Título Original: Allegro em Hip-Hop
Vol. 2 da série Cidade da Música
Autora: Babi Dewet
Editora Gutenberg
Número de págs: 336
#150
por Raffa Fustagno
É muito gostoso perceber o como Babi Dewet cresceu com sua escrita. Fora a sua carreira de escritora e representante dos muitos fãs de Kpop espalhados pelo país, a moça demonstra em seu novo livro, o volume 2 da série Cidade da Música, uma maturidade com temas muito pertinentes que amei ver serem abordados.
Aqui, nossa protagonista se chama Camila, mas todos a chamam de Mila, ela é bailarina da Academia Margareth Vilela e todos sabemos que para se levar a sério essa profissão é preciso muito, muito treino. Bailarinas são lindas no palco mas por trás, nos bastidores, passam por horas e mais horas de treinos, tem os pés enrolados em esparadrapos e vivem a constante pressão de seus professores para irem além de seus limites.
Mesmo sendo uma exímia dançarina, Mila não será a escolha do diretor de O Lago dos Cisnes, mas não por causa de sua técnica, e sim por causa de seus traços. Sendo descendente de japoneses, ela tem os olhos orientais e isso faz com que não seja uma opção para o papel.
Com isso, ela passa a ter crises de ansiedade, não conseguir o papel, não se encaixar nos padrões e perceber que todos esperam que ela seja sempre a melhor faz com que ela se sinta culpada e se cobre demais.
A família de Mila é tradicional e percebemos isso em vários momentos do livro, inclusive quando ela conhece Vítor que a acha a menina mais linda do local e acaba sendo um apoio quando ela mais precisa. Diferente de sua amada, ele é muito rico, e não passou por muita coisa que ela tem enfrentado na vida. Vítor é violinista, e entende assim como os treinos são necessários para seus estudos.
Mila tem poucos amigos, é bolsista na escola e está vivendo um sonho a princípio, até que passa a ver a cobrança como um imenso pesadelo. Sua melhor amiga, Clara, é quem muitas vezes a anima.
A autora colocou um pouco de si mesma na protagonista, já que em entrevistas relatou que também sofre de ataques de pânico, aliás há uma menção aos leitores no próprio livro.
Assim como o primeiro volume, ficamos torcendo para que o casal desse fiquem juntos, e é lindo ver um apoiando o outro.
Ainda não li nenhum livro da Babi Dewet, mas acho as capas dessa série tão bonitas, e sempre escuto elogios
ResponderExcluirAcompanho o trabalho da Babi já tem um bom tempo e mesmo que não tenha lido nada dela ainda, sei disso, do quanto ela cresceu em suas histórias e do quanto evoluiu nisso.
ResponderExcluirAliás, ela tem sido constantemente citada como uma autora primorosa em romance de época e acho isso, genial!
Adorei o tema do livro abordado acima, ainda mais por saber que tem uma pontinha de verdade e da própria autora no enredo.
Com certeza, se tiver oportunidade, quero conferir!!!
Beijo