceu no sábado, dia 28 de julho na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, contou com a presença de cerca de 50 pessoas, tivemos o apoio cultural de:

• Editora Arqueiro
• Loja Unicórnio de Casa
• Instagram Fantástica Biblioteca ( que doou exemplares para nosso sorteio)

Começando com 20 minutos de atraso, o primeiro bloco trouxe uma escritora nova, a Nanda Andrade que escreveu Um blog para chamar de meu ( Editora Transversal). 

A autora que mora em Belo Horizonte veio ao evento para apresentar sua história e nos contou como começou a escrever, ela é uma grande fã de Sophie Kinsella e sempre amou chick-lit, por isso quando escreveu a história de Alana, sua protagonista, não imaginou outro gênero para criar seu mundo. Ela fez um curso de escrita com a Flávia Iriarte que é editora da Tranversal e que acabou publicando o livro esse ano. 

Nanda se divide entre a terapia ocupacional e a escrita, além de ser mãe em tempo integral.

A conversa com ela foi bem bacana porque os presentes puderam conhecer mais uma história de sucesso de uma autora iniciante, agradeço à Nanda pela participação no evento.

O 2º bloco contou com a participação de Thati e Ana, que é assistente de Marketing do Grupo Editorial Record.

O tema do bloco abordou gordofobia e racismo, Ana falou conosco sobre o livro O ódio que você semeia de Angie Thomas ( em breve vou gravar um vídeo sobre ele, só que deve ir no ar em agosto!). Starr, a protagonista, sofre racismo, e percebe mais isso quando seu melhor amigo é morto sem motivo pela polícia de sua cidade.

O nosso debate teve a Thati contando porque teve coragem agora de colocar para fora um abuso sofrido na infância e porquê por causa dele sempre odiou muito seu corpo. É o primeiro livro de não ficção escrito pela autora que já tem mais de 20 livros escritos  - entre títulos impressos, contos e coletâneas em ebook - o depoimento dela causou um silêncio na plateia, a mãe da autora estava presente e deu uma declaração linda que foi aplaudida por todos. Marta, mãe de Thati, é aquela mãezona que apoia sempre a filha, que está em todos os eventos e que compareceu com uma camiseta escrito Eu Leio Thati Machado <3! Muito amor, né. Também presente, o querido Denis, sentou na primeira fileira ao lado do Gabriel ( meu marido) e ouviu Thati contar aos presentes como veio a ideia de escrever Singular, que é uma história com os personagens de Poder Extra G ( lançado pela Astral Cultural em 2016), mas que já aviso, pode ser lido independente. O personagem Noah se apaixona por Rafaella, uma moça acima do peso, ele é um homem trans, assim como o marido da Thati. Aliás, se você quer saber mais sobre ela - e por favor, leiam a Thati, porque ela é muito maravilhosa - se inscrevam no Canal dela no Youtube porque ela sempre posta conteúdos incríveis e também como foi a transição de seu marido.

Ana Rosa abrilhantou o bate-papo contando como o Brasil vive diariamente o racismo mas quem não o vive não acredita que exista, e acha que tudo não passa de mimimi. Fã da história de Angie Thomas, ela está animada para ver nos cinemas a adaptação que já conta com um elenco famoso e com um corte de um dos atores exatamente por ter feito piadas racistas no Youtube, Ana disse que esse é o dia a dia dos negros, a diferença é que hoje é mais percebido por causa da internet.

Quando mostrei no telão comentários racistas à famosos ( jogadores, atores, etc) ela disse que não se impressiona, e também mencionou que alguns negros por sofrerem com a opressão acabam achando que é um ato normal e agindo assim com outras pessoas. Citei o caso que acontece no filme O orgulho, onde um segurança negro da universidade de Paris que sofre preconceito por parte de um professor branco, o faz com uma estudante árabe na entrada dela no local.

O discurso de Ana Rosa gerou um debate na plateia, onde alguns presentes contaram que também o sofrem, e que alguns julgam se eles alisam os cabelos. Os Stories da Ana Rosa são um show de empoderamento e de luta contra o racismo e um verdadeiro aprendizado para mim, sigam a moça que vocês verão o como ela é verdadeira e sensata em suas colocações, nos abrindo os olhos para atitudes que fazemos sem pensar no como estamos sendo racistas, seja com palavras que usamos como denegrir ou lutando contra cotas raciais. 

Foi emocionante ouvir as duas, agradeço demais terem aceito meu convite.

Abaixo fotos de alguns momentos, para conferir todas as fotos do evento, confiram no álbum na fanpage.