Tomb Raider: A Origem, lançado nos cinemas em março deste ano, foi mais uma tentativa de reproduzir fielmente a última versão criada pela indústria dos games.
Enquanto algumas adaptações mudaram grande parte do roteiro e trocaram personagens para agradar a audiência, o remake não fez quase nenhuma alteração no enredo. Foi uma das adaptações mais fiéis a um jogo de videogame, principalmente na parte visual e na ação.
De toda forma, neste caso não funcionou como deveria, pois há alguns ajustes que devem ser feitos para que a transição dos games para as telonas funcione de fato. Contudo, quem é fã da franquia – e principalmente dos últimos jogos que foram lançados – e ainda não assistiu ao novo filme lançado em 2018, gostará de ver que várias cenas, movimentos e até expressões faciais da protagonista são idênticos aos dos jogos criados pela Crystal Dynamics. A película traz uma Lara Croft totalmente fiel àquela vista nos games.
A versão de 2018 é mais um filme da saga Tomb Raider, baseado em um dos melhores games dos anos 90. Contudo, o remake é baseado especificamente no jogo de 2013 publicado pela Square Enix, que traz a protagonista ao início de tudo, quando ela tinha apenas 21 anos de idade.
Lara é uma estudante e entregadora (de bicicleta) na cidade de Londres. Após o desaparecimento do pai, ela não quis assumir seu Império global no mundo dos negócios. Contudo, após 7 anos desse misterioso sumiço, Lara vai atrás de investigar o ocorrido, o que a leva para uma ilha próxima do Japão em sua primeira grande aventura.
No remake, Lara Croft não tem mais toda aquela sensualidade e poder como nos outros filmes da saga, que retrata a personagem como uma heroína segura de si, inabalável e sexy.
Em vez disso, o filme acaba mostrando um lado mais humano de uma Lara mais jovem. As cenas mostram suas fragilidades e erros como um ser humano normal, não como uma heroína com superpoderes. Assim, apresentam uma personagem com uma vertente feminista, que se recusou a viver no luxo desfrutando da vida milionária que ela poderia ter, para ir contra seu destino, trabalhando e ganhando o próprio dinheiro. Pode-se dizer que essa nova Lara é o reflexo do empoderamento feminino que têm ganhado força nos últimos anos.
Em relação ao longa, a parte que demonstra maior fragilidade é o roteiro em si. As situações são recheadas de clichês e os personagens são muito superficiais - apesar de o elenco ser constituído por ótimos atores como a protagonista Alicia Vikander (de A Garota Dinamarquesa e Ex Machina). Mesmo existindo certa emoção e aventura na história de Lara e sua busca por descobrir incessantemente a história por trás do desaparecimento de seu pai, não há nada que prenda totalmente a atenção na personagem durante o filme.
Tendo em mente essas diferenças dos outros filmes estrelados por Angelina Jolie para Tomb Raider: A Origem, podemos dizer que este é basicamente dividido em duas partes distintas.
Enquanto na primeira metade há um grande trabalho em restabelecer a protagonista, o final é bem típico de jogos de videogame, mostrando vários desafios seguidos – e por vezes absurdos – que precisam ser vencidos pela protagonista.
O filme possui um vilão extremamente raso, interpretado pelo ator Walton Goggins (de Django Livre e Os Oito Odiados), tornando as cenas de ação tediosas e sem o grau de emoção esperado para tal. Isso já que houve diversas tentativas frustradas de criar várias cenas de ação subsequentes que pouco acrescentaram ao enredo.
No geral, os efeitos especiais e a parte visual do filme não deixam a desejar, pois foi um trabalho bem executado e representou de maneira fiel ao game. Porém, acabou sendo o único ponto positivo do filme de modo geral, já que o enredo foi no mínimo decepcionante pela falta de emoção nas cenas.
Para quem gosta de remakes fiéis aos jogos de videogame e quadrinhos, vale a pena assistir para poder tirar suas próprias conclusões, no mais não é um filme imperdível de se assistir.
Eu vi este filme já tem um bom tempo. E por ter gostado demais da versão com a Angelina, achei esse bem fraco. Aliás, fraco demais.
ResponderExcluirTá, é apenas uma cópia modificada,mas sei lá, a atuação da personagem ficou bem abaixo do desejado e um roteiro meio sem fundamento. Até a parte dos efeitos ficou pequena.
No máximo, vale uma sessão da tarde.
Beijo
Eu não assisti ao filme, mas adoro os jogos de Tomb Raider, não são muitos os games que pego para jogar mesmo, mas TR é um que sempre está na lista e não consigo largar até fazer final kkkk :)
ResponderExcluirRaffa!
ResponderExcluirMeu maior problema quando assisti esse filme foi que não conseguia deixar de ver a poderosa Angelina Jolie na minha frente...kkkkk
E por isso, mesmo vendo pouquíssimas mudanças do original, de certa forma não gostei, achei que a Angelina dava mais vivacidade ao papel.
cheirinhos
Rudy