sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Menina que via Filmes: O Primeiro Homem [Crítica]

Título Original: First Man
Título no Brasil: O Primeiro Homem
Data de lançamento 18 de outubro de 2018 (2h 22min)
Direção: Damien Chazelle
Elenco: Ryan Gosling, Claire Foy, Jason Clarke mais
Gêneros Drama, Biografia

Nacionalidade EUA
#191







por Raffa Fustagno


Todos nós sabemos que os americanos pisaram na lua. Sabemos a década, e o nome de um astronauta que ficou mais famoso por ser o primeiro a sair e pisar nela. Em uma palestra Buzz Aldrin, outro homem a bordo, hoje com 88 anos, disse que nunca vai saber porque ele foi o 1º. Ele brincou que pode ser porque ele comandava o grupo ou porque estava mais próximo da porta. Brincadeiras à parte ele completou dizendo que a preocupação no momento era não deixar a porta bater já que não tinha maçaneta do lado de fora.
Isso não é mostrado no filme, aliás é pouco focado nos demais e é de uma lentidão que impressiona, sim, o filme não é ruim, mas poderia ter cortado 40 minutos dele e estaria maravilhoso.

Há outras coisas que incomodam. Neil Armstromg - que morreu em 2012 com 82 anos - é interpretado por Ryan Gosling, que o faz bem, comparo isso aos outros filmes do ator, porque sua atuação está diferente das que estou acostumada a ver. Mas Neil era de uma "sofrência", de um desânimo que passa para o espectador, até mesmo sua relação com a esposa Janet ( Claire Foy) parece mecânica, sem nenhuma emoção. Somente sentimos algo quando ele está com a filha que infelizmente teve câncer e faleceu. É claro que entendo que a vida de um pai nunca mais será a mesma, mas ele teve 2 outros filhos com a esposa e era apático com eles, até mesmo quando se despedia - com a esposa quase o amarrando e o obrigando a fazer - dos filhos.
Com a esposa era uma indiferença absurda, a gente sofre com ela, que fica em casa com as crianças, mal tem uma conversa com o marido que só sonha em pisar na lua, mas é incapaz de demonstrar sentimentos.

Li em algumas entrevistas que Armstrong era recluso pós pisar na Lua, pode ser que antes também fosse. Lógico que é interessante vermos o como foram as missões antes da Apollo 11, os testes que foram feitos, como foi o dia que pisaram, a quarentena que ficaram no retorno...tudo isso faz do filme algo fácil de gerar interesse. Mas o ritmo é lento, é um filme tão silencioso que na sessão que estive ouvi a música que tocava no hall do cinema e algumas cenas mais barulhentas do filme Venom que passava do lado. 
Pesquisando mais sobre o primeiro astronauta li entrevistas onde ele dizia que odiava dar entrevistas, não aceitava fazer propaganda, parou de dar autógrafos quando descobriu que as pessoas vendiam isso no E-bay, processou o seu cabeleireiro que vendeu seus cabelos cortados para um fã, e casou-se outra vez. Nada disso o filme mostra, nem a história do Buzz que disse que a NASA não tinha mais  o que fazer com eles então eles entraram em depressão. 
As vezes o Wikipédia é mais interessante que um roteiro de quase 3 horas, não é mesmo?

3 comentários:

  1. Roteiros arrastados acabam sempre incomodando e como é a primeira crítica que leio deste filme, já fiquei meio apreensiva. Já não é um assunto que eu seja totalmente apaixonada e mesmo amando o trabalho de Ryan, estou bem desacreditada pelo que li.
    Quase três horas de filme? No mínimo tinha que ter enredo fabuloso para segurar a pessoa na cadeira.rs
    Beijo

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  2. A história parece bem interessante, mas foi mal adaptada pelo visto, uma pena...

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  3. Imaginei que seria um filme parado. Não verei tão cedo.

    Beijos ^_^

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