Autor: Júlio Hermann
Editora Faro Editorial
Número de págs: 190
#90
por Raffa Fustagno
Com a chegada da internet percebeu-se que muitos homens também tinham dor de cotovelo, o que antes parecia lugar comum somente para as mulheres foi caindo por terra quando rapazes passaram a escrever em seus blogs ou para os mais antigos vão lembrar dos fotologs onde podíamos subir uma foto por dia e colocar um texto curto. Pois bem, Júlio Hermann é de uma geração logo depois, daquela que já sabia que o que sentia nem sempre era bacana escrever somente em um caderno ou diário, era e é preciso dividir, afinal, eu mesma coloquei esse blog no ar 8 anos atrás porque queria conhecer pessoas com os mesmos gostos que o meu.
Quem posta sobre o amor, sobre a dor de dizer adeus sem querer, sobre rompimentos, retornos e choros certamente quer encontrar alguém que lhe diga que aquilo vai passar, na maioria das vezes passa, cada um tem uma forma diferente de enfrentar as dores e delícias de viver um grande amor, Júlio encontrou um jeito de transformar em crônicas no ano de 2015 e passou a ver o sucesso que era não somente encontrar pessoas que se sentiam iguais mas também mulheres que se impressionavam com ele se sentir como elas, parece lugar comum mas ainda não é, Daniel Bovolento um dos maiores nomes dessa safra de "meninos escrevendo como meninas" faz o prefácio.
Não é conversa fiada, é sentimento, e em Tudo que acontece aqui dentro acompanhamos seus amores, suas desilusões e seu amadurecimento diante de que morrer de amor é continuar vivendo até o próximo, que nunca é igual mas pode e deve ser ainda melhor. Arrisco dizer que mesmo sem conhecer o autor, ele aprendeu assim como eu, que amor próprio é fundamental, ainda que isso não diminua a dor de se perder um amor, de se viver intensamente os próximos mas com a experiência de que se não der certo vai doer mas cedo ou tarde se a gente permitir, outro vem.
O bacana para os mais velhos é ver que amor continua sendo amor, com outras playlists, com outra tecnologia para se dizer "oi" ou "adeus" mas é o mesmo, isso não muda. A cada crônica dele vamos identificando algo que já vivemos lá atrás quando a inocência do primeiro ou do eterno ainda existia, e não que eu não acredite no para sempre, sigo acreditando, mas sabemos que não depende de nós, é time, é parceria, e nem sempre as pessoas permanecem as mesmas.
Uma das coisas que mais impressiona no livro é a rapidez com que o lemos, li em apenas um dia, por serem crônicas não há continuação, há outra história a ser contada, não sabemos se para a mesma pessoa que foi escrito, e entre elas há as imagens, as frases que mais marcam e eu precisaria de um álbum com todas as imagens que tem dentro para mostrar a vocês que trabalho lindo a editora fez nesse livro.
Mas deixarei vocês com a curiosidade, com a vontade de conhecerem o livro, e lerem mais sobre o amor, que mesmo sendo do outro tantas vezes se parece com o amor que vivemos.
Sou viciada nisso de amor. De escrever sobre amor, sobre dor, despedidas e recomeços.
ResponderExcluirAinda não pude ler esta obra,mas a namoro desde o lançamento. Por trazer o amor assim, cru, sem pudores, luvas de pelica e afins.
Amo também a capa deste livro!
Está na lista de desejados e espero ler o quanto antes!!
Beijo
Linda a capa e bem interessante um livro que vem para mostrar que meninos também podem falar (reafirmar) sobre sentimentos... A Faro trabalha muito bem os detalhes em suas obras, então sem dúvida deve estar bem caprichada :D
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