segunda-feira, 6 de maio de 2019

Menina que via Filmes: HellBoy [Crítica]



Título Original: Hellboy
Título no Brasil: Hellboy
Data de lançamento 16 de maio de 2019 (2h 01min)
Direção: Neil Marshall
Elenco: David Harbour, Milla Jovovich, Ian McShane mais
Gêneros Fantasia, Ação
Nacionalidade EUA
por Larissa Rumiantzeff


Um reboot incomoda muita gente... Um reboot fraco incomoda muito mais. 
Ao assistir ao filme Hellboy, eu sabia que se tratava de um reboot da franquia de 2004, que por sua vez fora um filme inspirado em HQ homônima de Mike Mignola e dirigido por Guillermo del Toro. Filmes assim já têm fãs, seja da versão original, seja dos quadrinhos. A expectativa fica lá em cima, e a comparação com outros filmes do gênero é inevitável. 
Eu não sou fã de Hellboy.  Não tinha nada contra, mas também nenhuma expectativa. Já assisti vários filmes da Marvel, da DC, amo Kickass, tudo sem ter lido os quadrinhos. A visão que vocês terão aqui é a de uma espectadora leiga, que só queria ver um filme minimamente bem feito. Fidelidade ao original não era um ponto crucial para mim. Por isso, era muito difícil eu sair frustrada com a adaptação de 2019. Porém, não sabendo que era difícil, fui lá e consegui. 
Hellboy é a história de um ser meio-demônio criado na terra e treinado para lutar contra as forças do mal. Empenhado em mostrar que é mais do que a sua natureza, ele apara os chifres diariamente. Hellboy tem tendências alcoólatras, como fica implícito no início do filme, e tem uma relação complicada com o pai. Junto com uma vidente e um agente do FBI, ele tenta impedir a ascensão de uma feiticeira que pretende promover o apocalipse. E para isso, ele precisa impedir que ela reúna as partes do próprio corpo, esquartejado por Rei Artur e espalhado por diferentes partes do mundo. 

No papel titular, David Harbour, conhecido da galera fã de Stranger Things como o detetive Hopper, dá vida ao vermelhão. Infelizmente, aqui ele não brilha. Milla Jovovich faz o papel da feiticeira Nimue. Tive uma grata surpresa com Sasha Lane, no papel da jovem vidente Alice Monaghan. Sasha Lane também estava presente em um filme recente, totalmente diferente dessa linha. Se você leu a minha resenha sobre Cameron Post, lembrará da Jane Fonda. O pai do Hellboy é interpretado pelo ator Ian McShane, famoso pelos papéis de Jin-Soo Kwon em Lost, Gavin Park em Angel e Chin Ho Kelly em Hawaii Five-O. 
Porém, os aspectos problemáticos no filme não estavam no elenco, e sim no roteiro. Hellboy 2019 foi tão confuso que eu precisei atrás da primeira versão para entender o enredo. Não precisei de 20 minutos para constatar que podiam ter ficado apenas com o original. Por isso, na falta dos quadrinhos, usarei a versão anterior para ilustrar os meus argumentos. 

Nenhuma das versões é um filme digno do Oscar, mas Hellboy não se propõe a isso. A versão de 2004 teve aspectos que lembram a pegada do Joss Whedon em Buffy e Angel, com muito simbolismo. A história era bem amarrada, os personagens eram carismáticos, o roteiro tinha uma sagacidade e uma ironia naturais. A cena de abertura já estabelece a história, já nos apresenta a origem, sem necessitar de flashback. 
A versão de 2019 infelizmente não soube reproduzir o melhor do seu irmão mais velho. Sabe aquela história, “copia, mas não deixa igualzinho”?  
 O que sobra para o espectador é um roteiro fraco, confuso, com excesso de exposição, piadas sem-graça, trocadilhos péssimos e muito mal gosto. Eu contei cinco cenas de flashback. A cena de abertura deste é na batalha com a feiticeira Nimue, estabelecendo a sua origem. Por algum motivo, há cavaleiros templários e o Rei Arthur em meio a um filme que já faz referência à Segunda Guerra Mundial e a Rasputin. Até as falas soavam forçadas. 
Sendo um reboot, muitos aspectos bem-sucedidos da adaptação de 2004 foram deixados de lado. Esta versão não conta com a personagem Liz, par romântico do vermelho. Uma pena. Neste, o foco ficou na relação semi-paternal com Alice. Eu achei até interessante, em meio a todos os aspectos caóticos do roteiro. Gostaria que tivesse sido mais desenvolvida. Outro personagem que estava ausente era o Abe Sapiens. Imagino que tenham desejado deixá-lo para a continuação. Uma manobra ousada, no mínimo. 
Em ambas as versões, Hellboy tem uma relação complicada com o pai. A diferença é que na versão de 2004, o professor Broom era uma figura simpática e agradável. Fica claro o amor que ele tem pelo filho adotivo, até quando os dois brigam.
Na versão de 2019, a relação é permeada por conflitos mal resolvidos e abuso emocional. Aqui, o Broom de Ian McShane é simplesmente abusivo, a ponto de parecer mais demônio do que o filho. Não transmite simpatia. Não fica claro o porquê de ter pego alguém para criar, visto que não parece ser capaz de criar alguém com mais complexidade do que um cacto. E mesmo assim, com supervisão. 
Tudo bem, havia muita informação nos quadrinhos. Mas desapega. Escolhe o que é preciso usar. Caso contrário, o espectador sofre com uma compilação de cenas soltas e sem nexo. Ou então determina desde o início que o filme é apenas para os fãs, o que não é bom sinal. 
Em segundo lugar, acho que deveriam ter amadurecido mais o roteiro. Faltou técnica básica. 
Em 2004, a internet ainda engatinhava. Não tínhamos tantos blogs, não existia Youtube, entre tantos outros avanços tecnológicos. Não havia também o investimento pesado em filmes de heróis que há hoje. Mesmo sabendo da magnitude do nome do Benício del Toro, não havia salas e mais salas de cinema reservadas para um filme de herói. As adaptações que tínhamos eram de X-Men, e olhe lá. E mesmo assim, a primeira versão ainda ficou muito superior à mais recente. 
Eu esperava que a nova versão viesse aprimorar aspectos da anterior que não tivessem funcionado, mas não é o que ocorre aqui. A culpa não é nem dos atores, que em sua maioria já tem nome em Hollywood ou já se destacaram. 
Parece piegas, mas faltou tesão. Na primeira versão, o diretor estava dedicado ao projeto. Era algo que ele amava, que ele queria dar o melhor de si, inclusive recusando outras oportunidades na época, e fazendo questão de escalar Ron Perlman. O resultado é um trabalho que pode nem ser um sucesso absoluto (arrecadou apenas o suficiente para se pagar), mas era digno. Era divertido. Era memorável. 
Não sei se na nova versão, o problema foi só o roteiro de Andrew Cosby ou a direção de Neil Marshal. Nas mãos do diretor aclamado de filmes de terror, Hellboy foi de uma adaptação divertida dos quadrinhos a uma obra com muito gore. Algumas cenas me embrulharam o estômago. 
Só sei que não via a hora de o filme acabar e levar com ele o meu sofrimento. E ainda tinha cenas pós-créditos. 


*Cabine de imprensa à convite da distribuidora
*Nossos colunistas são voluntários, os textos assinados por eles são originais de suas autorias.




Crítica de Letícia Nascimento 

Fui assistir ontem o novo filme da Lionsgate : HELLBOY.
Honestamente nunca assisti,  completamente os filmes de Hellboy então eu realmente nunca o compreendi, sempre o achei um vilão total.
O filme começa com Hellboy afogando suas lágrimas e frustrações em um bar, por conta de uma decisão  difícil que teve que tomar em prol de um bem maior, ele é achado por agentes  que trabalham para seu Pai.

Seu pai adotivo que já foi um  caçador de gigante no passado, recebe um pedido de ajuda de antigos amigos  da Inglaterra e manda Hellboy ( David Harbour de Stranger Things)  para combater os gigantes mas nada é o que parece ser.
Um ponto totalmente positivo ao meu ver , mesmo não estando totalmente  familiarizada  com a história de Hellboy é que podemos descobrir sobre sua  origem e como tudo começou.
Uma coisa que observei, que não tinha a percepção em outros filmes é que  ele nunca se aceitou completamente, tendo uma dor dentro de si, uma frustração muito grande sobre si mesmo, por se achar uma total aberração  e achar que os humanos nunca iriam o aceitar como ele realmente é .
A Rainha de Sangue e das trevas,  Nimue ( Milla Jovovivh),  foi ressuscitada e está com sede de vingança,  ela quer criar um novo “Eden” onde todos as criaturas das trevas vão ressurgir e viver livremente  assim trazendo uma grande praga e acabando com a humanidade.
Hellboy recebe a missão de acabar com ela mas, isso não irá ser fácil, porém,  ele contará com ajuda de Alice uma vidente altamente poderosa que ele a conheceu quando ainda  era um bebê e Daimio,  um agente que esconde uma coisa muito importante...
Nimue consegue colocar dúvidas na cabeça de Hellboy, apesar de ser metade humano e metade “Demônio” mesmo tendo um lado humano e visto por muitos como herói ele não se aceita do jeito que é, parte dele acha que outras criaturas podem viver sem se esconder.
Podemos observar no filme, mesmo tendo altos conflitos com seu pai adotivo Trevor ( o ótimo Ian Mcshane de American Gods) vemos que ele o escuta e que ele consegue guiar Hellboy para o caminho certo.
Como já disse,  no início esse filme   é esclarecedor para o telespectador que não conhece muito sobre a história,  porque ele fala um pouco de sua origem  e mostra um outro lado dele, apesar de se sentir altamente frustrado e não aceito e mesmo tendo dúvidas ele não deixa de fazer o que é certo.
O filme é altamente elétrico e também sangrento,  confesso a vocês que fiquei bem assustada em algumas cenas, achei bastante realístico e sem contar que ele é bem explícito em suas cenas sangrentas ele é realmente infernal hahahaha.
No geral eu gostei do filme, acho que ele teve uma boa cronologia, achei que algumas cenas ficaram confusas mas não ficou repetitivo ele tinha uma ordem de acontecimentos e mesmo quando tinha uma “volta ao passado” ele não confundia o telespectador e não parava um minuto era ação o tempo inteiro.
Com certeza  Hellboy é um baita super herói do inferno, e não posso deixar de comentar que ele é altamente hilário e super divertido.Segredos são revelados e temos uma conexão com histórias do passado. Tenho certeza que vocês irão gostar então não deixem de assistir e me dizer o que acharam.

2 comentários:

  1. Duas críticas e quase que completamente opostas.
    Adoro muito tudo isso!rs
    Pois é o que vamos encontrar com certeza, gente que amou e gente que não quer passar perto nem do título novamente.
    Eu acabei assistindo o primeiro filme e na época, nem foi assim, tão ruim.
    Mas também faço parte do time que tem meio medo destas novas roupagens..rs
    Verei assim que for possível!
    Beijo

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  2. Eu acho que nunca assisti Hellboy inteiro e depois dessas críticas tbm não vou ver o reboot hahahahah

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