Lembram do autor AJ Finn que esteve na Bienal de SP do ano passado? Então, de acordo com matéria do Estado de SP e uma reportagem que sai na próxima edição da New Yorker, dia 11, e já está disponível no site da revista com o título A Suspense Novelist’s Trail of Deceptions, faz uma grande investigação sobre o ex-editor e escritor best-seller Dan Mallory e o apresenta como mentiroso compulsivo e manipulador. Assinando como A. J. Finn, Dan Mallory é autor do thriller A Mulher na Janela, best-seller nos cerca de 40 países em que foi publicado, e cuja adaptação chega aos cinemas em outubro.
Ian Parker resgata histórias contadas pelos escritor ao longo do último ano em eventos literários do qual participou - ele veio até para a Bienal do Livro de São Paulo em 2018 - e, por meio de mais de uma dezena de entrevistas, desmente que ele teve câncer no cérebro, foi operado, teve complicações e se curou; que ele fez dois doutorados; que seu irmão se matou; que seus pais já morreram e por aí vai. O repórter conversou também com colegas de trabalho de Dan Mallory, de editoras em Londres e Nova York, e conta, detalhadamente, artimanhas do escritor para conseguir emprego e promoção.
Também em detalhes, reproduz declarações de professores e diretores de renomadas instituições sobre cartas enviadas por Dan Mallory para conseguir uma vaga (em que falava sobre as dificuldades que enfrentava naquele momento, como doença na família e seu próprio tumor).
Dan Mallory não quis falar com a New Yorker, mas mandou, por meio de sua assessoria de imprensa, um comunicado em que ele comenta como o câncer de sua mãe, durante dua adolescência, foi "uma experiência formadora" e tentou justificar seus atos com o diagnóstico de bipolaridade, recebido um pouco antes de escrever A Mulher Na Janela e depois de anos de batalha contra uma depressão.
“Ao longo dos dois últimos anos, eu falei abertamente sobre doença mental: a experiência definidora da minha vida, particularemnte entre o fim dos meus 20 anos até a metade dos 30, e tema centra do meu livro. Durante esse tempo sombrio, como muitas outras pessoas afetadas por bipolaridade severa, eu tive depressões profundas, pensamentos delirantes, obsessões mórbidas e problemas de memória. Tem sido horrível, porque na minha angústia eu fiz ou disse coisas que normalmente eu não digo, ou faço ou acredito - coisas das quais, na maior parte das vezes, não tenho a menor lembrança."
Quando ele fingia estar com câncer, segundo a matéria, ele mandava e-mails para colegas e ex-colegas de trabalho como se fosse seu irmão - um irmão que depois ele diria estar morto para uma amiga - para dar notícias da operação, das complicações, etc. No comunicado, disse ainda: "Isso aconteceu inúmeras vezes no passado quando eu disse, sugeri ou deixei os outros acreditarem que eu tinha uma doença física - câncer, especificamente. Minha mãe lutou contra um câncer agressivo de mama que começou quando eu era adolescente e essa foi uma experiência formadora e sinônimo de dor e pânico."
*Conteúdo do Estado de SP clique aqui para ver completo
Mas gente... pelamor
ResponderExcluirEu estou chocada, fui na sessão de autógrafos que teve na Bienal, ele foi super gentil e atencioso, que ele se trate de qualquer problema psicológico que tenha...
ResponderExcluirMeu Deus. Que ele arrume ajuda logo.
ResponderExcluirNossa! Que ele consiga se tratar e melhorar.
ResponderExcluirBeijos ^_^
Credo!!!
ResponderExcluirE sabe o que é mais triste nisso tudo? Não adianta condenar, pois isso é uma doença e como tal, precisa é ser tratada!!!
Lamentável.
Beijo