Elenco: Maryam Touzani, Arieh Worthalter, Dounia Binebine Gênero: drama País: Itália, Bélgica, China, França Ano: 2017 Classificação: 12 anos
#113
por Cecilia Mouta
Primavera em Casablanca conta cinco histórias, até então paralelas, de pessoas que vivenciaram, de alguma forma, a intolerância. A primeira história se passa em 1980, e fala sobre o professor Abdallah, que vive nas montanhas e ensina numa escola. Mas é obrigado a deixar o cargo, pois o Governo exige que se ensine às crianças em árabe e as crianças comunicavam-se melhor no dialeto local.
Já nos dias atuais, Casablanca está em meio a um forte confronto cívico, com várias pessoas nas ruas protestando, queimando carros, destruindo patrimônios públicos e estabelecimentos. Nesse cenário, nos deparamos com as histórias de Salima, uma mulher que está grávida, mas não quer contar ao namorado e fica na dúvida se tira ou não a criança. Joe é dono de um restaurante, judeu, e se vê entrando num relacionamento, mas tudo muda quando ela descobre sua religião. Hakim é um jovem músico, muito fã do Freddie Mercury, e sonha em ser um cantor famoso, mas não tem o apoio da família e sofre preconceitos por sua orientação sexual. Inês é uma adolescente que está descobrindo a sexualidade agora e se encontra completamente perdida nesse mundo.
Todas as histórias, em um certo nível, se esbarram, mas não vá para o filme esperando grandes conexões. Eu achei que a direção funcionou muito bem para alguns personagens, mas para outros poderia ter sido um pouco diferente. As histórias são bem construídas, mas por serem muitos personagens, acaba não conseguindo se aprofundar muito em nenhum deles. A montagem achei que ficou um pouco confusa, talvez teria sido melhor delimitar os blocos de cada personagem mais precisamente e apresenta-los dessa forma.
Mas de modo geral, Primavera em Casablanca se torna um filme muito interessante, pois permite que vejamos vários ângulos de uma cultura que é tão distante da nossa. O final nos apresenta algumas reviravoltas e deixa no ar alguns questionamentos. É um filme que vale a pena assistir.
* Para assistir a crítica de Raffa Fustagno, confira abaixo.
por Raffa Fustagno
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Li a critica de manhã e agorinha, vi o vídeo. Mas se resumir tudo, as duas criticas se encaixam perfeitamente.
ResponderExcluirNão é muito meu estilo de filmes, mas ler as histórias de intolerância se cruzando (ou não) parece ser até bem interessante!
Se tiver oportunidade, quero ver sim!!
Beijo
Muito bom esse filmes que trazem a intolerância como tema principal, é um assunto que precisa estar em discussão até parar de existir.
ResponderExcluirCEcília!
ResponderExcluirImpressionada aqui como tenho visto filmes que retornam aos anos 80. E como passei minha adolescência nessa década, sempre fico com vontade de assistir.
Raffa!
Depois vejo o vídeo.
cheirinhos
Rudy