segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Menina que via Filmes: Djon África [Crítica]

Título Original: Djon África
Data de lançamento 11 de outubro de 2018 (1h 36min)
Direção: Filipa Reis, João Miller Guerra
Elenco: Miguel Moreira, Isabel Cardoso, Bitori mais
Gênero Drama
Nacionalidades Portugal, Brasil, Cabo Verde












por Reinaldo Barros



Um gajo a buscar o próprio pai acaba por embarcar numa aventura mal planejada. Miguel, John Tibars Africa Noventaz ou Djon (Miguel Moreira) é um jovem de 25 anos, criado pela avó e vive ilegalmente em Portugal, terra onde nasceu. Após um estranho lhe falar que parecia muito com seu pai, desperta em Djon o interesse em conhecê-lo. Para tal empreitada arruma uns trocados e parte para Cabo Verde, terra natal de seus pais e do seu passaporte.
Todo o filme se passa com Miguel atrás do paradeiro de seu pai e outros parentes, no entanto o seu maior contato é com suas raízes cabo-verdianas. O longa tem uma bela fotografia, a natureza colabora e muito, nos revelando cenários magníficos que com toda certeza valem muito a pena serem visitados. Outro ponto positivo é o áudio, aqui muito bem trabalhado nas cenas de maior profundidade dramática, aguçando a audição e visão ao mesmo tempo.

O personagem principal em si não me chamou muita atenção, não me cativou como eu gostaria. Ele não é apático, muito pelo contrário, é um sujeito determinado e faz de tudo para ir até o fim.
Djon não sofre por conta do insucesso, simplesmente parte para a próxima da maneira que pode. Nesse caso, percebo que faltou empatia da minha parte, talvez justamente por não haver um mínimo de sofrimento neste processo. O que pode ser muito bom se você procura algo diferente do clichê.

Falando em não seguir clichês, outro aspecto bacana é a linguagem do filme. Aqui eu já falei da fotografia e do som, e antes de terminar não poderia deixar de falar do modo como esse drama é conduzido. O personagem e ator se fundem num só, tudo nos é apresentado como se fosse uma espécie de documentário e isso me causou uma inquietação, uma confusão boa, pois me fez ficar atento durante todo o filme. Por último destaco os personagens coadjuvantes, em especial a nova mãe de Miguel, a idosa é a personagem fictícia (Ou não) responsável por nos fazer rir enquanto conversa com seu mais novo filho.
Em resumo Djon África é um belo filme, um drama leve com um enredo comum, mas muito bem feito e o melhor dele é o contato com a cultura de um país lusófono do qual conhecemos tão pouco.

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2 comentários:

  1. Muito bacana quando um filme nos apresenta uma nova cultura e ainda de quebra, traz uma fotografia linda e pelo que li acima,com conteúdo!!
    Não tinha lido ou ouvido nada a respeito desta obra,mas fiquei curiosa. Enredos simples são bem vindos!!!
    Verei!
    Beijo

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  2. Não achei muito interessante, acho que não gostaria desse filme...

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