terça-feira, 20 de novembro de 2018

Menina que via Filmes: A Voz do Silêncio [Crítica]

Título Original : A voz do Silêncio 
Data de Lançamento: 22 de novembro de 2018( 1h38 min)
Elenco :Marieta Severo,Stephanie de Jongh, Arlindo Lopes 
Diretor:André Ristum 
Gênero;Drama 
Nacionalidade : Brasil 










por Leticia Nascimento

Sinopse:
O passar dos anos é impiedoso para todos. No filme, sete personagens aparentemente comuns conduzem suas vidas buscando, cada um, aquilo que acredita lhe trazer satisfação pessoal. Mas, mesmo com vidas distintas e distantes, eles se aproximam pela maneira como orientam suas existências com base em preocupações mundanas.
Crítica. 

Ah,  o cinema nacional que coisa maravilhosa, esse filme que conta com um elenco incrível vai fazer vocês suspirarem e ainda podemos ver a excelente atuação da nossa Marieta Severo.
O longa  conta histórias de pessoas diferentes mas que ao mesmo tempo tem alguma ligação. 
Situado na cidade de São Paulo ele mostra a rotina de pessoas como eu e você que estão tentando sobreviver com seus erros e acertos.
 Alex tem uma mãe,  dona Maria Claudia, que pensa que ele está viajando o mundo mas na realidade ele está a poucos quilômetros dela, ele que mora sozinho e tem um emprego num call center para se sustentar aparenta uma tristeza enorme e com decorrer do filme nós entendemos o porque, sua irmã por sua vez, Raquel trabalha para sustentar ela e a mãe Maria,   que tem uma ferida na perna, e que por causa dela  não sai de casa de jeito nenhum, dessa forma  ela  parece presa no seu próprio mundo já que  fica o dia inteiro de frente à televisão fora de sua  realidade  , eu acredito que foram os erros do passado  e o fato de não aceitar o filho do jeito que ele é que a fizeram ficar assim.
 Raquel que luta para sustentar as duas e faz até mesmo o impossível as vezes,  é cantora em um  bar e  está tentando encontrar seu lugar no mundo, ela dança e canta  quando se vê demitida e cheia de contas chegando,  ela tem aquele momento que todos temos de o que eu irei fazer agora?
Em contra partida vemos Julieta ( interpretada  pela atriz Argentina  Marina Glezer) uma mãe solteira, que luta e batalha para conseguir se sustentar e ao seu filho, ela que está em falta com seu pai, o Sr.  Nestor (ator argentino Ricardo Merkin) quem seu filho pede tanto para ver.
Observamos  Luís Gustavo que é oficial de justiça nada honesto e que cobra  dívidas do outros, ele é casado mas constantemente trai a mulher, porém por uma reviravolta do destino,  se vê no hospital com sua esposa, que é uma Bailarina entre a vida e a morte.

Quando podemos observar Sr Nestor, um radialista de músicas clássicas que tem uma voz maravilhosa que se vê doente e vê a vida  se evaporar pelas mãos, podemos enxergar que mesmo ele tendo uma filha e um neto ele tem uma solidão enorme dentro de si e o trabalho o move sabe, ele é amigo de Odilon o porteiro de seu prédio que tem dois empregos e ainda faz uma faculdade, eu vi no Odilon milhares de pessoas que com todas as dificuldades, cansaço mas mesmo assim seguem na  luta pelo seus sonhos e objetivos, e ele tem uma generosidade enorme, já  que aguenta um patrão extremamente abusivo até que toma uma decisão inesperada  e decide pedir demissão mas quando seu patrão mais precisou ele o ajudou o ensinando a nunca guardar ódio das pessoas,
Esse filme  tem uma sensibilidade enorme e uma realidade maior ainda, cada ponto se conecta nos dando  um ar de realidade porque os personagens  são pessoas comuns,  ou seja,  eles podem ser eu ou você, é possível se enxergar na pele deles, sentir suas dores e amores, mas o que mais me marcou foi ver a solidão inúmeras vezes no olhar dos personagens e em suas vidas.
Você sente quando cada personagem sofre, porque a realidade dele é imensa e faz  parecer que estamos nele, quando eu vi o cartaz para ir a cabine fiquei imensamente intrigada com esse nome Voz do silêncio e fiquei me perguntando, mas porque esse nome?
No filme eu entendi, é como se no nosso silêncio todos nós tivéssemos uma voz que nos guia e nos diz o que fazer, quantas  vezes achamos que não tem saída mas, no final tem, quantas vezes achamos que por perder o nosso emprego não vamos encontrar outro, com temas atuais e atuações maravilhosas que vão te prender desde o início, esse é um filme excelente que vale a pena conferir.



Um comentário:

  1. Estava falando sobre isso ontem com uma pessoa aqui em casa: o cinema nacional produz coisas maravilhosas, quando quer!
    Estava assistindo uma animação brasileira(Lino) e fiquei boba com a qualidade e com o enredo. Não dava nem para dizer que era nacional,mas é! E super vale a pena!
    E pelo que li e vi acima, tem mais coisa boa aí!
    Adoro o trabalho de Marieta e estas histórias reais, que acontecem com a gente todos os dias, sendo retratadas assim.
    Sobreviventes!
    Com toda a certeza do mundo, verei assim que for possível!
    Beijo

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