Menina que via Filmes: Era uma vez ... em Hollywood [Crítica]

Título Original: Once upon  a time...in Hollywood

Título no Brasil: Era uma vez em Hollywood

Data de lançamento 15 de agosto de 2019 (2h 41min)

Direção: Quentin Tarantino

Elenco: Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Margot Robbie mais

Gêneros Drama, Comédia

Nacionalidade EUA

#187

por Renata Alves

O novo filme do badaladíssimo diretor de cinema Quentin Tarantino é, antes de mais nada, um esplendoroso desfile de atores brilhantes encabeçados por Leonardo Di Caprio, Brad Pitt e Margot Robbie. 

"Era uma vez em... Hollywood", é mais um filme do diretor que homenageia suas influências cinematográficas, como todos os outros da sua carreira. Quem conhece os filmes do diretor ja sabe que Tarantino bebe na fonte das referências, e nesse caso, não seria diferente. É um filme com belas cenas, um pouco de faroeste, diálogos inteligentes e afiados e muito da passagem da década de 60 para 70.

A película conta a história do ator Rick Dalton, em declínio, e seu dublê, Cliff Booth, que mais que seu dublê, é um faz tudo na sua vida, incluindo o papel de amigo e irmão da vida. Paralela a essa história, também ganha vida a história do casal Roman Polanski e Sharon Tate. Ele, um diretor da nova geração que está em franca ascensão e ela uma jovem e talentosa atriz. Dalton e o casal Polanski são vizinhos, e é aí que mora a ligação da história entre as duas partes.

Tarantino não poupou, como sempre, as criticas. Há uma crítica  à indústria cinematográfica e aos valores superficiais da sociedade. Tudo feito de forma muito inteligente. Da mesma forma, há uma certa leveza e calma para contar a história, e o clímax vai sendo construído pouco a pouco. Para quem conhece as referências históricas e cinematográficas em questão,  o desenho do filme é um pouco mais nítido e compreensível.  Por exemplo, Sharon Tate foi assassinada grávida em sua casa por uma seita no final de 69 (não é spoiler, até porque, fato real não pode ser spoiler), e quem conhece a história, entre outras citadas no filme, tem uma experiência mais completa, vamos dizer assim. Porém, não significa que o filme não funcione para aqueles sem essa bagagem. Apenas será uma experiência diferente.

Não será surpresa nenhuma se Leonardo DiCaprio e Brad Pitt aparecem na lista de indicados aos principais prêmios do cinema. Ambos estão fabulosos em cena. Tarantino novamente entregou um personagem a Pitt que permite ao ator demonstrar seu talento. DiCaprio também está bem servido e seu personagem exige que o ator entregue seu melhor. Margot Robbie talvez tenha sido a menos favorecida, em virtude do seu papel, mas o trabalho da atriz é formidável e preciso. O filme também conta com uma breve participação de Luke Perry, falecido esse ano, em sua última aparição nas telas de cinema. Meu coração de fangirl deu uma aquecida feliz e saudosista quando ele apareceu.

“Era uma vez em… Hollywood”, além de ser um filme muito interessante, bem desenvolvido e referenciado, não poderia deixar de ter a principal característica do diretor, a boa e velha violência. Embora esteja concentrada na reta final do filme, está lá e é parte fundamental. É um filme que merece ser visto e apreciado em tela grande, poltrona acolchoada (até porque serão mais de duas horas sentada nela) e som perfeito. Para quem gosta de cinema, vale muito assistir.

*Cabine à convite da distribuidora
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Confira  a crítica da Raffa Fustagno em vídeo