Menina que via Filmes: O Homem Perfeito [Crítica]

Título Original: O Homem Perfeito
Data de lançamento 27 de setembro de 2018 (1h 30min)
Direção: Marcus Baldini
Elenco: Luana Piovani, Marco Luque, Sergio Guizé mais
Gêneros Romance, Comédia

Nacionalidade Brasil

por Reinaldo Barros

Quem aqui já não se perguntou se existira um homem ou uma mulher perfeita? Essa é uma daquelas perguntinhas que sempre lhe trará uma resposta personalizada e intransferível. Caso sua dúvida seja a respeito da aparição desse sujeito no filme... continue lendo que ao final desta crítica você terá sua resposta. ;)

    Ao contrário do que o título induz, o protagonista por aqui é uma mulher perfeita. Diana (Luana Piovani) é uma mulher na faixa dos 40 anos, culta, bem-sucedida, muito bonita, com uma carreira de biógrafa consolidada, que acredita ter um bom casamento apesar do desgaste com seu cônjuge Rodrigo (Marco Luque). Só que não, nenhum dos dois estava satisfeito, não plenamente. Para ela não era admissível uma postura conformista e desleixada, para ele o materialismo e o egocentrismo de sua parceira o irritavam profundamente. Enquanto Diana pensa em dinheiro, Rodrigo pensa em arte, ela quer consumir e ostentar, ele quer viver e ser feliz. Astrologicamente falando estamos diante de um relacionamento de uma taurina com um sagitariano.

    Esse filme foi classificado como comédia e romance, porém ambos os gêneros estão bem diluídos, uma dose bem homeopática dos dois. Pode-se contar nos dedos os poucos momentos engraçadinhos ou “fofos”. O elenco é bem enxuto e não há razão para o contrário, a trama gira em torno da protagonista Diana e da sua relação direta com seu chefe Tuto (Eduardo Sterblitch); com o novo cliente da editora Caíque (Sérgio Guizé); e com Mel (Juliana Paiva), a namorada do seu ex. 

    A meu ver O Homem Perfeito tenta acertar três alvos com um único disparo, e apesar de raspar no romance e na comédia acerta o alvo mais importante, o da tal de moral da estória. Diana surge como a mulher perfeita, ciente de seus objetivos e determinada. Contudo, por vaidade se envolve numa trama que contraria seus próprios princípios. Isso em ambas as esferas, profissional e pessoal. O final é feliz e o filme todo é bem leve, mas cabe uma reflexão sobre como o ciúme pode ser doentio e destruir a vida de várias pessoas. Desconfie se o seu cônjuge se auto intitula de modo positivo e age de forma totalmente contraditória. Quem te controla o tempo todo pode estar atrás de uma liberdade exclusiva.

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*Cabine de imprensa à convite da distribuidora

Confira  o trailer: