quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Menina que via Filmes: O Doutrinador [Crítica]

Título Original: O Doutrinador
Data de lançamento 1 de novembro de 2018
Direção: Gustavo Bonafé
Elenco: Kiko Pissolato, Samuel de Assis, Tainá Medina mais
Gêneros Crime, Suspense

Nacionalidade Brasil










por Reinaldo Barros

Uma boa proposta, contudo, mal executada. O filme é uma adaptação do quadrinho nacional homônimo, criado pelo carioca Luciano Cunha. Uma de suas HQs contou com a participação do músico Marcelo Yuka. Não tive acesso a HQ para poder comparar, mas verifiquei que no Skoob a obra possui uma média de 3,5 estrelas num total de 70 votos. A única resenha de fato comenta a respeito de um aspecto de seu enredo, que também pode ser notado no filme.

O Doutrinador é um justiceiro tupiniquim, um cidadão comum, indignado com a corrupção política que afeta a vida da população. Depois de um acontecimento traumático, Miguel (Kiko Pissolato), um agente legalista se vinga de um corrupto e toma gosto pela coisa, então resolve implementar o seu jeitinho de resolver as coisas. Uma questão, que para mim ficou mal explicada é: Foi impulso ou premeditado? Acredito que na HQ isso tenha ficado claro, pois no filme há uma certa preparação para tal e na hora H o personagem parece perdido no meio de uma manifestação.
Além dessa confusão inicial há também outros “probleminhas”, como a busca pela verossimilhança. Um grupo de manifestantes mais organizado que a tropa de choque, essa por sua vez ridiculamente representada. O principal é a postura, depois vem efetivo insignificante para um evento de tamanha magnitude e por último a ausência de organização, disciplina e energia, a famosa truculência. Apesar do parágrafo isso é apenas um detalhe, os outros probleminhas eu deixo para vocês perceberem. 
O que de fato aborrece no filme é o texto e a interpretação de alguns dos principais atores. O texto é tão ruim que lembra o das antigas novelas das 7 e das 8. Sabe aquele texto tão artificial que não encaixa com o personagem? Sério, irrita e muito! A atuação fraca é outro ponto negativo. Não se engane com os nomes de Eduardo Moscovis, Helena Ranaldi, Lucy Ramos, Marília Gabriela e Tuca Andrada, esses fazem participação especial e fazem bem feito. A maior parte fica com a dupla policial Edu (Samuel de Assis) e Miguel (Kiko Pissolato) e com a jovem hacker Nina (Tainá Medina), que se sai um pouco melhor no quesito atuação.

Antes de dar por encerrada essa crítica quero deixar claro que minhas observações são a respeito do filme, que foi mal adaptado apesar de trazer uma pauta atualíssima. A HQ pode ser muito boa, afinal foi elogiada por grandes veículos nacionais e estrangeiros. Se quiser ver uma adaptação de HQ excelente procure por Tungstenio que já fizemos crítica aqui no Blog. Quanto ao Doutrinador, desafio vocês a me contarem a razão por trás desse nome para esse justiceiro, isso sem ler a HQ, só assistindo ao filme mesmo. Uma dica para você não perder tempo: Ele não ensina, subverte ou doutrina ninguém e sua parceira só está com ele devido a chantagens.

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* A opinião do filme ou das resenhas pertence ao colaborador que se compromete a enviar uma crítica de sua autoria para ser publicada no blog e divulgada nas demais redes sociais.


*Cabine de imprensa à convite da distribuidora








2 comentários:

  1. Então..rs eu e minha cisma com o cinema nacional! Não considero preconceito,mas sempre vejo com os pés atrás, para não me decepcionar.
    Ainda não sabia do quadrinho, mas pelo que li acima, houve um certo "estraguinho" no que é muito bom!rs
    Se verei?
    Não!
    Beijo

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  2. O cartaz do filme está tão bonito e é uma produção brasileira, uma pena ter esses erros aí

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