quinta-feira, 23 de maio de 2019

Menina que via Filmes: Brightburn - Filho das Trevas [Crítica]


Título Original: Brightburn
Título no Brasil: Brightburn - O filho das trevas
Data de lançamento 23 de maio de 2019 (1h 31min)
Direção: David Yarovesky
Elenco: Elizabeth Banks, David Denman, Jackson Dunn mais
Gênero Terror
Nacionalidade EUA
por Jéssica de Aguiar

Com título original remetendo ao efeito de um meteoro ao cair na Terra, “Brightburn” traz uma nova visão sobre o conceito de super-herói vindo do espaço. O roteiro se destaca como um filme de terror original, pois foge dos vilões óbvios e traz um jovem, com trajetória semelhante à do Superman, mas se tornando um assassino sanguinário. 

A história se passa numa pacata cidade dos EUA, onde o casal Kyle Breyer (David Denman) e Tori Breyer (Elisabeth Banks) vive e, como a maioria dos recém casados, espera por um filho, mas suas diversas tentativas de gerar uma vida são mal sucedidas. Até que, como que por uma intervenção divina (ou intergaláctica), uma espécie de meteoro atinge a fazenda da família, e ao investigarem o incidente, os dois descobrem se tratar de um tipo de nave espacial, que carrega um passageiro inusitado, um bebê. 
O início da trama se desenvolve com muitas referências à história do Superman, com direito a criança vindo do espaço, caindo em uma fazenda, sendo recebida por pais extremamente amorosos e descobrindo seus poderes aos poucos, em meio ao cenário do campo em uma cidadezinha pacata até então. Mas as semelhanças acabam definitivamente por aí, pois, ao crescer, o jovem Brandon (Jackson Dunn) se destaca pela inteligência, o que, em contrapartida, gera atitudes de desdenho por parte de seus colegas de escola, e se torna um gatilho para a iniciação de seu lado mau, que estava adormecido até então. 
A história de Brandon se torna sangrenta ao completar 12 anos, o que também pode ser visto como uma espécie de referência às descobertas e transformações, por vezes assustadoras, que os pré-adolescentes passam nessa fase. Embora, se você não tiver vindo do espaço é pouco provável que se torne um sonâmbulo com episódios de agressão noturna como o personagem. O lado sombrio do garoto vai surgindo aos poucos, mas trazendo uma atmosfera aterrorizante gradual, que em certos momentos te faz sentir pena de Brandon, devido à clara influência que é exercida pelos poderes de sua nave e sua origem espacial. Embora também possa ser levantado o questionamento: o mal sempre residiu nele, ou foi trazido por influências externas? 

A interpretação de Jackson Dunn também é responsável pela cadência da atmosfera aterrorizante. O ator, que dá vida ao protagonista da trama, consegue envolver e assustar pela placidez em cenas de agressão e mostra muito talento para um jovem de apenas 16 anos, levando o espectador a sentir pena pelo menininho que sofre bullying na escola e mais a frente, também com sucesso, causando asco e medo na audiência. 
Com cenas de horror extremamente gráficas e os típicos “sustinhos” do gênero, “Brightburn” se torna uma boa pedida para os amantes de terror, o que pode se creditar ao diretor David Yarovesky, que também foi responsável pelo igualmente gráfico “The Hive”. David também se aventurou no papel de ator em “Guardiões da Galáxia”, em que recebeu a direção de James Gunn, e agora se reencontram em “Brightburn”, dessa vez com James na produção da obra. 
De modo geral, “Brightburn” satisfaz tanto amantes de terror gráfico que procuram algo além de assassinos e assombrações, quanto à audiência de filmes com temática de heróis, que está saturada com o extenso catálogo de mocinhos e mocinhas que vieram do espaço para salvar a Terra. O filme também recebe destaque pelos efeitos visuais, que trouxeram vida às cenas de horror e às explosões, comuns aos roteiros de heróis. Os efeitos sonoros também merecem elogios, sendo responsáveis pela expectativa que precede os sustos da trama e, na cena final, trazendo “Bad Guy” de Billie Elish atestando a natureza maligna de Brandon. 

*Cabine de imprensa à convite da distribuidora
*Nossos colunistas são voluntários, os textos assinados por eles são originais de suas autorias.

2 comentários:

  1. Eita lelê! rs
    Eu sou medrosa assumida e já quando vi a chamada para este lançamento, dei aquele passinho para trás.
    Eu sei que vou ver sim, acabo sempre vendo para indicar a demais pessoas que gostam de cinema, mas sei que? Vou morrer de medo sim.rs
    Mas confesso que achei interessante esse lance de se apoiar já no Superman e neste gancho para a fase adolescente.
    Beijo

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  2. Eu não gosto de filmes de terror e não assisto muitos filmes de herois, mas fiquei bem curiosa para assistir esse filme depois da crítica.

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