Título no Brasil: Celular
Autor; Stephen King
Tradução de Fabiano Morais
Editora Suma
Número de págs: 381
#132
por Raffa Fustagno
Pare para pensar o quantas vezes em um dia você usa seu celular. Eu sei que em pleno 2018 é muito menos para chamadas telefônicas e mais para acessar aplicativos com os quais nos conectamos com várias pessoas ao mesmo tempo. Sei também, porque eu sou assim, que esquecer o celular em casa é como sair sem a parte debaixo da roupa, você se sente desprotegida.
É surreal pensar que quando eu tinha 18 anos eu nem tinha um celular, só fui tê-lo aos 20 e mesmo assim ele só atendia e fazia chamadas mesmo, pesando quase o mesmo que minha bolsa inteira hoje em dia.
O protagonista se junta assim com outras pessoas que não estão nesse estado de apocalipse total - e que são chamados de normies - para tentar chegar com vida em casa e reencontrar sua família.
Já aviso que Tarantino passou por aqui, porque as narrações dos primeiros capítulos são massacre puro, os "atingidos" matam e não tem só nem piedade de ninguém.
O livro foi lançado originalmente em 2007, parece pouco mas são 11 anos e isso faz imensa diferença nessa nova versão. A gente não tinha whatsapp, vocês lembram? Muitas pessoas ainda usavam o Orkut! Só para terem ideia de como isso faz diferença e é preciso lembrar para não influenciar a leitura e acharem que é muito fora de comum não terem celular. Meus pais aderiram nessa época e mesmo assim minha mãe tem apenas 2 anos que aceitou entrar em redes sociais e sabe mexer corretamente em tudo.
Muita gente fala mal desse livro e diz que não gostou muito, eu vou ser da turma do contra, eu gosto bastante dele. Gosto do Clayton, gosto da forma como ele descobre que está acontecendo o "pulso" vendo as pessoas atacarem uma às outras. Imagina uma pessoa estar de boas tomando um sorvete e ver que as pessoas passam a se matar? Sim, lembra muitos filmes.
Adoro a forma como ele faz "novos amigos" como por exemplo o Tom que vai se unir à ele como um dos poucos que não está enlouquecido com o tal do pulso.
Sei que muitas coisas ficam sem resposta, mas no total é uma história que gosto muito porque nos faz pensar o como somos totalmente reféns da tecnologia.
Não vou falar mais para não soltar spoilers.
*foto tirada no Parque da Chacrinha
Sou apaixonada pelo trabalho do Mestre King e só ele para trazer essa alienação dos celulares e tecnologia em mais um de seus livros.
ResponderExcluirPelo que li acima, é mais um livrão daqueles onde o autor consegue colocar a nossa mente em constante trabalho o tempo todo.
Está na lista de desejados e espero ler e ter o quanto antes!!!
Beijo
Adorei a resenha. Esse o sobrenatural parece mais "fraco", leria numa boa kkkkk
ResponderExcluirNão curto terror, mas já ouvi dizer que esse é mais "leve"..quem sabe não começo por aí....
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