Título no Brasil: Egon Schiele - Morte e a donzela
Data de lançamento 19 de julho de 2018 (1h 49min)
Direção: Dieter Berner
Elenco: Noah Saavedra, Maresi Riegner, Valerie Pachner
Gêneros Drama, Biografia, Histórico
Nacionalidades Áustria, Luxemburgo
por Bianca Silveira
Egon Schiele (Noah Saavedra) foi um pintor austríaco e considerado um dos principais representantes do expressionismo. Suas principais obras representavam corpos femininos nus em pinturas eróticas, sendo sua primeira musa ninguém menos que sua própria irmã, adolescente, que era retratada nua. O filme retrata a curta vida desse polêmico artista que morreu aos 28 anos. O filme começa em 1918 com Gerti (Maresi Riegner), sua irmã, encontrando Egon em seu apartamento doente e sua esposa morta vítima da gripe espanhola. A partir daí vamos acompanhando sua história através de flashbacks contando brevemente sobre sua adolescência e a morte de seu pai.
Mais velho, quando já desenvolvia seu talento para a arte vemos o seu gosto “peculiar” por usar sua própria irmã como modelo para sua arte. E é justamente Gerti que se esforça e tenta salvar o irmão da justiça divina, conhecida como gripe espanhola.
Com as idas e vindas do flashback, vamos conhecendo melhor esse artista que apresentava uma outra peculiaridade, além de utilizar crianças nuas como modelos. Schiele também usava as mulheres para conseguir aquilo que queria, suas pinturas, e não se importava com os sentimentos delas. A única que participou de forma consciente foi Moa (Larissa Aimee Breidbach), uma mulher negra de espírito livre, que Egon transformou em sua nova modelo despertando ciúmes de Gerti. Pouco tempo depois conheceu Wally (Valerie Pachner), que tinha apenas 17 anos quando se tornou sua nova modelo engatando também um romance de muitos anos. Seu gosto “peculiar” por usar crianças e adolescentes nuas em seus trabalhos rendeu a Egon vários problemas. Ele chegou a ser preso acusado de sequestro e estupro de uma adolescente. Durante todo o filme vamos vendo que sua paixão pela arte é maior do que qualquer coisa. Egon era um homem que usava as mulheres para poder pintar. Apesar de fazer pinturas eróticas Egon não parecia muito fanático pelo sexo em si, mas de certa forma ele sempre acabava fazendo as mulheres se apaixonarem por ele e assim não faltava inspiração.
Dirigido por Dieter Berner, o filme é baseado no livro homônimo da autora Hilde Berger que por acaso é sua ex-esposa. Não sei bem o que pensar sobre o filme, não conhecia o artista e suas obras, mas a impressão que deu é que o filme deixou de se aprofundar em determinados aspectos para “proteger” Egon de todas as polêmicas de sua vida. Schiele era pedófilo, apesar de ter sido absolvido ele usava sim crianças nuas para pintar o que já mostra seu desvio de caráter. Ele também tinha uma relação com a irmã que beira o incesto, na verdade acho que o diretor apenas não quis polemizar e não foi mais explícito para, talvez, não ter problemas. Além disso ele era um babaca por usar e iludir as mulheres apenas para conseguir pintar, sem se importar com seus sentimentos. Em uma cinebiografia geralmente o biografado é homenageado ou mesmo que o artista tenha lá seus desvios de caráter, o filme geralmente consegue passar toda a genialidade apesar de tudo. Não foi o que aconteceu nesse, parece que o diretor quis fugir das polêmicas, diminuindo sua relevância e ao mesmo tempo não conseguindo transmitir a “genialidade” do artista.
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Não conhecia o artista e pelo que li do filme na crítica, não tenho o mínimo interesse de conhecer...
ResponderExcluirRuim isso quando algo que poderia ter sido colocado de outra forma, acaba deixando o enredo mascarado né?
ResponderExcluirAndei olhando um pouco por fora, a vida do artista, e claro, a parte da pedofilia é repugnante, mas não há como negar que o talento do moço era(é) incrível!!!
Acredito que valha o mergulho sim, em um filme polêmico(meio) e saber um pouco mais sobre a vida do moço.
Se puder, verei!
Beijo